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Espaço Vital

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2021 às 21:26

Condenação penal por erro médico

A 2ª Câmara Criminal do TJ-RS reverteu sentença de primeiro grau e - acolhendo recurso dos assistentes de acusação - condenou criminalmente a médica porto-alegrense Vera Lúcia Feldens por homicídio culposo, na modalidade de imperícia, em Porto Alegre. O evento causou a morte de um bebê, no Hospital Moinhos de Vento, em julho de 2016. Como o MP pedira em primeiro grau a improcedência da ação penal, deixando de interpor apelação criminal em face da absolvição, os pais do bebê falecido - na condição de assistentes da acusação - exerceram o seu direito.
A 2ª Câmara Criminal do TJ-RS reverteu sentença de primeiro grau e - acolhendo recurso dos assistentes de acusação - condenou criminalmente a médica porto-alegrense Vera Lúcia Feldens por homicídio culposo, na modalidade de imperícia, em Porto Alegre. O evento causou a morte de um bebê, no Hospital Moinhos de Vento, em julho de 2016. Como o MP pedira em primeiro grau a improcedência da ação penal, deixando de interpor apelação criminal em face da absolvição, os pais do bebê falecido - na condição de assistentes da acusação - exerceram o seu direito.
Nessa linha, foi aplicado precedente do STJ de que "o assistente de acusação possui legitimidade para interpor recurso de apelação, em caráter supletivo, nos termos do artigo 598 do Código de Processo Penal, mesmo que o Ministério Público tenha requerido a absolvição".
A pena que alcança a obstetra Vera Lúcia Feldens é de um ano e quatro meses de detenção em regime aberto; a pena foi substituída por sanções restritivas de direito: pagamento de prestação pecuniária de 50 salários mínimos e de indenização por dano moral, em favor dos pais da criança, no valor de 100 salários mínimos. Não há trânsito em julgado. (Proc. nº 70080633829).

O carimbo de Maia

O novo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), combinou com o Palácio do Planalto que os primeiros 100 dias de sua gestão serão usados para tentar votar e aprovar três projetos e reformas importantes para o governo. Um deles, será a reforma administrativa.
Estaria, assim, se diferenciando de Rodrigo Maia (DEM-RJ). O governo quer deixar Maia carimbado como "o presidente que travava a votação de projetos de realce para o Executivo". E que, assim, não deixava o país andar.

Para entender o caso

São assistentes da acusação, na ação, os pais do menino morto: o advogado Eduardo de Azambuja Paim e a juíza de Direito Sonia Fátima Battistela. O MP-RS havia sustentado, para pedir a absolvição obtida em primeiro grau, que a morte decorrera de "concausa preexistente e absolutamente independente do agir da ré", no caso, uma bossa sanguínea na cabeça da criança.
O Espaço Vital pediu aos advogados José Antonio Paganella Boschi, Marcus Vinicius Boschi e Raquel Souza da Luz Boschi uma síntese sobre a controvérsia judicial: "Demonstramos na apelação que haviam sido as fraturas nos parietais esquerdo e direito da criança - registradas no laudo pericial oficial - a verdadeira causa da morte do bebê. Provamos que, ante a dificuldade do parto natural, a médica ré, ao invés de partir para o procedimento cesáreo, continuou, por longo período de tempo com manobras que culminaram com o uso de fórceps com o qual ela não estava habituada a trabalhar. As fraturas foram causadas pelo imperito uso desse instrumento nas tentativas de extração da criança".
Os dois advogados de defesa da acusada não responderam à solicitação enviada pelo Espaço Vital. A prestação jurisdicional no TJRS ainda compreenderá o julgamento de embargos de declaração interpostos pela médica ré.

Tentativa marota

O juiz Rafael Estrela, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, negou o pedido de unificação das penas a que foi condenado o ex-governador Sérgio Cabral em três ações diferentes que se encontram em fase de execução provisória. A medida, se concedida, poderia provocar, mais adiante o benefício de saída temporária! A decisão estabeleceu que "como as ações estão em fase de recurso, é preciso aguardar o julgamento final em cada uma delas.
A propósito: o ex-governador - com a última pena recebida em dezembro - acumula 16 condenações na Lava-jato. Suas penas já somam 322 anos e 7 meses. É a maior soma em toda a história da criminologia brasileira.

'Picaretas de ocasião

Na abertura do ano judiciário brasileiro, esta semana em Brasília, uma frase de Luiz Fux ficou no ar: "Abusam da liberdade de expressão aqueles que propagam discursos de ódio, desprezam as vítimas da Covid-19 e promovem o negacionismo científico". Para o presidente do Supremo, "tais atitudes partem de vozes isoladas, inclusive por membros do Poder Judiciário, e não devem ser ouvidas".
Os destinatários (plural) da crítica não foram nominados. Mas a declaração veio uma semana depois de o recém-empossado presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul criticar o isolamento social. O desembargador Carlos Eduardo Contar qualificou de "covardes e picaretas de ocasião" os que defendem a medida.

Dinheiro, muito dinheiro

Depois de 12 anos, o Bradesco conseguiu passar o Itaú Unibanco em lucratividade. Desde 2008 (ano da fusão do Itaú com o Unibanco, o Bradesco não conseguia superar o lucro do concorrente). No resultado anunciado na quarta-feira (3), o Bradesco apresentou lucro de R$ 19,4 bilhões em 2020; os ganhos do Itaú Unibanco foram de R$ 18,5 bilhões.

Sem tributação

Está criado o precedente! Com o entendimento de que "a transação não pode compor a receita bruta de uma empresa no lucro presumido se não houver diferença de valor, a 1ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) afastou a tributação sobre a permuta de imóveis. Após empate no julgamento, a decisão foi proferida por meio do novo critério de desempate a favor do contribuinte, estabelecido regimentalmente a partir de 2020. Desde o fim do voto de qualidade pró-Fisco no Carf, a jurisprudência que era favorável à Fazenda, quanto ao tema, vem sendo revertida.
No caso em tela, a Receita Federal cobrava imposto de renda da empresa paulista Verticali Construções e Incorporações Ltda., que teria sonegado informações, deixando de escriturar vendas de imóveis e supostamente fraudando contratos de transações com valores menores do que os reais. A exigência havia sido mantida nas instâncias inferiores do Carf. (Processo nº 11080.001020/2005-94).

O palhaço anárquico


tv globo/divulgação/jc
"Chacrinha - Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar" está em cartaz em várias capitais brasileiras, mas ainda não entrou na programação dos cinemas gaúchos. O documentário revela as origens de Abelardo Barbosa, como começou na tevê e o pioneirismo de sua carreira. Foram entrevistadas 20 pessoas para o filme, incluindo os dois filhos e a viúva de Chacrinha, Luciano Huck, Boni, Angélica, Rita Cadillac e Gugu Liberato (este poucas semanas antes do acidente fatal) na Florida.
O longa mostra o "palhaço anárquico" na frente das câmeras e o "workaholic exigente e meticuloso" nos bastidores. Chacrinha chegava a colocar a mulher, Florinda, para assistir o programa de Flávio Cavalcanti para decupar, minuto a minuto, a atração para que ele soubesse o que acontecia na concorrência.
Outro episódio relatado no documentário foi a briga com Carlos Augusto Montenegro, o dono do (agora, 2021) finado Ibope. É que Chacrinha contestava - após sair da Globo, em 1972 - que estivesse com a audiência declinante. Então, repetia no ar o telefone da casa de Montenegro, conclamando os telespectadores a ligarem dizendo que "viam o programa". Como resposta, o ibopeano Montenegro dizia, a cada um que telefonava, uma frase alvissareira, mas tumultuante: "Parabéns, você ganhou um carro popular, que deve ser buscado amanhã no estúdio do Chacrinha".
Ninguém jamais recebeu automóvel algum, claro.