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livros

- Publicada em 27 de Maio de 2021 às 21:16

A Revolução dos Bichos em edição de luxo ilustrada

A Revolução dos Bichos (Editora Intrínseca, 240 páginas, R$ 59,90 e e-book 39,90, tradução de André Czarnobai), clássico imortal do genial escritor George Orwell (Eric Arthur Blair), nascido na Índia em 1903 e falecido em Londres em 1950, acaba de sair em luxuosa edição de colecionador, em capa dura, com ilustrações do premiado desenhista e cartunista inglês Ralph Steadman.
A Revolução dos Bichos (Editora Intrínseca, 240 páginas, R$ 59,90 e e-book 39,90, tradução de André Czarnobai), clássico imortal do genial escritor George Orwell (Eric Arthur Blair), nascido na Índia em 1903 e falecido em Londres em 1950, acaba de sair em luxuosa edição de colecionador, em capa dura, com ilustrações do premiado desenhista e cartunista inglês Ralph Steadman.
A obra narra a rebelião dos animais da Fazenda do Solar. Cansados da exploração pelo dono humano, assumem o controle e instauram um novo regime. A princípio tudo bem, mas logo o leitor vai ver com o funciona a estrutura dos governos totalitários e o autor expõe como o poder corrompe até as causas mais nobres. Antigos oprimidos se tornam opressores. A fábula lançada em 1945 se tornou um marco da literatura mundial e segue relevante até hoje.
A obra inclui dois prefácios escritos pelo autor em momentos diferentes, intitulados A liberdade da imprensa e Prefácio para a edição ucraniana, e também dois posfácios, um assinado pelo crítico José Castello, Máquina de despir tiranias, e outro pelo tradutor Andre Czarnobai, que explicou a decisão de manter o título consagrado no Brasil.
Contra o maldoso Sr. Jones, liderados a princípio por um grupo de porcos, os bichos estabelecem um sistema igualitário e corporativo, mas com o passar do tempo alguns começam a usufruir de mais privilégios, o que causa briga e contestações de autoridade. Tudo piora quando se estabelecem regras que mudam a todo momento, beneficiando seus criadores. A revolução se torna uma confusa tela de ordens sem sentido, com paranoias e confrontos, que fazem os animais se questionarem se o novo regime vale a pena.
Orwell, embora socialista convicto, nunca concordou com os desmandos de Stalin na União Soviética. Orwell lutou ao lado das forças antifascistas na Guerra Civil Espanhola.
O escritor também foi editor de um jornal de esquerda. Romancista político por natureza, autor de 1984, entre outras obras, nunca deixou de apontar para a corrupção causada pelo poder.

De médico e de louco...

O povo com sua infinita e milenar sabedoria sempre soube que, de médico e de louco, todo mundo tem um pouco. Hoje em dia está todo mundo um pouco mais (ou bem mais) louco e mais médico do que nunca, com lições científicas e não científicas de médicos e não-médicos fornecidas por nossas mídias UTI-Camburão-Funerária. Uns brincalhões dizem até que existem médicos alopatas, homeopatas, psicopatas e de quatro patas... Uns incautos aí só consultam com esses jornamédicos que andam por aí, aterrorizando e, de vez em quando apaziguando os viventes, com news, fakenews e fakenews de fakenews...
Brincadeira e loucurada bem à parte, é preciso, especialmente em nossos doidos dias, saber lidar com as próprias insanidades mentais e com as dos outros. A televisão já foi chamada de máquina de fazer doido, mas hoje tem outras geringonças eletrônicas nos endoidando. Tem horas que só saindo de circulação, para tentar ouvir algum silêncio em algum canto, sem mexer no celular e outros aparelhos que passaram a ser extensões de nossos corpos e almas. Não tá fácil!
Cercado de psicopatas - Como evitar ser explorado pelos outros no trabalho e na vida pessoal (Editora Intrínseca, 288 páginas, R$ 59,90 e e-book 39,90), de Thomas Erikson, especialista em comunicação e autor do best-seller Cercado de idiotas, vem em boa hora. Em Cercado de Idiotas o autor ajudou a transformar a forma como milhões de pessoas se comunicam e interagem usando o sistema de personalidade de quatro cores.
Neste Cercado de psicopatas, Thomas Erikson apresenta com fluidez e clareza valiosos ensinamentos para reconhecer pessoas que fazem da manipulação uma arte predatória. O autor usa o mesmo método do livro anterior, com cores e personalidades. Vermelho é dominância, amarelo é a influência, verde é estabilidade e azul a análise. O autor mostra pontos fortes e fracos de cada um e como podem ser vítimas de canibais sociais.
A gente sabe que os manipuladores são espertos, charmosos, carismáticos, inteligentes e sedutores, mas também são egoístas e perigosos. É bom lembrar que nenhum é invencível. Quem conhece seu próprio comportamento e suas próprias fraquezas, ou seja, quem tem autoconhecimento, pode lidar melhor com os psicopatas que andam por aí. O autor mostra como os psicopatas manipulam pessoas "amarelas", "verdes", "vermelhas" e "azuis" e mostra, igualmente, como lidar com manipuladores que não são psicopatas.
Erikson propõe, a partir de situações cotidianas, técnicas e métodos para confrontar pessoas controladoras. Ele ensina aos leitores como transformar relações negativas em contatos de mútuo respeito. Hoje, como sabemos, pessoas com comportamento tóxico estão presentes em todos os ambientes da vida, desde os locais de trabalho até os cenários familiares, passando por outros lugares públicos e privados. Infelizmente as consequências das manipulações são muitas vezes de longo prazo e sempre arrastam muitas pessoas. O autor quer auxiliar os leitores a encarar os abusos e mostra o que pode ser feito.

a propósito...

Hoje, mais do que nunca, está difícil de dizer o que é normal, o que não é e qual é o tal novo normal. Em meio a um cenário repleto de fortes egoísmos, individualidades e de comportamentos muitas vezes psicopáticos, é preciso agir com cautela, observar bem e, tanto quanto possível, sobreviver do melhor modo. O livro de Erikson, de fácil compreensão e com um projeto gráfico ilustrado e colorido, aponta alguns caminhos. Claro que cada pessoa vai encontrar um percurso próprio, dependendo de suas características, das circunstâncias e das pessoas manipuladoras que encontrar pela frente. Ninguém engana todo mundo o tempo todo, como se sabe, e sempre é hora de buscar clareza, equilíbrio e, se for o caso, aprender com os próprios erros e com os dos outros. Democracia, liberdade, respeito ao outro e harmonia, de preferência, devem ganhar no final. (Jaime Cimenti)

lançamentos

  • Teresas de Itapuã (Libretos, 200 páginas, R$ 40,00), romance da médica e escritora Gabriela Coral, traz a comovente história de duas mulheres de passados diferentes, unidas pela cumplicidade no confinamento do Hospital Colônia Itapuã. Uma cozinheira, outra estudante de Direito, envoltas na felicidade possível de um leprosário.
  • Chê de Deus - Um dicionário de uruguaianês (Editora Movimento, 142 páginas), de Lourival Araújo Gonçalves, médico ortopedista e presidente da Unimed Uruguaiana, apresentado por Luís Augusto Fischer, traz citações e usos de amigos e conhecidos e palavras de uma região de fronteira, com idiomas aparentados. Baita lançamento!
  • A Arte de Falar Bem - Dicção e Expressão Vocal (Expandir, 128 páginas), obra mais recente do conceituado professor e escritor Ignácio Valentim Neis, é um programa completo de 10 etapas de estudos e exercícios para a dicção e a expressão vocal perfeitas. Falar bem, respirar corretamente e superar defeitos da voz estão no livro.