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Livros

- Publicada em 16 de Abril de 2021 às 03:00

Como Churchill uniu a Grã-Bretanha

O Esplêndido e o Vil (Editora Intrínseca, 624 páginas, R$ 59,90 e e-book 39,90), best-seller instantâneo do jornalista Erik Larson, autor dos best-sellers O demônio da Casa Branca e A última viagem do Lusitânia, narra a grande saga sobre Churchill, família e resistência e conta a história de como um verdadeiro líder uniu o próprio reino durante o pior momento da Segunda Guerra Mundial. Em nosso atual momento mundial de carência de verdadeiros líderes e referências consistentes, a obra é certamente oportuna e inspiradora.
O Esplêndido e o Vil (Editora Intrínseca, 624 páginas, R$ 59,90 e e-book 39,90), best-seller instantâneo do jornalista Erik Larson, autor dos best-sellers O demônio da Casa Branca e A última viagem do Lusitânia, narra a grande saga sobre Churchill, família e resistência e conta a história de como um verdadeiro líder uniu o próprio reino durante o pior momento da Segunda Guerra Mundial. Em nosso atual momento mundial de carência de verdadeiros líderes e referências consistentes, a obra é certamente oportuna e inspiradora.
Erik Larson, nascido em 1954, já trabalhou para o The Wall Street Journal e para a revista Time e, neste volume caudaloso, sucesso de público e de crítica, mostra, após 55 anos da morte de Churchill, luzes preciosas sobre o primeiro ano deste emblemático personagem como primeiro-ministro do Reino Unido. Com base em grande documentação original de arquivos e relatórios de espionagem secretos - alguns só recentemente abertos - cartas e diários, o autor aborda o período 10 de maio de 1940 a 10 de maio de 1941, marcado pela campanha aérea alemã que culminou na história Blitz, que aterrorizou Londres e matou 45 mil britânicos.
A narrativa é uma verdadeira crônica dolorosa sobre a família Churchill e seu círculo social em meio à resistência durante a Blitz, conforme a prestigiada Vanity Fair e a crítica e o público consideraram, sem exageros, o livro como uma leitura comovente e apaixonante, atual, ágil, voraz e um grande relato sobre liderança e sobrevivência em tempos de guerra. Churchill conseguiu unir a nação e convenceu o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, seu poderoso e valioso aliado, a lhe ajudar a resistir. Segundo o autor, "este foi o ano em que Churchill se tornou Churchill, o buldogue fumante de charutos que pensamos conhecer, justamente quando ele fez seus maiores discursos e mostrou ao mundo o que era coragem e liderança". Churchill, além de tudo, contribuiu para o resgate da civilização ocidental à beira do abismo e a deixou livre para lutar.

Incendiários, bombeiros, respeitável público, o tempo e o vento

Nestas noites pandêmicas, como se a gente fosse retrato de figura solitária das imortais telas do genial Edward Hopper, "o pintor da solidão americana" ou como se a gente fosse personagem encastelado em Florença, do Decameron, de Giovanni Boccaccio, contando histórias enquanto espera a peste morrer, a gente vai levando, a gente vai esperando que a o tempo, o vento e a história levem a doença para junto das outras doenças que foram erradicadas há décadas, há séculos. A gente sabe que essa praga vai acabar. Um dia vai acabar. Aí tem que tomar algo, ouvir jazz, ouvir o silêncio, ler o Eclesiastes, livro do Antigo Testamento da Bíblia e suspirar.
A gente fica agradecendo a Deus pela manhã, ao acordar, depois de olhar o oxímetro pela milésima vez e ver que está vivo, e, quem sabe, sem o temível vírus. A gente respira devagar, decide sair da cama e enfrentar a vida, dando um tempo para o encontro diário com as catastróficas notícias de rádio, das redes sociais, da TV e dos telefonemas aflitos dos amigos e familiares. A gente sabe que precisa tomar doses homeopáticas do noticiário sobre o corona, mas quase sempre pinta aquela overdose indesejada.
A gente tenta racionalizar, se acalmar, pensando que a doença real não pode ficar nos infernizando com a doença imaginária, que ainda não caiu em cima da nossa cabeça. Enquanto a gente chora por algum familiar, amigo, vizinho, conhecido ou por alguma celebridade que a gente adore, a gente segue virando as páginas do livro da vida, vai tentando permanecer na fila dos existentes. A gente vai tentando viver, fazer coisas e aproveitar esse distanciamento para alguma coisa boa.
Enquanto a vacinação não dá conta, ainda, do final do problema de saúde e econômico, no meio destas confusões políticas, econômicas, judiciais, legislativas e executivas, me pedem opiniões sobre o "atual e grave momento nacional". No mundo e na vida sempre existiram três categorias básicas: incendiários, bombeiros e o respeitável público (ou parte) que adora ver o circo pegar fogo, mas de longe, seguro, de preferência. Acho que atualmente estamos com escassez de elogiáveis heróis bombeiros. Ou então o volume de serviço está muito além da capacidade dos "soldados do fogo".
É óbvio que fico torcendo para que os grandões, os mandões e os donos dos campinhos e dos campões se comportem, se entendam e que a democracia e a paz, no final, vençam de goleada. Será que esses caras não se dão conta que um dia vão morrer e vão para o beleléu como vieram ao mundo, sem nada? Bem que ao invés de jogar um jogo tipo o tênis ou o MMA, onde um amassa o outro, poderíamos jogar frescobol, que em inglês e hebraico se chama Matkot, e Racchettoni, em italiano. No frescobol ninguém perde ou ganha, todo mundo coopera, se diverte e cuida da saúde e do humor. Mas sabe como é o ser humano... gosta de briguinhas e brigonas, de falar por último e achar que é grande coisa. As pessoas ainda ficam se achando melhor, mais bonitas e mais inteligentes que o vizinho. Ledo e Ivo engano.

a propósito...

Eclesiastes: há tempo para nascer e morrer, de plantar e colher, de matar e curar, de derrubar e construir, de rir, dançar e chorar, tempo de espalhar pedras e de juntá-las, tempo de se abraçar e de se afastar, de procurar e perder, de gastar e de economizar, tempo de ficar calado e falar, tempo de amar, de odiar, há tempo de guerra e de paz. O tempo, o vento, a guerra e a paz. Minha nonna italiana me ensinou: para pagar e para morrer, sempre dá tempo. Tomara que sempre dê tempo para tudo, nonna, que a coisa aqui tá feia. Mas como me ensinou o querido professor de música e ótimo compositor Orestes Dornelles, "quando a coisa fica feia, Rita Lee na veia". Saúde, paz, tempo e milhões de vacinas, amigos! (Jaime Cimenti)
 

lançamentos

  • Personalidade e Pertencimento - Efeitos das massas em nossa individualidade (Editora Armada, 220 páginas, R$ 45,00), segundo livro do escritor e Procurador do Trabalho e professor universitário Bernardo Guimarães Ribeiro, trata dos grandes clássicos dos movimentos de massa e sua interferência na individualidade.
  • Carta aberta ao Demônio (Libretos, 104 páginas, R$ 32,00), do consagrado e premiado poeta e escritor Ricardo Silvestrin, traz 73 poemas e ilustrações de Leo Silvestrin, tratando de temas duramente atuais como relações amorosas, política, vida, filosofia, sabedoria e outras relevâncias, relevantes ou não.
  • O súbito vento (Class, 64 páginas, R$ 35,00) apresenta dezenas de hai kais em português do grande poeta, escritor, tradutor e médico José Eduardo Degrazia, com ilustrações e tradução para o japonês do artista plástico japonês Shogoro Nomura. "Há um albatroz/ pronto para voar/em cada um de nós" e "Começando o outono/caem as folhas do jardim/ vão caindo em mim" estão na obra.