A vez delas
Apesar do título, exceções são abertas às damas nesta seção. Imagino que durante esta fase de isolamento, na cozinha as tarefas sejam divididas entre elas e os homens. Mais uma razão para incluir neste espaço a receita de carpaccio enviada pela cozinheira Bárbara Dovânia – enfim, alguém não se intitula chef, salve! –, que atende pelo aplicativo GetNinjas.
A ideia do rosbife partiu da equipe de cozinha de Laticínios Tirolez e serve às maravilhas como prato principal.
Carpaccio de salmão com mix de folhas
Ingredientes:
- 200g de salmão fresco, limpo e sem pele
- pimenta branca moída
- sal
- azeite
- rúcula
- agrião
- alface crespa
- alface americana
- tomate cereja
- 30g de Parmesão ralado
- 1/2 colher (chá) de mostarda
- 1/2 colher (chá) de mel
- 1 colher (chá) de alcaparras picadas
Modo de preparar:
- Deixar o salmão marinando por 24 horas em uma mistura feita com um fio de azeite, uma pitada sal e outra de pimenta branca moída.
- Após esse tempo, fatiar o salmão em lâminas e dispô-las sobre o prato, até cobri-lo totalmente.
- Higienizar cuidadosamente todas as folhas, secá-las e rasgar uma a uma antes de espalhá-las sobre o carpaccio.
- Cortar tomates cereja em metades e posicioná-los ao centro do prato. Polvilhar por cima o Parmesão ralado.
- Em uma vasilha, misturar mostarda, mel, alcaparras e temperar com sal. Despejar esse molho sobre as folhas e servir.
Rosbife ao forno com cebola e queijo Reino
Fatiar a carne, passar a uma travessa, cobrir com as cebolas e espalhar por cima o queijo e devolver ao forno
TIROLEZ/DIVULGAÇÃO/JC
Ingredientes (seis porções):
- 1 peça de filé mignon limpa
- sal e pimenta-do-reino moída
- azeite de oliva extravirgem
- 1 folha de louro
- 1 dente de alho
- 500 g de cebola chalote
- 250 ml de vinho branco
- 500 g de queijo Reino ralado grosso
- filme plástico
Modo de preparar:
- Temperar inteiramente a peça de filé com sal e pimenta-do-reino.
- Aquecer azeite em uma panela grande e selar o filé por todos os lados, juntamente com louro e dentes de alho, para aromatizar.
- Levar a uma assadeira, regar com azeite e cobrir com alho e folha de louro.
- Aquecer forno a 160C e assar a carne por 40 minutos.
- Enquanto isso, na mesma panela, refogar cebolas descascadas e cortadas em quatro partes, até ficarem bem douradas. Acrescentar vinho branco e cozinhar por 15 minutos.
- Quando a carne estiver rosada, remover o suco da assadeira e despejar no molho.
- Cobrir o filé com filme plástico e deixar descansando por cinco minutos.
- Fatiar a carne, passar a uma travessa, cobrir com as cebolas e espalhar por cima o queijo e devolver ao forno apenas para gratinar.
Arquivo Pessoal
Reunia-se em espaço exclusivo no Plaza São Rafael e, a cada reunião mensal, dois confrades se encarregavam do menu
LEONID STRELIAEV/DIVULGAÇÃO/JC
Nos tempos da Confraria Bon Gourmet
Ela foi criada em 1976, reunia-se em espaço exclusivo no Plaza São Rafael e, a cada reunião mensal, dois confrades se encarregavam do menu. Perdurou por décadas e navegou simultaneamente à seção Homem na Cozinha, que criei ainda ao tempo de Zero Hora e que acabou revelando bons cozinheiros amadores. Naquela época, aqui no Rio Grande os cavalheiros se limitavam a assar churrasco e o espírito da seção que sigo publicando no Jornal do Comércio, antecipou o surgimento de outras confrarias, programas de tevê, livros e publicações especializadas.
No quadro da época, a Bon Gourmet era uma exceção. Tanto que, ao completar 20 anos, deu vida a um luxuoso livro de receitas, que tive o prazer de organizar e editar, com participação de quase todos os 25 confrades.
Essa imagem é do final dos anos 1990: a partir da esquerda, Ferruccio de Rose, Carlos Bastos Ribeiro e outro convidado que não pude identificar, este colunista (de barba e camisa vermelha), Roberto Jardim Cabral (depois consagrado em São Paulo como Bob Garden) e Victorio Gheno. O saudoso Flavio Alcaraz Gomes, autor da paella então degustada, como de hábito já ligara seu piloto automático, deixando a finalização para este escriba. E o Uda, também confrade, não aparece porque estava clicando a foto. Os demais esperavam a vez de servirem-se.
Ainda hoje a Confraria Bon Gourmet existe firme e forte, como me conta Newton Kalil. Mas me permitam sentir saudades daqueles tempos – e dos amigos, que alguns já se foram.