Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado Digital

- Publicada em 04 de Novembro de 2019 às 20:29

IA empolga pais, mas falta conscientização sobre riscos

Prestes destaca lado ético e social

Prestes destaca lado ético e social


/PATRíCIA KNEBEL/especial/JC
Patricia Knebel
A maioria dos pais brasileiros (75%) concorda que um coração impresso em 3D, devidamente testado e totalmente funcional, seja implantado em seus filhos no futuro, se necessário. E que tal o uso desta tecnologia para o diagnóstico de doenças? Pois 78% deles estão propensos a procurar um médico que use Inteligência Artificial (IA) no diagnóstico do câncer para seus filhos ou um membro da família.
A maioria dos pais brasileiros (75%) concorda que um coração impresso em 3D, devidamente testado e totalmente funcional, seja implantado em seus filhos no futuro, se necessário. E que tal o uso desta tecnologia para o diagnóstico de doenças? Pois 78% deles estão propensos a procurar um médico que use Inteligência Artificial (IA) no diagnóstico do câncer para seus filhos ou um membro da família.
Os dados não mentem. Os pais que fazem parte da Geração do Milênio nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Índia, na China e no Brasil, com crianças da Geração Alfa (com nove anos de idade ou menos), depositam muita confiança no uso das tecnologias emergentes para a saúde e o bem-estar dos seus filhos. É o que aponta o estudo "Geração IA 2019", realizado pelo IEEE - organização técnico-profissional dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade - e apresentado na Futurecom, em São Paulo. Foram ouvidos 2 mil pais, de 23 a 38 anos, com pelo menos uma criança de nove anos ou menos.
Considerada a faixa demográfica mais envolvida com a tecnologia, nascida entre 2010 e 2025, a Geração Alfa está crescendo com a IA se infiltrando em quase todos os aspectos de suas vidas. Para o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e especialista do IEEE, Edson Prestes, toda essa aceitação às novas tecnologias vem da desinformação das pessoas. "Os pais se sentem confortáveis com o uso das novas tecnologias porque, em sua maioria, não entendem os impactos sociais e aspectos éticos disso", aponta.
Robôs cirúrgicos movidos por Inteligência Artificial estão trazendo inovações e precisão para a sala de cirurgia. Os pais da geração do milênio na Ásia são significativamente mais propensos a permitir que robôs movidos a IA realizem cirurgias em seus filhos da Geração Alfa - ainda mais em 2019 em comparação com 2018. No Brasil, 69% dos pais da geração do milênio em 2019 afirmam que estariam muito propensos a permitir que robôs movidos a IA conduzam cirurgias, em comparação com 60% em 2018.
Embora saúde a distância, IA e ferramentas de monitoramento remoto estejam ajudando a enfermagem a expandir os cuidados além do monitoramento presencial, a maioria dos entrevistados nos EUA (67%) e no Reino Unido (57%) não se sentiria muito à vontade em deixar seus filhos aos cuidados de uma enfermeira virtual movida a IA durante uma estadia hospitalar. Já a maioria na China (88%), na Índia (83%) e no Brasil (61%) se sentiria muito à vontade nessa situação.
A IA também ganha espaço quando os entrevistados pensam nos cuidados que precisarão quando forem mais velhos. Em todo o mundo, é esmagadora a preferência dos pais da geração do milênio pelo uso da IA na busca de uma vida independente em vez de depender de seus filhos da Geração Alfa. Essa preferência tem aumentado significativamente na maioria das regiões no último ano. O crescimento mais dramático na preferência pela IA para uma vida independente na velhice é entre os pais brasileiros, que saltou de 61% em 2018 para 82% em 2019.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO