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Mercado Digital

- Publicada em 13 de Maio de 2020 às 18:23

Mercado de venture capital retoma fôlego no Brasil

Gierun diz que investidores continuam interessados nas startups brasileiras

Gierun diz que investidores continuam interessados nas startups brasileiras


Distrito/Divulgação/JC
O cenário de Covid-19 deixou os investidores apreensivos e os fundos de venture capital (capital de risco) se recolheram para entender o tamanho da crise e ver quais os perfis de negócios teriam mais chance de sobreviver nesse momento. Sem falar que a maioria optou por cuidar do seu portfólio de empresas investidas e garantir que elas passassem da melhor forma possível por tudo isso.
O cenário de Covid-19 deixou os investidores apreensivos e os fundos de venture capital (capital de risco) se recolheram para entender o tamanho da crise e ver quais os perfis de negócios teriam mais chance de sobreviver nesse momento. Sem falar que a maioria optou por cuidar do seu portfólio de empresas investidas e garantir que elas passassem da melhor forma possível por tudo isso.
Mas, depois de praticamente parar em março – o volume de investimentos nas startups chegou a cair 85% se comparado com o mesmo período de 2018 – o mercado de venture capital começa a mostrar sinais de retomada no Brasil.
Em abril, foram mapeadas pelo Distrito Dataminer 20 rodadas de investimentos, que movimentaram US$ 144 milhões. O destaque foram os aportes recebidos pela PetLove, CargoX e Sanar, responsáveis por concentrar 97% de todo o volume investido no mês. Comparando o montante de capital investido neste mês com os últimos anos, o volume investido em 2020 foi 118% superior ao ano passado e 140% superior a 2018.
“Há uma retomada de grandes investimentos, especialmente os que foram negociados antes da crise. Os investidores poderiam ter cancelado as transações, mas continuaram por entender que esse mercado voltará a crescer em um futuro próximo”, analisa Gustavo Gierun, cofundador do Distrito, empresa de inovação aberta ligada ao ecossistema de startups brasileiro.
Outras boas notícias chegam da Plug and Play, uma das principais aceleradoras do mundo, que anunciou em abril que 21 startups irão participar do seu primeiro batch de aceleração no Brasil. Já a Domo Invest, gestora de venture capital acaba de lançar o fundo Domo Enterprise, destinado a investir especificamente em empresas que buscam atender outras companhias. A proposta da gestora é realizar investimentos em até 20 startups, sempre com um ticket médio no valor entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões.
Isso é reflexo do que vinha acontecendo no Brasil antes de a pandemia assolar o mundo. O crescimento no volume de investimentos era agressivo, os grupos estrangeiros estavam prestando mais atenção ao ecossistema local e novos unicórnios estavam surgindo.
O resultado disso foi que os investimentos de venture capital no Brasil vinham em uma escalada, passando de US$ 800 milhões em 2017 para US$ 1,5 bilhão em 2018 até chegar a US$ 3 bilhões em 2019. “Estávamos começando a entrar em um grupo seleto de criadores de novas tecnologias e produtos no mundo, apesar de ainda distante dos Estados Unidos e de outros países, mas aí veio esse cenário conturbado”, comenta Gierun.
Projetar 2020 diante de tantas incertezas é quase um exercício de futurologia. O gestor acredita que os aportes esse ano serão mais baixos do que em 2019, mas aponta para alguns indícios positivos. Um deles é que os principais fundos mais ativos no Brasil, tanto os brasileiros como os estrangeiros, estão capitalizados. Ou seja, existe capital disponível. “Dinheiro tem, mas os investidores certamente estarão mais cuidadosos nos aportes”, projeta.
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