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- Publicada em 21 de Fevereiro de 2020 às 03:00

O mundo explicado em 12 mapas

Tim trabalhou para TV e jornais, como BBC, Times e Guardian

Tim trabalhou para TV e jornais, como BBC, Times e Guardian


REPRODUÇÃO/JC
Prisioneiros da geografia para jovens leitores - Nosso mundo explicado em 12 mapas (Pequena Zahar, 78 páginas, tradução de Maria Luiza X. de A. Borges), do jornalista e escritor inglês Tim Marshall, autoridade em temas internacionais, é uma adaptação, para jovens, do famoso livro Prisioneiros da geografia, best-seller internacional que foi baseado em mais de 30 anos de reportagens feitas no mundo todo. Tim trabalhou para TV e jornais, como BBC, Times e Guardian, escreveu vários livros e é também fundador e editor do site de notícias TheWhatandtheWhy.com.
Prisioneiros da geografia para jovens leitores - Nosso mundo explicado em 12 mapas (Pequena Zahar, 78 páginas, tradução de Maria Luiza X. de A. Borges), do jornalista e escritor inglês Tim Marshall, autoridade em temas internacionais, é uma adaptação, para jovens, do famoso livro Prisioneiros da geografia, best-seller internacional que foi baseado em mais de 30 anos de reportagens feitas no mundo todo. Tim trabalhou para TV e jornais, como BBC, Times e Guardian, escreveu vários livros e é também fundador e editor do site de notícias TheWhatandtheWhy.com.
Esta obra foi adaptada pelo autor com Emily Hawkins e Pippa Crane e foi ilustrada com belíssimos mapas e desenhos em cores por Grace Easton e Jessica Smith. Tal como a obra original, esta pretende incentivar, especialmente jovens, mas não só eles, a estudar assuntos correlatos, como relações internacionais, política e, sim, geografia.
Por que a geografia dificulta o desenvolvimento do Brasil? Como os Estados Unidos se tornaram uma superpotência? Por que alguns países são tão ricos enquanto outros são tão pobres? Estas e muitas outras perguntas estão no livro, que, por meio de mapas ilustrados, mostra como a geografia influenciou a história do mundo.
A obra mostra porque escolhas de líderes mundiais são determinadas por montanhas, rios e mares e porque os povos entram em guerra. A terra que vivemos sempre nos moldou, influenciou nossas guerras, políticas e sociedades em todo o mundo. Não apenas a paisagem física influencia, como rios e montanhas, mas também o clima e os recursos naturais. Tudo afeta a maneira como as culturas humanas se desenvolveram ao longo do tempo.
Hoje a tecnologia nos ajuda a superar algumas das barreiras da geografia, a internet mostra como podemos ficar conectados e a viagem aérea nos permite voar sobre montanhas. Mas, mesmo com esses avanços todos, a paisagem física continua sendo importante: se você compreende a geografia do planeta, estará no bom caminho para compreender os acontecimentos que têm lugar no mundo à nossa volta.

Carnaval

Acho que basicamente temos quatro grupos de pessoas em relação ao tríduo momesco, o Carnaval. O primeiro grupo simplesmente odeia o evento, se pode vai para um sítio no interior, onde reine o silêncio e quem sabe um saudável e verdejante tédio. Esse grupo está cheio de pierrôs tristes, chorões, que sonham com o amor da colombina, que é mais chegada no arlequim.
O segundo grupo gosta mais ou menos, fica assistindo os desfiles pela TV, tomando alguma coisa e de repente dando uma sambadinha em volta da mesa ou no meio da sala. Esses não são muito de ir a festas, blocos de rua e outras manifestações. É o bloco da poltrona, dos que pagam para os outros fazerem os movimentos que eles preferem não fazer.
O terceiro grupo é dos que não odeiam o Carnaval, mas também não dão a mínima para ele. Simplesmente ignoram os dias da folia e ficam vendo séries na TV, viajando, caminhando nas ruas e nos parques e simplesmente deixam as bandas passarem sem se importar. Alguns desse grupo preferem ficar em casa ou em pequenos bares, ouvindo bossa-nova, jazz, música para meditação e tal.
O quarto grupo, claro, é o dos carnavalescos juramentados, com carteirinha assinada pelo Rei Momo . É o grupo dos arlequins, dos que preferem sorrir, mesmo sabendo que a vida é um vale de lágrimas. É o grupo dos que gostam de máscaras, fantasias, festas, desfiles, comidas, bebidas, sexo, Carnaval de rua, serpentinas, confetes, trios elétricos e tudo mais que a festa proporciona.
Alguns desse grupo gostariam que o Carnaval durasse meses ou todo o ano e alguns se instalaram em Olinda e Recife, para lutar bravamente pela alegre causa. Esse grupo adora Carnaval de rua, que, aliás, é o mais raiz e o melhor, mais alegre e democrático Carnaval. Esse grupo adora as antigas marchinhas carnavalescas. As letras de algumas delas são questionadas pelos grupos do politicamente correto, que daqui a pouco vai de certo reescrever a Bíblia.
Há os que escrevem contra o Carnaval, dizendo que a festa é alienante, que o sofrido, enganado, roubado e explorado povo brasileiro não teria motivos para comemorar e sair por aí bebendo, se saracoteando, rindo feito bobo da corte, esquecendo que está sendo manipulado pelos donos do poder, nesse país em que o parto para ser nação é demoradíssimo.
O povo não é bobo e não se deixa enganar por causa de três dias de folia. Passados os efeitos etílicos e os outros da festa, a partir da Quarta-feira de Cinzas o povo volta para a rotina e reinicia planos, sonhos e mudanças. Se as coisas não andam tão rápido como deviam, não dá para dizer que a culpa é do Carnaval, que, aliás, existe em muitos lugares do mundo, há milênios.
Carnaval é democracia, cada um tem o direito de escolher a fantasia ou o esconderijo. Uns escolhem a rua, outros preferem ficar rezando, comendo bolachinhas e tomando canja num retiro espiritual, qual o problema? Carnaval é momento de alegria, mas pode ser também hora de expor as mazelas sociais, como têm feito algumas grandes escolas de samba.

Lançamentos

  • O peso do jumbo: Histórias de uma repórter de dentro e fora do cárcere (Paulus, 256 páginas), livro-reportagem da premiada jornalista e escritora Karla Maria, com dados apurados em presídios de São Paulo e do Rio Grande do Sul, traz a humanidade e a falta dela no sistema prisional sem expectativa de ressocialização e de combate ao crime.
  • Dynamic mindset - Ideias instigantes que transformam (AGE Editora, 216 páginas), organizado pela jornalista Patrícia Knebel,colunista do Jornal do Comércio, apresenta depoimentos e textos dela e de Adriano Amui, Percival Puggina, Paula Oliveira e outros sobre inovação, liderança, sociedade, empreendedorismo e entrevistas com Maha Mamo e Marco Dalpozzo.
  • Uma incrível história do homem - Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? (L&PM Editores, 252 páginas), organizado por Évelyne Heyer, antropogeneticista e professora do Museu de História Natural de Paris e da Universidade Paris Diderot, traz textos de especialistas sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos.

a propósito...

Pois então fique à vontade para fazer o que bem entender no Carnaval, desde que você se sinta feliz e, de preferência, não encha o saco dos outros. Tristeza, alegria, protesto, loucura, sensatez, todos somos meio Quixote e Sancho Pança, meio pierrô e meio arlequim. Todos temos direito a trabalho, descanso e diversão. Quem não gosta do Carnaval ou o odeia, quem sabe guarda para si o baixo-astral e deixa que os outros, pelos menos por três dias, se divirtam e esqueçam, ao menos um pouco, dos problemões brasileiros seculares? Melhor diversão, sem muitos excessos e sem prejudicar os outros. Cuidado com o trânsito, com gravidez inesperada e com brigas que não têm nada a ver com a festa. Bom Carnaval e juízo no bolso... (Jaime Cimenti)