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- Publicada em 07 de Julho de 2020 às 21:21

Raio gaúcho


ROMAR RIGON/DIVULGAÇÃO/JC
Assim como temos a arvore-símbolo, a que dá erva-mate; a flor-símbolo, brinco de princesa (alguém conhece?), bem que algum deputado poderia entrar com projeto para instituir nossa luz-símbolo, o raio gaúcho, ilustrado nessa bela foto de Romar Rigon no Interior do Rio Grande do Sul. Só dá ele. Aliás, o bicho-símbolo deveria ser o sapo. Provisoriamente, porque depois vem a seca.
Assim como temos a arvore-símbolo, a que dá erva-mate; a flor-símbolo, brinco de princesa (alguém conhece?), bem que algum deputado poderia entrar com projeto para instituir nossa luz-símbolo, o raio gaúcho, ilustrado nessa bela foto de Romar Rigon no Interior do Rio Grande do Sul. Só dá ele. Aliás, o bicho-símbolo deveria ser o sapo. Provisoriamente, porque depois vem a seca.

Das cordas esticadas...

Por duas vezes a página alertou que chegaria o momento em que as pessoas passariam da revolta com as restrições de ir, vir e comprar para o estágio da desobediência aberta. Não precisa ser bruxo, é só entender um pouco do comportamento humano. E do estômago e do dinheiro, ou melhor, da sua falta.

...ao limite da paciência

O final dessa escalada é o que os caciques sugerem aos índios, começar a falar com a língua reta. E não se trata de ser contra ou a favor desse comportamento, porque sempre tem quem ache chifre em cabeça de cavalo. É um fato a ser registrado e como tal merece consideração.

Privativo, mas público

As instituições financeiras, entre outros, pedem que o cliente concorde com o Termo de Uso e Política de Privacidade. Do contrário, não permitem, em alguns casos, a continuação de processo on-line qualquer. Só que não contavam com a astúcia das letras miúdas. A folhas tantas, algumas registram que os dados podem ser disponibilizados a "empresas parceiras". Ou seja, a sacanagem continua, mas agora com sua concordância. Que país esse nosso.

Uma coisa é uma coisa...

...outra coisa é outra coisa. Correndo o risco de ser mal entendido e por isso ressalvando a gravidade extrema da situação: o número de mortes no Rio Grande do Sul chega a 800, mas o sentimento é que são de "agora". Na realidade, é o total desde o início dos registros, lá se vão quatro meses. É como uma foto obtida por poderosa teleobjetiva, fica tudo amontoado.

Estrago geral

Após eventos climáticos extremos, como o ciclone-bomba que atingiu o Sul, são registrados os estragos nas ruas, residências e parques, mas os danos às empresas são relegados a um segundo plano. No entanto, cálculos de seguradoras indicam que 44% das empresas sofrem danos.

Deu mole

É a expressão popular usada quando alguém comete uma imprudência. De certa forma, o Capitão abraçou o vírus de tanta chance que deu, ao se misturar com apoiadores, inclusive sem máscara. Sem falar nos auxiliares próximos que estavam contaminados. A dúvida é se será uma "gripezinha" como ele se referiu no início da pandemia. Se for, ele pode dizer "viu?" e tirar vantagem da situação.

O pistolão

Mais dois frigoríficos gaúchos não podem mais vender seus produtos para a China; via de consequência, o Brasil vai pedir oficialmente a retirada das restrições. A situação pede um bom pistolão, quem sabe o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Vale transporte

Passageiros que usam o vale-transporte e que não trabalham em atividades essenciais estão impedidos de usar o benefício nos ônibus a partir de amanhã em Porto Alegre. Definam "essenciais". Se alguém for colocado neste brete e tiver uma emergência ou de familiares, faz como? Pega um táxi ou aplicativo com o dinheiro que não tem?

A grande lista

Aliás, a relação das atividades essenciais não inclui empregadas domésticas. Sem dúvida, podem ser consideradas como tal, especialmente quando os patrões são idosos e moram sozinhos.

A desolação gastronômica...

Cerca de um terço dos bares e restaurantes brasileiros vai fechar definitivamente até o final do ano. E com eles, uma parte da alma brasileira também. O comentário é de Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação. Com a quebradeira, empregos serão perdidos e, junto com eles, uma parte de almas também.

...e a perversidade humana

A salvação pelo delivery é uma ficção. Com poucas variações e funcionando a pleno vapor, representa em torno de um quarto do valor da conta. E apenas uma parte tem suporte para esse tipo de operação. Para completar, os aplicativos cobram 25% do valor da conta, sendo que aqui há casos acima de 30%. É a perversidade humana em ação.

Pergunta pertinente

Leitor pergunta por que os supermercados podem vender eletrodomésticos, roupas diversas, cama, mesa, cozinha e utensílios domésticos e as lojas que vendem estes produtos não podem porque estão fechadas.