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Coluna

- Publicada em 22 de Janeiro de 2021 às 03:00

Osvaldo Afonso Bender, empresário e deputado

Em obra mais que oportuna para os leitores gaúchos e brasileiros, o sociólogo, teólogo e escritor Dalmiro Volnei Silva apresentou a recente edição de A biografia de Osvaldo Afonso Bender - A ação de servir e inspirar pessoas ao sucesso (EST Edições, 264 páginas). Bender fundou a empresa Tecidos de Três Passos, cidade para onde se mudou em 1952, e, depois, as lojas 3 Passos.
Em obra mais que oportuna para os leitores gaúchos e brasileiros, o sociólogo, teólogo e escritor Dalmiro Volnei Silva apresentou a recente edição de A biografia de Osvaldo Afonso Bender - A ação de servir e inspirar pessoas ao sucesso (EST Edições, 264 páginas). Bender fundou a empresa Tecidos de Três Passos, cidade para onde se mudou em 1952, e, depois, as lojas 3 Passos.
Bender foi vereador de 1959 a 1967 em Três Passos e, em 1986 foi eleito deputado federal, cargo que exerceu até 1994. Bender foi destacado deputado federal constituinte e após a promulgação da Constituição Cidadã de 1988, Bender, entre 1989 e 1990, integrou as Comissões da Defesa Nacional da Câmara e de Agricultura e Política Rural.
Bender votou favoravelmente ao impeachment de Fernando Collor de Melo e, em 1991, seguiu com seus importantes trabalhos na Comissão de Política Rural. Em 1994, Bender deu por concluído seu profícuo trabalho parlamentar e voltou a focar-se nas atividades familiares e profissionais, que sempre desenvolveu com princípios de simplicidade, humildade, honestidade, amor e respeito ao próximo.
Dalmiro Volnei Silva, autor da obra, especialista em biografias, já publicou biografias de Walter Bündchen; a história dos Camilloti e a história da família Silva de Santo Augusto. Dalmiro foi professor, Secretário de Educação de Três Passos e hoje dedica-se, em tempo integral, ao ofício de escrever.
Casado com Astrogilda Bender, Osvaldo tem dois filhos e cinco netos e aguarda os bisnetos, com um olhar na intensa vida passada, foco no presente e esperanças no futuro.
Bender, que iniciou como aprendiz de alfaiata e que é um exemplo de como servir e inspirar pessoas para serem prósperas e dignas, certamente deve ser saudado como fonte de estimulo para nós todos, gaúchos e brasileiros, que estamos buscando caminhos melhores para nosso futuro e os de nossos descendentes.
Na apresentação, palavras do saudoso e querido Frei Rovílio Costa: "Os que não conhecem suas raízes formam uma multidão anônima e sem rosto. Correm pelo mundo sem saber de onde vem e para onde vão".

Beto Bigatti, o Pai Mala

A vida apresenta infinitos caminhos, muitas surpresas e aventuras e, nesses tempos de pandemia, os pungentes textos de Pai Mala - Relatos sinceros de afeto, vínculos & imperfeições que não estão nos manuais (Edição do Autor, 156 páginas), de Beto Bigatti, publicitário, palestrante e idealizador do Blog Pai Mala e embaixador da revista Pais & Filhos, mostram como podermos lidar com situações difíceis.
Hoje muito se discute sobre o papel do homem e a respeito das cruciais questões da paternidade. O tema é amplo, importantíssimo e assumiu relevância ainda maior diante de mudanças gigantes nas relações sociais, principalmente a partir dos anos sessenta do século XX. Revolução sexual, pílula anticoncepcional, feminismo, lutas por direitos civis e questões de gênero e diversidade colocaram em pauta problemáticas novas e instigantes.
Beto Bigatti é pai do Gianluca e do Stefano e marido da Luciana. Beto nasceu com uma deficiência física no braço direito que tentou esconder por tempo demais. Com a paternidade, ele, que se diz imperfeito mas completo, descobriu no amor pelos filhos o combustível para mergulhar dentro de si e descobrir um novo homem.
Os textos do livro e do Blog Pai Mala são de uma sinceridade de tamanho amazônico e trazem emoções de porte oceânico. Falam de nossas pequenas grandes histórias, essas que dia a dia nos fazem crescer junto com os filhos, acertando aqui, errando ali e indo em frente, em meio a suor, lágrimas, sorrisos, abraços, beijos, aproximações e distâncias, palavras e silêncios, perdas e ganhos, idas e vindas.
Nas cartas aos filhos, Beto abre os tarros do coração e os cadeados dos cofres das sensações e deixa mensagens comoventes, positivas e construtivas, incentivando-os a amar, ter filhos, compreender que os pais de vez em quando têm vontade de fugir para uma ilha deserta, esgotados que ficam, de vez em quando.
Beto, ainda bem, não pretendeu escrever um manual de instruções sobre paternidade ou um guia para enfrentar essas ditaduras infantil e juvenil que andam por aí e por vezes exasperam até um cara tipo o Dalai Lama. O que Beto quer não é apresentar um passo a passo para lidar com essa gurizada altamente cibernética.
A intenção do autor é mais ampla e simpática. Ele quer contribuir para que possamos ter fé em um futuro melhor para pais, mães e filhos, através do afeto, do poder do amor, da presença e do limite e, acima de tudo, Beto defende com todo o coração o poder transformador da paternidade. Não é tarefa simples e nem de uma semana.
A gente sabe que nasce e renasce com os filhos, vai crescendo com eles todos os dias e a missão é sem fim. Não existe divórcio de filho. Na apresentação da obra, a jornalista Lu Thomé escreveu: "Neste livro, Beto brinda os leitores com crônicas sobre conquistas, desafios, imperfeições e um olhar real e criativo que não está - mesmo - nos manuais. Porque uma coisa eu sei: a mão que lhe falta, e a que deu início ao caminho de autoconhecimento, fez surgir no seu peito um coração gigantesco.
 

a propósito...

Como os leitores já perceberam pelas palavras aí de cima, as palavras e as mensagens de Beto não dizem respeito somente às questões da paternidade. Elas dizem respeito à masculinidade, ao relacionamento entre homens, mulheres e crianças e à construção de um mundo com relações mais pacíficas, delicadas e amorosas. Não é pouca coisa, claro. Mas é preciso pensar, refletir, agir e entender que até, ou principalmente, com pequenos grandes gestos cotidianos, é possível traçar caminhos que parecem difíceis, impossíveis. Um pequeno diálogo, um olharzinho, um beijo ou um abraço podem muito mais do que a gente imagina. A correria, a falta de tempo, a loucura da vida e tudo mais não são desculpas. Quem quer mudar pode ir atrás, buscar coisas diferentes, mesmo e, principalmente, sendo um adorável mala. (Jaime Cimenti)
 

lançamentos

  • Objeto Não Identificado (Editora Calypso, 56 páginas, R$ 30,00), 15º livro da jornalista, escritora e advogada Susana Vernieri, apresenta poemas sobre vida, pessoas, amores, tempo e outras essências, como "A boneca é de louça/ A bruxa é de pano/ A menina é de barro".
  • A morte da Sra. Westaway (Editora Rocco, 320 páginas, R$ 59,90), da inglesa Ruth Ware, best-seller do N.Y. Times, narra a saga de Hal Westaway, que estava endividada junto a um agiota. Ela recebe uma carta sobre uma herança de uma avó. Mas a carta tem problemas... e a casa velha, a governanta assustadora e os conflitos familiares também...
  • Pachinko (Intrínseca, 528 páginas, R$ 44,90), da consagrada autora Min Jin Lee, mescla jornada familiar à história da Coreia e Japão. O romance traz o panorama histórico que dividiu a Coreia em duas a partir da ótica de imigrantes coreanos no Japão. A jovem Sunja e os salões de pachinko (jogos de caça-níqueis) protagonizam a narrativa.