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Livros

- Publicada em 09 de Junho de 2022 às 19:29

Relatos dos Gulags Soviéticos


AVIS RARA/DIVULGAÇÃO/JC
Jaime Cimenti
Nos campos de concentração soviéticos (Avis Rara - Faro Editorial, 352 páginas, R$ 46,00, tradução de Fábio Alberti), de Vladimir V. Tchernavin, que foi engenheiro especialista em pesca quando morava em Murmansk, é um contundente relato sobre os horrores dos campos de trabalho forçados, os chamados Gulags.
Nos campos de concentração soviéticos (Avis Rara - Faro Editorial, 352 páginas, R$ 46,00, tradução de Fábio Alberti), de Vladimir V. Tchernavin, que foi engenheiro especialista em pesca quando morava em Murmansk, é um contundente relato sobre os horrores dos campos de trabalho forçados, os chamados Gulags.
Tchernavin foi um dos primeiros prisioneiros do sistema Gulag que conseguiu fugir para o exterior. Ele não era ativista político adversário, mas exigiram dele que houvesse aumento expressivo na produção de pescado, para atender a demanda da população. Sem conseguir atender a solicitação do governo autoritário, ele foi acusado de boicotar o plano soviético e foi enviado para dois Gulags.
Ele planejou de modo meticuloso sua fuga com a família, num dia em que a esposa, Tatiana, e o filho, Andrei, viessem para uma visita no campo de pesca em que estava confinado. A família saiu para um piquenique e escapou em um barco que ele havia preparado semanas atrás. Cada membro da família tinha uma mochila com mantimentos e acampavam onde houvesse um abrigo. Após dias de caminhada chegaram à Finlândia e imigraram para a Inglaterra.
Em primeira pessoa, Tchernavin narra como foi enviado, sem provas de crimes, depois da chegada de oficiais em sua casa, para os campos de concentração, onde teve que exercitar estratégias de sobrevivência e técnicas para manter a sanidade mental em meio ao verdadeiro inferno da utopia que tinha se estabelecido por lá.
Escreveu o autor: "Eu conto a minha própria história porque acredito que apenas dessa maneira poderei cumprir a obrigação moral que um destino generoso me impôs quando meu ajudou a escapar do terror soviético - o dever de falar por aqueles cujas vozes não podem ser ouvidas. Em silêncio, eles são enviados aos campos de concentração na condição de prisioneiros; em silêncio, eles são torturados e mortos."
 
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