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Começo de Conversa

- Publicada em 14 de Janeiro de 2021 às 21:27

A cidade não para...


LUIZA PRADO/JC
O bairro Rio Branco, em Porto Alegre, está passando por grandes transformações. Um exemplo é a esquina da avenida Goethe com a rua Castro Alves. De um lado, foi inaugurada há pouco tempo uma nova unidade da Panvel. Do outro, onde funcionou uma pizzaria e uma casa de eventos, há um tapume da Cyrela, que fará ali um empreendimento imobiliário no lugar de dois imóveis.
O bairro Rio Branco, em Porto Alegre, está passando por grandes transformações. Um exemplo é a esquina da avenida Goethe com a rua Castro Alves. De um lado, foi inaugurada há pouco tempo uma nova unidade da Panvel. Do outro, onde funcionou uma pizzaria e uma casa de eventos, há um tapume da Cyrela, que fará ali um empreendimento imobiliário no lugar de dois imóveis.

...e as esquinas que mudam

Num raio de duas quadras, há nada menos do que quatro esquinas com tapumes. Além da já mencionada, há outro empreendimento imobiliário na descida da Miguel Tostes esquina com Castro Alves. Outro terreno, na Mariante com Castro, está cercado por tapumes - era um estacionamento. E na esquina da Casemiro de Abreu com Mariante, duas casas foram demolidas nesta semana.

A cerveja do Cacique

Devagar, não é um índio, é o Cine Teatro Cacique, que ficava na Rua da Praia perto da Caldas Junior, hoje um Zaffari. Nos gloriosos anos 1960, início dos 1970, ele só passava filmes bala, tinha capacidade para 2 mil pessoas. Era tempo em que ir ao cinema era quase obrigatório. Havia sessão das 22h, dava para ir para casa depois da meia-noite sem problemas.
Nas laterais do enorme pé direito, havia pinturas de Glauco Saraiva retratando um índio Charrua de alto a baixo, ligação com a empresa dona do Cacique, Taba Cine Teatro. Na inauguração, em 1958, houve show com uma cantora peruana chamada Yma Sumac, conhecida mundialmente pelo extraordinário alcance da voz, de baixo barítono a soprano. No auge, alcançava cinco oitavas. Foi contratada a peso de ouro e o evento foi registrado em placa de bronze incrustada na lateral direita.
A cerveja do bar do Cacique? Na época, o copo padrão para da cidade era o boca larga de alto a baixo de 300ml, o que fazia o colarinho desaparecer tão rapidamente que inventaram o chope em copos que afunilavam no pé com apenas 210ml, os espertinhos. Igual, o colarinho também não durava.
O bar do Cacique não servia chope, só cerveja nestes copos mais finos. A diferença era a durabilidade do colarinho, o chapéu dessa bebida, durava muito mais que em outros estabelecimentos, o que era um mistério. Observei que no fundo sempre havia um pouco de água, duas ou três gotas. E era de propósito. Quase torturei o barman para saber dele qual era a moral.
Simples. A gordura dos lábios vai dissolvendo a espuma e as gotas era água e açúcar, que retarda o efeito e até cria mais espuma. Funcionava mais com as mulheres, porque na época os batons eram gordurosos. É para ver como naqueles tempos a vida era mais calma, a ponto de se jogar tempo fora com questões minúsculas como essa.
O fantasma do índio Charrua deve perambular durante as madrugadas silenciosas e perigosas daquela parte da Rua da Praia. Talvez acompanhado de Glauco Saraiva.

De volta ao passado I

Não existe mais nenhuma churrascaria no Centro Histórico de Porto Alegre. O fast food as aniquilou, e a classe média foi afugentada a partir dos anos 1990. Temos algumas curiosidades históricas sobre elas. Uma delas é que o entrecot era desconhecido e ignorado pelas casas do ramo.

De volta ao passado II

Quem popularizou o corte foi a Churrascaria Capitão Rodrigo nos anos 1970. Alguns anos antes, a Churrascaria Boi na Brasa, na Ramiro Barcelos ao lado da Copagra, introduziu a picanha, graças à visão do dono, o português Manoel Tavares.

Mais essa

Os caminhoneiros querem entrar em greve dia 1º de fevereiro. Só podem estar de brincadeira. Seria o caos na potência 10. Como em todo movimento grevista de serviços essenciais, o povo que se exploda.

Pronta resposta

Pioneira na implantação do cercamento eletrônico, Cachoeirinha apresentou em 2020 uma alta taxa de eficiência do sistema: 77,3% dos veículos flagrados foram abordados pela Guarda Municipal. Ao todo, 36 indivíduos foram presos. "A tecnologia, além de prevenir esse tipo de delito, possibilita uma pronta resposta do poder público", salienta o prefeito Miki Breier (PSB).

É a glória

Finalmente um legislativo de outro país copia um dos nossos. A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos imita a Câmara de Vereadores de Porto Alegre e avança em um processo de impeachment do titular do Poder Executivo em fim de mandato.

Estética de ponta

Para conectar players do mercado de saúde e beleza, a Sanbank, uma Fintech Health Care, gaúcha com sede no Feevale Techpark - Hub One Porto Alegre, surge com o foco de financiar os profissionais de estética de toda América Latina com o acesso às tecnologias de ponta do fabricante Medical San, com sede em Estrela (RS).

Desova de eletrônicos

Os Pontos de Entrega de Resíduos Eletrônicos do DMLU receberam 55,7 toneladas de materiais em 2020. Há pontos de descarte nem sempre na rota do usuário. Quem sabe o DMLU faz com eles como na coleta seletiva?

A ditadura material

Ruínas, carcaças de carro e até mesmo o lixo do dia a dia compõem o total de objetos construídos ao longo da história da humanidade, quantia que no final de 2020 superou pela primeira vez a soma da massa de tudo que é natural na Terra. Esta foi a conclusão de um estudo liderado por pesquisadores israelenses que foi publicado na revista científica Nature.

Dois em um

Interessante o fato de novas cepas do coronavírus terem sido descobertas tão logo as vacinas começaram a aparecer, e novamente agora quando elas começam a ser aplicadas.

Correção

Na quinta-feira, 14, comemorou-se o Dia do Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, e não da Apergs, entidade que os representa.

A falta que ela faz

No início dos anos 1970 surgiu uma moda que tomou conta do Brasil, as pequenas bolsas de mão masculinas de couro. Fabricada pela Mundial, chamava-se Capanga. Uma tira a prendia na mão. A propaganda se referia a ela como "leva tudo", que o povo rebatizou de "perde tudo". Seria muito mais útil hoje, especialmente para carregar celulares, cada vez maiores. Um dia serão do tamanho de um piano.