De volta ao futuro

Um dos aspectos mais impressionantes que cercam o brutal assassinato de João Alberto Freitas é a quantidade de manifestações de repúdio de entidades civis de todos os setores da atividade humana, incluindo empresariais e religiosas.

Depois do acontecido, o assunto se alastrou na cidade e pulou para o Estado. Foi e ainda é um dos acontecimentos mais comentados, passa por taxistas a rodas de cafezinho da cidade, em grupos de todos tipos é o tema da pauta do dia. Em resumo, mexeu com os nervos gerais.

De bombacha, cinto com coldre vazio, chapéu de beijar santo em parede, o homem se aproxima da cadeira de um engraxate da Praça da Alfândega. Leva a mão para subir o chapéu à guisa de cumprimento e fala para o cliente.

- Por acaso o senhor não empresta dinheiro a juros?

Ante a surpresa e negação à pergunta, o gauchão se afasta sem mais nada a dizer.

A nota sobre o atraso de correspondência pelos Correios gerou uma série de queixas semelhantes. Os relatos falam em atrasos de até 40 dias, e de prédios que não recebem a visita do carteiro há 46 dias. O pior é que a direção da estatal não se manifesta nem explica o que há.

O ministro Luiz Fux, presidente do STF, foi indagado por uma questão qualquer do Congresso Nacional. Respondeu dizendo que o Legislativo deveria cuidar dos seus problemas. Sábio alvitre, mas inútil. Volta e meia, suas excelências vão choramingando se agarrar nas saias da mamãe.

O Brasil já registra mais de 5,4 milhões de pessoas curadas da Covid-19. No mundo, estima-se que pelo menos 29 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (406.208), que são os pacientes em acompanhamento médico.

Alguns médicos ressaltam que o vírus vem perdendo força e mata menos. No Brasil, a taxa de letalidade caiu de até 10% para 2,8%. Mas parece que falar sobre isso é pecado mortal e que só más notícias devem ser divulgadas e que quem dá as boas deve ser crucificado. A Santa Inquisição da Idade Média não terminou.

Poucas vezes a história da aviação registrou um fracasso tão retumbante quanto o Boeing 737 MAX. Problemas de projeto e de software causaram a suspensão dos voos, ora parcialmente retomados. Somado à pandemia, custou 30 mil empregos na Boeing. A ironia é que o 737 "comum" foi o modelo mais vendido da história da empresa.

O governador Eduardo Leite (PSDB) tem o hábito de tocar a máquina de acordo com a velocidade do comboio. Enviou para a Assembleia Legislativa o projeto da Lei Gaúcha de Inovação como política de Estado, e o Projeto Telepresença para conectar em tempo real gestores públicos. "Ninguém vive do passado", sublinhou Leute. Falou e disse.

O jornalista gaúcho Denian Couto (Podemos), que chegou a ser secretário de Comunicação de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e foi comentarista da rádio Bandeirantes, foi eleito como oitavo mais votado em Curitiba, com 7.005 votos. Na mesma cidade, Adriano Gabiru não conseguiu convencer os torcedores do Athletico: fez apenas 268 votos.

Em matéria de comida, tudo é gourmet, palavra mágica que confere excelência a comidas. Até sal e o clássico arroz com feijão são oferecidos envoltos nesta palavra mágica que promete uma experiência gastronômica. Só falta um palito gourmet. O pano de fundo é tão velho como o mundo: desculpa para cobrar mais caro.

VAI ser enorme a demanda por refrigeração quando as vacinas chegarem.

VACINA da Pfizer aguenta só cinco dias em um refrigerador comum (entre 2 e 8 graus centigrados).

LOJAS de aeroportos vão mal das pernas com a redução do voos e passageiros.

PELÉ autografou uma camisa do Santos para o presidente Bolsonaro.

TERMINA nesta semana a moleza das noites frescas e temperatura amena. Vem aí o inferno.

Blak Friday, Halloween, Christmas Day, home office, é uma enxurrada de americanismos. Até mesmo movimentos anti-capitalistas se valem deles. Só utilizam nomes americanos. Só falta o coelho Páscoa se transformar em Rabbit Day.