Firme aos 103

Uma das redes de varejo de maior sucesso foi a Soberana dos Móveis, de propriedade do empresário Marcos Rachewsky, mais conhecido como Tio Marquinhos. Para começar, ele mantinha um relacionamento especial com a imprensa em geral. Anualmente promovia a Festa da Comunicação no Clube Campestre de Ipanema. A festa começava de manhã e se estendia noite adentro. A Brahma sorria, contente de tanto chope que vendia.

Não à toa o slogan da empresa era "o crediário mais amigável da cidade". Ele fazia de tudo para não retirar a mercadoria de clientes em atraso, chegava a chamá-los para falar cara a cara para obter uma solução. Se havia um empresário benquisto na cidade, era ele. Assim corria a vida até que um dia apareceu na loja matriz, na Assis Brasil, um cliente gago.

Muito nervoso, pediu para falar com o gerente de loja, que também era gago. Tão logo saiu a primeira palavra, o freguês achou que ele o estava arremedando. Subiu nas tamancas. Ento pediu para falar com alguém acima dele. Desceu o diretor administrativo-financeiro que também era ligeiramente gago. Aí foi a conta.

Aos berros, pediu para falar com o dono da loja - a administração ficava na parte superior. Convenhamos que, a essa altura, qualquer pessoa acharia que a empresa se dedicava a produzir pegadinhas. Minutos depois, Tio Marquinhos desceu para ver o estava se passando. Acontece que ele também era acometido por gagueira quando ficava nervoso. O coitado quase teve um ataque, convicto que a Soberana dos Móveis tinha urdido uma conspiração de gagos para infernizá-lo.

A duras penas, Tio Marquinhos conseguiu explicar para o cliente a razão de tanta gagueira na sua empresa. Um motivo simples mas esclarecedor. Explicou que contratava seus auxiliares diretos que gaguejassem para evitar que rissem às suas costas e o arremedassem.

Depois de tudo bem explicadinho, ganhou o homem. Era uma explicação tão incrível que só podia ser verdadeira.

O maior número de mortes por afogamentos em 10 anos até agora não deveria ser surpresa, afinal vivemos a era do imediatismo, do individualismo extremo e desprezo pela própria vida e a dos outros. Vide as aglomerações. A pandemia exacerbou uma cultura já existente, mas contida. O boi se foi com corda e tudo.

Saco de pancadas quando se trata do preço dos combustíveis, a Petrobras esclarece que a gasolina que sai das refinarias representa um terço do preço final, e no diesel, é metade.

O ano passado mudou um bocado hábitos de consumo arraigado por décadas devido ao isolamento. Líder no mercado de água mineral no Rio Grande do Sul, a Água da Pedra ficou com 32,7% deste mercado em dezembro, mês de maior consumo do ano. A marca da Fruki deu destaque às embalagens de dois, cinco e 20 litros.

A Panvel fará mais uma doação de álcool em gel para a prefeitura de Porto Alegre. Serão repassadas 2.500 embalagens entre 50 e 150 ml, destinadas às escolas de ensino infantil e fundamental do Município.

Mesmo depois da imunização do rebanho, mesmo depois que a pandemia virar endêmica, mesmo depois que todos possam novamente se aglomerar, mesmo depois tudo voltar a ser como antes, alguns produtos e serviços nunca mais voltarão ao normal. É nossa sina.

Entre eles, boa parte das operações gastronômicas. Os que baixaram preços tenderão a voltar ao patamar pré- pandemia com desculpa que precisam recompor a renda. O único que não vai recompor a renda é o consumidor, que já entra 2021 com custo de vida em torno de 25% maior.

Os chineses enviaram com sucesso um robô (rover) para explorar o solo lunar. Obviamente que não foi por hobby. Os recursos naturais da Terra são limitados, e a Grande Mina está à disposição de quem tiver talento para explorá-la. Com a velocidade chinesa, é questão de tempo. Talvez nem de muito tempo.

O BRDE lançou edital para selecionar a Aceleradora ou Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) que vai executar as atividades da segunda edição do BRDE LABS no. Estado. O programa de apoio à inovação promove a aceleração de startups com foco em melhorias na gestão, buscando alavancar recursos e parcerias que contribuam para seu desenvolvimento operacional.

Depois da neve no Oriente Médio só falta chover no deserto do Saara e em outros, como o Atacama, no Chile. E cá no Estado, o verão está longe de ser tórrido à noite. Dá para dormir sem ar nem ventilador e até puxar o lençol. Tudo deve estar relacionado. Os meteorologistas usam uma metáfora para ilustrar essa condição: quando uma borboleta bate as asas em Nova York, muda o clima em Paris.

A frase foi dita pelo ministro da Justiça Jarbas Passarinho quando assinou o Ato Institucional número 5 (AI 5) em dezembro de 1968, que retirou todas as garantias jurídicas e permitiu ao governo dominar de vez o País. Passarinho era um jurista renomado e a frase que ele proferiu diz bem que ele baixou a cabeça para o governo a que servia, despachando o remorso.

Pois o que o Supremo está fazendo hoje é exatamente isso, a invasão repetida de outros poderes. Por mais abominável que seja o ataque do deputado Daniel Silveira, o STF não poderia invadir a seara do Legislativo. A história recente mostra que o Supremo é governo, policial, juiz, promotor e júri ao mesmo tempo. Na prática, a suprema corte é governo 3 em 1.

A moda de grafar nomes duplos de empresas, produtos ou serviços como se fossem um só, às vezes com maiúscula no meio, se tornou tão comum que perdeu a singularidade. A humanidade levou milhares de anos para separar as palavras e agora as juntam de novo.

Não acredite muito quando dizem que baterias dos smartphones de última geração duram muito mais que em modelos anteriores. É muita luzinha e frescurinha.