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Mercado Digital

- Publicada em 04 de Abril de 2019 às 19:11

Amazon aposta que assistente digital de voz vai se popularizar

Roberto Colnaghi Jr. é o gerente de Desenvolvimento de Software da Amazon Web Services

Roberto Colnaghi Jr. é o gerente de Desenvolvimento de Software da Amazon Web Services


CLAITON DORNELLES /JC
Os assistentes digitais como a Alexa, da gigante de varejo e tecnologia Amazon, vão participar da nossa vida da mesma forma que o celular hoje participa. A aposta é de Roberto Colnaghi Jr., gerente de Desenvolvimento de Software da Amazon Web Services (AWS), um dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do sistema Alexa, assistente de voz com Inteligência Artificial. Gaúcho de Sarandi, ele mora no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), e está em Porto Alegre para participar do Innovation Week, festival de experiências e inovação realizado pela Associação Riograndense de Propaganda (ARP). Nesta sexta-feira, Colnaghi Jr. fará a palestra Alexa, please tell me a story, no último dia do evento. Desde quinta-feira em Porto Alegre, aproveitou para visitar os amigos no Tecnopuc – ele trabalhou na sede da HP no parque há alguns anos – e para bater um papo com o Jornal do Comércio. Em breve, a Alexa deverá chegar ao Brasil, com idioma local. Informações não oficiais dão conta que a Amazon já começou os testes com alguns clientes. O gestor não confirma, mas diz que está torcendo para que isso aconteça. “Espero muito que a Alexa fale logo português para eu poder dar uma para a minha mãe e a assistente me substituir ajudando-a no uso do seu tablet”, brinca.
Os assistentes digitais como a Alexa, da gigante de varejo e tecnologia Amazon, vão participar da nossa vida da mesma forma que o celular hoje participa. A aposta é de Roberto Colnaghi Jr., gerente de Desenvolvimento de Software da Amazon Web Services (AWS), um dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do sistema Alexa, assistente de voz com Inteligência Artificial. Gaúcho de Sarandi, ele mora no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), e está em Porto Alegre para participar do Innovation Week, festival de experiências e inovação realizado pela Associação Riograndense de Propaganda (ARP). Nesta sexta-feira, Colnaghi Jr. fará a palestra Alexa, please tell me a story, no último dia do evento. Desde quinta-feira em Porto Alegre, aproveitou para visitar os amigos no Tecnopuc – ele trabalhou na sede da HP no parque há alguns anos – e para bater um papo com o Jornal do Comércio. Em breve, a Alexa deverá chegar ao Brasil, com idioma local. Informações não oficiais dão conta que a Amazon já começou os testes com alguns clientes. O gestor não confirma, mas diz que está torcendo para que isso aconteça. “Espero muito que a Alexa fale logo português para eu poder dar uma para a minha mãe e a assistente me substituir ajudando-a no uso do seu tablet”, brinca.
Jornal do Comércio – Os assistentes digitais de voz, como a Alexa, ainda estão distante do cotidiano dos brasileiros. Você acredita que estes dispositivos se tornarão parte da nossa vida?
Roberto Colnaghi – Acredito, sim. Os assistentes digitais vão fazer parte da nossa vida, assim como hoje acontece com os smartphones. Antes, não acreditávamos que isso aconteceria, mas hoje não conseguimos viver sem o celular. Porém, só vamos perceber o valor destes assistentes quando eles estiverem inseridos no nossos dia a dia, facilitando o nosso cotidiano.
JC – Como a Alexa pode nos ajudar?
Colnaghi – Hoje, você abre a geladeira, vê que está faltando tomate e anota em um papel ou aposta na sua memória para lembrar. Ou, você pode pedir por voz para a Alexa acrescentar tomate na sua lista de compras. Ao chegar no supermercado, você olha o seu smartphone e o lembrete estará ali. A Alexa já consegue interagir e responder a questões mais básicas. Qual a previsão do tempo para o final de semana? Como está o trânsito até o trabalho? Toca a minha música preferida? Tudo que estamos acostumados a fazer sentado em frente ao computador, vamos fazer sentado no sofá, só por meio da voz. Essa inovação também vai permitir uma inclusão digital muito maior que a existente hoje. Muitas pessoas têm dificuldade de usar celular e os aplicativos, e ela vai ajudar. Basta pedir para a Alexa ligar para uma determinado pessoa ou acessar um site, que ela fará.
JC – Que evoluções podemos esperar para a Alexa no futuro?
Colnaghi – Quando a Alexa foi criada, ninguém sabia exatamente onde iria chegar, e hoje ela evoluiu para coisas muito interessantes. Os novos usos vão acontecendo naturalmente. Eu mesmo comecei a usar a Alexa para resolver problemas cotidianos. Eu sempre esquecia refrigerante no freezer, até ele explodir. Hoje em dia, ela me avisa depois de um tempo que coloquei a garrafa lá. O meu deslocamento do trabalho até a minha casa dura 1h30min e gosto de ficar ouvindo audiobooks no meu celular. Quando chego em casa, digo: Alexa, lê meu livro. E ela sabe exatamente qual livro eu estava lendo e onde parei. Mas vem muita evolução por aí. Uma coisa que me fascina muito nestes assistentes digitais é toda ciência que é aplicada. Tem muitas pesquisas sendo realizadas, e que aproximam muito estes serviços das reações humanas. Como quando a gente conversa com um amigo e ele percebe, pela nossa voz, que podemos estar estressados ou chateados. A Alexa está sendo preparada para detectar isso, pois sabemos que a nossa vida poderá ser impactada positivamente se ela puder ser mais proativa para resolver algumas questões da nossa vida
JC – Qual o grande desafio de popularizar um serviço como esse?
Colnaghi – Um dos grandes desafios é a barreira de colocar as pessoas conversando com um computador. Como se trata de uma assistente pessoal, essa conversa precisa ser o mais humanizada possível. A Alexa começou nos Estados Unidos e já está no Japão e na Alemanha, falando o idioma local. E é assim que a tecnologia tem o seu Big Bang, que explode. A Alexa precisa entender tudo para ser capaz de prover um serviço que faça sentido. Eu participei de todos os estágios do desenvolvimento deste produto no mercado americano - há seis anos, a Alexa ainda era um produto secreto. Já lá na época, a primeira coisa que me chamou atenção foi a capacidade do sistema detectar os idiomas, os sotaques e as culturas diferentes.
JC – De que forma podemos interagir com a Alexa?
Colnaghi – A Alexa não é um aparelho, é um serviço que está por trás da nuvem computacional da Amazon. Com isso, ela pode interagir contigo de diversas formas, como pelo smartphone, televisão, carro e pela caixa de som Echo (alto-falante controlado por voz e dispositivo mais comumente associado à Alexa). Basta instalar a assistente digital, fazer o setup e começar a interagir. A vantagem da Alexa em relação aos concorrentes é que a plataforma é aberta. Outras empresas ou desenvolvedores podem lançar dispositivos e ensinar habilidades para ela. A conectividade é fundamental, independente do aparelho com o qual você vai conversar.
JC – A Alexa ouve todas as nossas conversas no ambiente nos quais estamos. Como a Amazon lida com o tema da privacidade dos dados?
Colnaghi – A segurança e privacidade dos dados faz parte de todas as etapas do desenvolvimento e aprendizado da Alexa. Claro, se estamos tratando de um serviço que pode estar na sala de estar e ouvir tudo que falamos, é natural que as pessoas tenham dúvidas sobre a sua capacidade de manter o sigilo. A postura da Amazon em relação a isso é similar à da Apple com a Siri. Quando você se conecta com o serviço e aceita os termos, tudo passa a ser protegido. É como se fosse uma caixa onde as suas informações estão guardadas, e a Amazon não tem acesso algum a isso. Nenhum dado é misturado com o de outros clientes e você pode controlar a exclusão dos conteúdos. Além disso, nenhuma empresa poderá consumir informações da Alexa para depois tentar te oferecer serviços adequados ao seu perfil. Se você estiver na sala e comentar que está com fome, não receberá em seguida uma oferta para comprar um hambúrguer.
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