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- Publicada em 26 de Outubro de 2018 às 00:16

Velhos medos, novos caminhos

Quem nunca pensou, um dia, em abandonar velhos medos, se livrar da baixa autoestima e libertar-se, com criatividade, para conquistar o mundo? Com base em duas décadas de experiências e pesquisas, e ilustrado com histórias poderosas de grandes líderes e personalidades, Seja Singular! As incríveis vantagens de ser diferente (Faro Editorial, 256 páginas,R$ 39,90) pretende auxiliar os leitores a descobrirem suas singularidades e habilidades pessoais para atingir o sucesso sonhado.
Quem nunca pensou, um dia, em abandonar velhos medos, se livrar da baixa autoestima e libertar-se, com criatividade, para conquistar o mundo? Com base em duas décadas de experiências e pesquisas, e ilustrado com histórias poderosas de grandes líderes e personalidades, Seja Singular! As incríveis vantagens de ser diferente (Faro Editorial, 256 páginas,R$ 39,90) pretende auxiliar os leitores a descobrirem suas singularidades e habilidades pessoais para atingir o sucesso sonhado.
Valdir Bündchen e Jacob Petry são os autores. Valdir é pai da supermodelo Gisele Bündchen. Sociólogo, mestre em desenvolvimento sustentável, pós-graduado em administração mercadológica e gestão de novos negócios, ele há 30 anos promove treinamentos sobre como planejar carreiras. É um dos idealizadores do Projeto Água Limpa e criador do método de autoconhecimento Estudo de Perfil.
Jacob Petry, jornalista e pesquisador brasileiro radicado nos Estados Unidos, dedica-se ao estudo da filosofia da mente e psicologia da cognição. Escreveu inúmeros livros, entre os quais, As 16 leis do sucesso de Napoleão Hill e Poder e manipulação. "Tudo o que aprendi na vida foi meu pai quem me ensinou. Não fosse ele, eu não chegaria onde cheguei", disse Gisele sobre o pai, que foi seu mentor no início da carreira.
Os autores desafiam as fórmulas fantasiosas de enriquecimento fácil em moda nos dias atuais. Eles apresentam um caminho novo para superar nossos medos, limitações e incertezas, abrindo nossa mente para o potencial imenso que existe em cada um de nós. A obra trata da teoria da mentalidade, da inteligência prática e das vantagens ocultas. Eles enfatizam o modo de pensar, a libertação de crenças e condicionamentos, ressaltam a importância do foco e da disciplina e, igualmente, mostram como a sorte, o acaso e o destino nos influenciam. É preciso fazer a "providência" agir em nosso favor, trazendo eventos, imprevistos e assistência material que conspirem para a realização de nossos sonhos.
Como se vê, é um livro provocativo e inspirador, envolvendo transformação pessoal e aproveitamento das nossas singularidades e de nossos potenciais, para uma vida mais feliz e mais plena.

Lançamentos

Ruptura - A crise da democracia liberal (Zahar, 152 páginas, tradução de Joana Angélica dAvila Melo), do grande pensador e professor Manuel Castells, autor da trilogia A era da informação, trata do colapso da democracia liberal, com a desconfiança nas instituições, que deslegitima a representação e nos deixa órfãos de um abrigo para o interesse comum. Ele aponta causas e consequências da crise.
Reflexões sobre valores e princípios - Tempos imprevisíveis (AGE Editora, 176 páginas), do advogado, escritor e poeta Plínio Paulo Bing, 87 anos, ativo e extremamente lúcido, trata com profundidade sobre religião e livre-arbítrio, democracia e formação do gigantismo chinês. Em tempos de opiniões superficiais, falta de valores e de líderes, a obra de Bing vem em boa hora, com consistência e utilidade.
Parque do tempo (Editora Leader, 240 páginas), da escritora e congressista internacional Ana Pregardier, diretora da IntusForma Tecnologia Vivencial, é literatura infantil sem começo, meio e fim. O leitor tem liberdade para construir sua própria história, fazendo escolhas, indo e voltando pelas páginas da obra. É um livro multiverso, com muitas variáveis e possibilidades, com escolhas que mudarão a história.
 

Silêncio, palavras, brigas, diálogo?

Alguns acham que tudo isso que está aí, esse mundão todo, que precisa sempre ser mudado, começou há apenas 13,5 bilhões de anos com o tal Big Bang. O Big Ben não existia naquele tempo para marcar a hora certa. A matéria, a energia, o tempo e o espaço surgiram do Big Bang e, a partir daí, "evoluímos" até sermos estes macacos de terno e gravata, portando iPhones e dotados da maluquice beleza que andam por aí.
Como sou democrático, plural, transparente e humano e como não quero encrenca, cedo espaço nesta crônica aos ilustres criacionistas. Pois segundo o Gênesis, primeiríssimo livro da Bíblia, no começo Deus criou o céu e a terra. A terra era um grande vazio, sem nenhum ser vivente e um mar profundo a cobria. A escuridão cobria o mar e o espírito de Deus se movia por cima da água. Bom, aí Deus começou a falar, apareceu o verbo. A verba veio bem depois, mas não botem a culpa nele.
Deus disse: que haja luz! Separou a luz e a escuridão e criou o dia e noite. Deus seguiu falando, dividiu as águas, criou os seres vivos, os "pets", os humanos e no sétimo dia descansou. Depois que Deus quebrou aquele maravilhoso silêncio da natureza, deu no que deu.
Não quero discutir, cada um acredite no que quiser. Uns dizem até que foi Deus que criou o Big Bang e pronto. Boto fé na ciência, ciência na fé e vou adiante, não sei bem por quê e nem para onde. A resposta é a procura pela resposta. Eu não digo nada, estou em tempo de silêncio, depois desse período eleitoral babélico. Muitos quebraram o silêncio para ficar quebrando a cara e a paciência dos outros. A linguagem pode ser a fonte de mil mal-entendidos. Ou não.
Dizem os orientais que temos duas orelhas e uma boca, que é melhor ouvir duas vezes mais do que falar. As palavras são de prata, o silêncio é de ouro, diziam os antigos. Meu pai era italiano e de vez em quando, meio zen, me dizia que, muitas vezes, a melhor maneira de ganhar uma discussão era não começá-la. Silêncio, palavras, uns dizem que as melhores partes dos psicoterapeutas e mesmo dos humanos são os ouvidos. Quando os psis ou nós falamos, o outro se dá conta de que todos andamos meio perdidos.
Palavras nos aproximam e nos afastam. Na velocidade leporina destes tempos barulhentos, ouvidos e silêncios estão em baixa. As pessoas querem mais dançar do que ouvir música. Os sons das aporrinholas eletrônicas e as "composições" dos DJs servem para isso, para anestesiar os ouvidos e botar a galera para sacudir o esqueleto. Escutar, então, parece ter ficado em algum lugar do passado, parece um verbo que se enclausurou num velho dicionário de papel, desses que quase ninguém mais abre.
Em boca fechada não entra mosca, dizia-se. Mas quem está interessado em ficar de boca fechada? De mais a mais, na Tailândia comem moscas e tudo o que se mexe, como gafanhotos, cupins e formigas. Qual o problema? Abra a boca, coma mosca, seja um ser globalizado.

A propósito...

Passada a eleição tipo plebiscito muito louco, do terrível Fla-Flu de várzea profunda, com os times Arranca Toco e Quebra Canela batendo acima e abaixo da linha de cintura, quem sabe a gente toma tento, vergonha, paciência e conversa decentemente. Quando um burro fala, o outro deve murchar as orelhas. Passou a etapa da regra sem regra: "do pescoço para baixo é canela", ainda bem. Um ciclo se fechou. Novas esperanças, planos e prazos para o parto do Brasil, que segue mais demorado que atendimento no SUS, finalmente aconteça. Palavras agregadoras, silêncios eloquentes, escutas caninas e diálogos produtivos, quem sabe? O mundo ainda não acabou, parece. A História é uma criança e a democracia é a própria democracia, se renovando feito fênix, mais comprida que esperança de pobre e bombacha de alemão. (Jaime Cimenti)