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Coluna

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Novo romance de Felipe Daiello

Fortuna (AGE Editora, 240 páginas, R$ 35,00) é o romance mais recente do empresário, engenheiro, cronista, escritor e grande viajante gaúcho Felipe Daiello. Após a trilogia Rodas da fortuna e do romance Ventos do deserto, ao mudar a orientação da escrita com Vida - Viagem sem roteiro, aconselhado pelo vento e empurrado pelo tempo, estuda e apresenta as razões de nossa existência, as possibilidades dos sonhos e dos projetos dos indivíduos face às armadilhas que os impérios, os governos e os políticos impõem as seus súditos e governados, evitando o sucesso pretendido.
Fortuna (AGE Editora, 240 páginas, R$ 35,00) é o romance mais recente do empresário, engenheiro, cronista, escritor e grande viajante gaúcho Felipe Daiello. Após a trilogia Rodas da fortuna e do romance Ventos do deserto, ao mudar a orientação da escrita com Vida - Viagem sem roteiro, aconselhado pelo vento e empurrado pelo tempo, estuda e apresenta as razões de nossa existência, as possibilidades dos sonhos e dos projetos dos indivíduos face às armadilhas que os impérios, os governos e os políticos impõem as seus súditos e governados, evitando o sucesso pretendido.
Com Fortuna - Sagas do destino começa nova trilogia. As descobertas marítimas iniciadas por Cristóvão Colombo em 1492, a expansão do comércio mundial e o avanço tecnológico representam o elo criativo. A saga dos pioneiros começa em 1580 e avança até 1808, quando Herança, obra futura, dará continuidade a essa saga. Fortuna é o segundo volume da trilogia iniciada com Vida - Viagem sem roteiro.
Em 1580, Portugal era vassalo de Espanha, na época um grande império internacional. O jovem Juan del Tajo começará aventuras que mais adiante redundarão na decadência do domínio espanhol. O ataque dos piratas ingleses como Drake, a perda da Frota da Prata de 1622 e a morte de Juan del Tajo defendendo Macau dos ataques dos holandeses, são fatos essenciais que estão na narrativa. Os filhos adotivos de Juan del Tajo vão para Amsterdã, onde constituirão família. Lá ampliam negócios e conseguem fortuna, na fase dourada dos Países Baixos.
Com base em sólidas pesquisas e utilizando ótimos recursos narrativos e ficcionais, Daiello mais uma vez apresenta um romance histórico que permite aos leitores conhecer os fatos e ter prazer na leitura. Unindo cultura e entretenimento, a obra nos mostra o ciclo do ouro e depois o dos diamantes na colônia portuguesa do Brasil. No próximo volume da trilogia, a saga da família Tajo nos impérios de D. Pedro I e D. Pedro II no Brasil será narrada.
O livro terá pré-lançamento em Torres, dia 9 de fevereiro, na Livraria Super Livros.

Os alimentos e o poder

Como dizia o Senhor Diretas e patriarca da Constituição Cidadã, deputado Ulysses Guimarães, o poder é mesmo afrodisíaco. Talvez por isso mesmo as compras de alimentos para os órgãos públicos não contemplem alimentos afrodisíacos. Para o famoso Baile da Ilha Fiscal de 09 de novembro de 1889, que no dizer de um jornalista seria realizado "sobre um vulcão em estado eruptivo", foram providenciados 800 quilos de camarões, 300 frangos, quinhentos perus, 1800 latas de aspargos franceses, dez mil litros de cerveja, 343 caixas de champanhe e de vinho (consta que eram italianos), vinte mil sanduíches e muitos quilos e mais quilos de sorvete. Comida normal de banquete, sem ovos de codorna, catuaba, amendoim, ostras, morangos, gemada e outros estimulantes. Depois da farra pantagruélica e dos excessos nos namoros da noite, deu no que deu em 15 de novembro do mesmo ano....
Nos tempos do regime militar, quando os ministros viviam nas mansões da península, com aproximados 15 funcionários na área interna, lá por 1976, havia um ministro que tinha 28 empregados domésticos, consumia mensalmente 600 quilos de arroz, 36 quilos de camarão e 954 quilos de carne. Ricardo Kotscho escreveu matéria na Folha e introduziu a palavra "mordomia" no vocabulário político nacional.
Pelo que se sabe das sucessivas compras do Palácio do Planalto, da Câmara, Senado e ministérios, nas últimas décadas, não há aquisições de alimentos afrodisíacos. Essas notícias recentes de compras de lagostas, vinhos estrangeiros premiados, leite condensado, goma de mascar, bombons e outros itens, mostram que o poder orgásmico dispensa alimentos libidinosos.
Dizem que uma vez, num banquete envolvendo o presidente dos Estados Unidos, foi determinado aos garçons que servissem um pãozinho e uma bolinha de manteiga para cada um. O presidente pediu repeteco. O garçom disse que não. O presidente disse "eu sou o presidente", e o garçom disse "e eu sou o garçom encarregado de servir um pão com manteiga para cada um".
Tudo bem, autoridades e alguns funcionários precisam se alimentar, alguns até mesmo vivem em quartéis, faróis, postos na selva, etc. Questões de quantidade, qualidade, tipo de alimento e preços devem ser analisados e avaliados, normal. A população brasileira merece as informações adequadas e nos foros competentes devem ser discutidas e decididas as questões alimentares. Repita-se: por ora não há casos de compras de Viagra, cremes e objetos eróticos, talvez porque, como já foi dito e repetido, o poder é orgásmico e dispensa esse tipo de auxílio.
Como sinal de patriotismo e respeito à cultura gastronômica nacional, sugere-se que sejam comprados as maravilhosas cachaças e os valorosos vinhos nacionais, especialmente os da serra gaúcha, que já foram servidos antigamente na Varig e no Itamaraty, que eu me lembre. Sugere-se compra de macaxeira, frango caipira, pão de queijo, coco, acarajé, quiabo, galeto, rapadura e outras delicias brasileiras, que são ótimas compras em termos de custo/benefício. Gringo adora caipirinha com feijoada.
 

a propósito...

Agora, falando mais sério um pouco. Nesses tempos que temos sessenta por cento de pessoas com sobrepeso e vinte por cento obesas no Brasil, as compras de alimentos por instituições públicas poderiam aderir a critérios fit. Quem sabe massa, pão e arroz integral? Pratos com proteínas, biscoitos diet, gelatinas, conservas e geleias light? Que tal produtos orgânicos? Que tal dieta mediterrânea e low carb? O poder público precisa seguir as tendências globais de alimentação saudável, balanceada e que reduza, digamos, o peso do poder. Imagina, por exemplo, Trump se alimentando bem. Ao menos o visual seria mais tolerável.... Com a alimentação natureba, o poder seguiria orgásmico sem ajudas extras. Acho que ninguém acha que é melhor os poderosos comerem um monte de porcarias e se explodirem, não é? Cartas para a redação. (Jaime Cimenti)
 

lançamentos

  • Três metades de mim (Ardotempo, 112 páginas, R$ 40,00), de Ayalla Kluwe de Aguiar, de Lavras do Sul, tem versos ilustrados por Alfredo Aquino, como "Eu junto versos/como vou à feira/juntar tomates e pepinos/eu canto, eu proso/e de qualquer maneira/ eu colho rosas/ eu rezo terços/embalo berços/ eu queimo velas/ Sento-me à beira / de perpétuos desatinos.
  • Gênero e os nossos cérebros (Editora Rocco, 448 páginas, R$ 89,90), da neurocientista e feminista britânica Gina Rippon, professora emérita do Aston Brain Center, da Aston University de Birmingham, comprova, após pesquisas, que nossos cérebros são como mosaicos, com peças femininas e masculinas e seguem órgãos plásticos que vão se alterando pela vida.
  • O Anel Cardinale - As aventuras de Fabrício Bomtempo - Vol.1 (Libretos, 56 páginas, R$ 45,00), textos de Christian David e quadrinhos de Ernani Cousandier, traz sonhos, imagens e palavras de Fabrício, que vive a fase mais complicada da existência humana e por ela permanecerá por mais tempo que qualquer outro. Sonho de imortalidade.