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- Publicada em 11 de Março de 2021 às 21:12

A fonte e os arranha-céus


Alex Rocha/PMPA/JC
É o Centro Histórico visto da Praça Montevidéu a partir das obras de restauração da Fonte Talavera de la Reina. À esquerda, um dos prédios mais antigos da área, então chamado de arranha-céu. Perto dos espigões de hoje, é um nanico. No meio, o Banco da Província, o Velho Jequitibá, então, o segundo banco mais antigo do Brasil (1858). Foi um dos quatro grandes bancos gaúchos. À direita, um banco que tudo mundo já entrou ou vai entrar, o Banco do Brasil. É idoso, mas ainda bonitinho.
É o Centro Histórico visto da Praça Montevidéu a partir das obras de restauração da Fonte Talavera de la Reina. À esquerda, um dos prédios mais antigos da área, então chamado de arranha-céu. Perto dos espigões de hoje, é um nanico. No meio, o Banco da Província, o Velho Jequitibá, então, o segundo banco mais antigo do Brasil (1858). Foi um dos quatro grandes bancos gaúchos. À direita, um banco que tudo mundo já entrou ou vai entrar, o Banco do Brasil. É idoso, mas ainda bonitinho.

Do telefone ao caixão

A única aplicação financeira que rende acima da inflação é a vigarice. Há vários fundos à escolha do investidor, conto do bilhete, pirâmide, golpes pela internet entre outros. Vigaristas têm um aliado poderoso em boa parte dos casos, o olho grande das vítimas. Porto Alegre nunca escapou à regra. Dava para contar uma dúzia de historinhas. A lábia e a simpatia dos vigaristas são fator de sucesso na profissão.
Um destes artistas ficou conhecido por aplicar não apenas um, mas três modalidades diferentes de trampas. Egresso de carreira pública, virou empreendedor, mas das palavras. Lamentava não ter tomado essa decisão antes.
Da primeira vez, usou a cara de bom moço para convencer idosos a lhe alugar telefones fixos, e uma procuração para negociar valores e mais um pouco. Antes da privatização da CRT, telefone fixo valia alta grana, e a bijuja era maior ainda se o prefixo fosse de bairros com demanda reprimida, porque a estatal não tinha fôlego financeiro para expandir a rede. Chegavam a valer R$ 20 mil em dinheiro de hoje.
Acontecia o óbvio. Ele vendia o prefixo, mas dizia que alugava, e pagava o aluguel combinado. Um dia, o dono de fato quis vender o seu. Para sua surpresa, descobriu que fora enganado.
Deu polícia, cana provisória e fim do empreendimento. Nem por isso, seu tino para negócios desapareceu, ao contrário. Quando começou a febre das raspadinhas criou a sua. Hipoteticamente, para dar cadeira de rodas para pessoas com deficiência. Como os prêmios e as cadeiras eram fumaça, o empreendimento número 2 foi para as cucuias. Quando o pegaram, desabafou:
- Mas logo agora que eu ia entregar a primeira cadeira!
Anos depois, uma seguradora acionou a polícia por desconfiar que o beneficiário de uma senhora, genro dela, havia feito um seguro de vida descomunal poucos dias antes do seu falecimento. Pediram a exumação e para surpresa de todos e do coveiro, só havia pedras no caixão.
Adivinhem quem era o beneficiário.

Campeão do mundo

Na quarta-feira, o Brasil representou 31% das mortes por Covid-19 em todo mundo. De uma maneira geral, no resto do mundo há diminuição de casos e mortes, em parte devido à vacina. Com isso, a economia já saiu da UTI e em breve do hospital. Há otimismo crescente.

Sobe meu balão

À medida que as economias mundiais forem deslanchando, o preço do petróleo seguirá aumentando. Sem falar que o inverno vai terminando no Hemisfério Norte. Quem mais torce para isso é a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Mas há outro componente da alta ou baixa, a divulgação dos estoques de cada um dos membros da Opep.

Lógica, onde estás?

Há coisas difíceis de entender neste país. Todo mundo, menos os caminhoneiros, reclama da nossa dependência do modal único, o rodoviarismo instituído no final dos anos 1950, que progressivamente destruiu a navegação fluvial e as ferrovias. Agora que o Ministério de Infraestrutura quer reativar a cabotagem (navegação costeira), todo mundo reclama furiosamente da ideia.

O aparelho...

Em sua primeira manifestação, o ex-presidente Lula (PT) reagiu à alta do dólar e à baixa da bolsa dizendo: "Não tenham medo de mim". Não é tanto ele que o mercado teme, é o aparelhamento do Estado. Aliás, mesmo depois de Michel Temer (MDB, 2016-2018), e agora com Jair Bolsonaro, o estado no País ainda não foi desaparelhado.

...e a desculpa

Como toda pessoa pública envolvida em irregularidades, Lula não perde a chance de dizer que foi injustiçado e perseguido. A julgar pelos retrospectos, estes desabafos são praticamente confissão de culpa.

Eu também quero

Depois do adiamento do ICMS, agora chegou a vez do ISS cobrado pelas prefeituras. Quem começou a ofensiva foi o Sindilojas Caxias. A lógica é a mesma do imposto estadual. Com a suspensão de atividades, o setor de serviços quer prorrogação, redução de alíquota entre outras demandas.

Enquanto isso...

...a "correspondente" da página na Alemanha - mora em Münster - conta que aos poucos o comércio vai abrindo, depois do tudo fechado. E narra as dificuldades para entender o linguajar e análises dos médicos. Bem, nenhuma surpresa.

Sons do tribalismo

A música brasileira está uma desolação só. Salvo exceções, os artistas mais populares têm cantado ruídos, melodias pobres, quando não inexistentes. E colocam palavrões já no título para enriquecer a mediocridade.

Hélio Fernandes

Morreu aos 100 anos de idade o jornalista carioca Hélio Fernandes, um dos mais combativos da imprensa brasileira. Irmão do não menos combativo Millôr Fernandes, trabalhou em vários jornais até que fundou a provocativa Tribuna da Imprensa, que terminou em 2008. No tempo do regime militar vivia preso.

Doação

O Rotary Club Bom Fim fez uma doação em espécie de R$ 4 mil para o Asilo Padre Cacique. Os rotarianos do Bom Fim Rudolf Nielsen e Jane Alice foram recebidos por Lenise Carvalho, assistente social da Instituição.

Sinal

Leitor que mora em Charqueadas conta que ao passar no entorno do Pasc, o sinal do celular some devido ao bloqueio. Interessante, porque dentro do presídio de alta segurança, o sinal pega. Milagre tecnológico.