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Começo de Conversa

- Publicada em 05 de Agosto de 2021 às 21:58

Anos 1950 em Nova Petrópolis


Acervo Nova Petrópolis/Divulgação/JC
Esse valente Ford do início dos anos 1950 era muito usado nos interiores. A fábrica só fornecia chassi e motor, a carroceria era colocada depois. Os bancos tinham pouca distância um do outro, então, para pessoas mais altas, as viagens longas em estradas esburacadas eram um suplício. A bagagem ficava no teto, assim como passageiros, quando preciso. Reparem a placa de seis números bem separados e visíveis.
Esse valente Ford do início dos anos 1950 era muito usado nos interiores. A fábrica só fornecia chassi e motor, a carroceria era colocada depois. Os bancos tinham pouca distância um do outro, então, para pessoas mais altas, as viagens longas em estradas esburacadas eram um suplício. A bagagem ficava no teto, assim como passageiros, quando preciso. Reparem a placa de seis números bem separados e visíveis.
 

A volta das carroças

A propósito da nota sobre o pedido do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), à população para que separe o lixo, leitor observa que as carroças estão voltando com força na Zona Norte da Capital, tracionadas por cavalos subnutridos e maltratados, obviamente sem fiscalização. Recorde-se que foi o então vereador Melo que criou a lei de retirada das carroças.

Uma ponte cara demais

O senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) informou que o projeto do novo aeroporto na bela região de Vila Oliva, entre Gramado e Caxias Sul, está sendo tocado em Brasília. O porém de sempre é o custo da estrada, que será maior do que o do aeroporto, R$ 150 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente, e deverá ser bancada pelo concessionário do aeroporto. Uma ponte sobre o Rio Caí a encarece.

Tete-a-tete

Meio que na surdina, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), jantou com intelectuais críticos de Jair Bolsonaro, entre eles um gaúcho. O encontro foi na terça-feira, dia 3 de agosto, no Parigi Bistrot. A informação é de Igor Gadelha, do jornal Metrópoles. Mourão estará nesta sexta-feira em Porto Alegre para receber o título de Irmão da Santa Casa.

De olho em 2022

Não acredite em promessas de campanha. Nem mesmo as registradas em cartório. Para citar Charles De Gaulle, as promessas só comprometem aqueles que as recebem. Como disse o do prefeito Mario Cuomo, de Nova York: faz-se campanha em poesia e governa-se em prosa. Por fim, tem a Lei de Galbraith: a política não é a arte do possível. Ela consiste em escolher entre o desagradável e o desastroso.

Prova de vida

Voltou a ser obrigatória para os aposentados e pensionistas do INSS. Em agosto, devem fazer a comprovação os segurados que deveriam ter feito isso nos meses de julho e agosto em 2020, a medida havia sido suspensa por causa da pandemia.

Voto auditado

Entre os argumentos contra o voto auditado está o de que já é possível auditar as urnas eletrônicas. Sim e não. Na última pesquisa feita sobre o tema, há menos de um mês, deu 46% a favor e 40% contra o novo sistema. Os a favor estavam crescendo.

Gerd Bornheim

Além de grande pensador e intelectual, Gerd Bornheim tinha a qualidade de expressar seu pensamento sem ser pernóstico, permitindo que todos se aproximassem. Ele é tema da Reportagem Cultural desta edição. Duas décadas após a sua morte, sua obra segue atual, com grande contribuição para a Filosofia e a crítica teatral. Pouca gente lembra que Bornheim dirigiu o Centro de Arte Dramática da Ufrgs.
 

O capote do seu Eugênio

Por causa das diversas correntes migratórias no passado, o Rio Grande do Sul é um estado cheio de sotaques com dificuldades para falar o português correto. Nós tivemos até um jornalista político de origem italiana que, ao falar, dizia senador Pedro Simão e deputado Algir Lorenzão, mas quando o sobrenome terminava em "ão", saia "on".
Mas eram com os nascidos nas colônias alemãs que o problema era maior. Tivemos um empresário que nem dava mais bola para as gozações dos urbanos. Certa vez, em roda de chope com assessores, contou que mudara de praia, estava cansado com a mesmice das nossas.
- Cansei daqui. Agora veraneio em Pombinhas.
- Bombinhas - corrigiu um corajoso.
- Mas o que foi que falei? Pombinhas, ora!
Mas era na política que o sotaque alemão mais causava estragos. O hoje PP ou Progressistas sempre teve dúvidas em criar siglas, partido que historicamente tem forte penetração no Interior. Antes, chamava-se PDS, depois, foi PPB por breve período dos anos 1990. Quem teve essa ideia seguramente entendia nada de alemão e da dificuldade no P e B, habitualmente trocados. Alemão da colonha só não troca um pelo outro quando estão juntos, daí que PP ou BB não tem erro. Já o R era problema.
Teve um deputado com esse problema que deu um jeito de driblar o R enfraquecido. Começava suas falas sempre do mesmo jeito, multiplicando a letra.
- Na minha rrrregião...
Gastava todo o estoque de erres. Mas PPB, nossa mãe, foi um desastre vernacular teuto. Quando os caciques anunciaram essa possibilidade, eu logo pensei, isso não vai dar certo. Resolvi provar minha certeza. Fui para a Assembleia Legislativa e encontrei o Oswino, cabo eleitoral que entendia tudo de política no interior germânico.
- Diz cá uma coisa meu chapa. Como se fala o nome do teu novo partido?
- Bebepê.
- Peraí. É pepebê.
- Erado. É bebepê.
Também teve o caso do velho Eugênio Gasparotto, figura dos anos 1970 com vasta cabeleira branca, sempre elegante de terno e gravata importada, que vendia panos finos do Dabdab para fatiotas, isso antes dos alfaiates entrarem em extinção. Certo dia, tentou vender um tecido para sobretudo, ou capote e capotão nos interiores, para o polaco Pedruva. Este correu o tecido entre os dedos. Fez um muxôxo.
- Capoton com esta cor non, já tenho um capoton marrão.

A lei da desconfiança

Com o advento de sanções econômicas para quem desobedecer a Lei Geral de Proteção de Dados, está acontecendo algo curioso. Empresas e instituições estão enviando e-mails com um "clique aqui" para permitir o envio de mensagens. Só que o "clique aqui" também pode ser golpe e sequestro de dados.

Dobradinha

Enquanto as entidades empresariais gaúchas emitiram nota conjunta entendendo que o Copom teve que aumentar a taxa Selic por causa da inflação, tanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) quanto a Força Sindical começaram seus textos exatamente da mesma forma, que decisão é equivocada.

Por falar em Selic...

...desde que foi instituído o conceito da taxa básica de juros para controlar a inflação, não há Cristo que faça a turma do salário-mínimo - e até a turma do salario máximo - entender que para abafar a inflação é preciso aumentá-la.

Como ser rei

Colaboração do leitor Sergio Pasa, em cima da nota sobre o perigo de ter dívida de pouco valor. Há um provérbio, que dizem ser árabe, que diz o seguinte: se deveres pouco, te aplicam a lei; se deveres muito, te chamarão de rei. Perfeito.