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- Publicada em 26 de Junho de 2020 às 01:21

De volta ao passado

Leonel Brizola e Carlos Araújo na greve do magistério na Praça da Matriz em 1987

Leonel Brizola e Carlos Araújo na greve do magistério na Praça da Matriz em 1987


ALFONSO ABRAHAM/DIVULGAÇÃO/JC
Sineta na mão, Leonel Brizola (PDT) fustigou o governo Pedro Simon (PMDB) ao apoiar a greve do magistério de 1987. O governador mal tinha esquentado a cadeira no Palácio Piratini quando foi surpreendido pelo movimento na Praça da Matriz. Saído do governo do Rio de Janeiro, Brizola tacou as esporas em Simon. Na direita da foto, o então deputado Carlos Araújo (PDT).
Sineta na mão, Leonel Brizola (PDT) fustigou o governo Pedro Simon (PMDB) ao apoiar a greve do magistério de 1987. O governador mal tinha esquentado a cadeira no Palácio Piratini quando foi surpreendido pelo movimento na Praça da Matriz. Saído do governo do Rio de Janeiro, Brizola tacou as esporas em Simon. Na direita da foto, o então deputado Carlos Araújo (PDT).

Adeus, almoços

Entre as várias extinções derivadas da pandemia, as reuniões-almoço das entidades e cafés da manhã certamente estão no topo da lista, pelo menos por um tempo. Sim, temos as lives, mas elas já são tantas que precisaria ficar ligado todo santo dia.

A salvação da Pátria

A Quina Especial de São João deve pagar em torno de R$ 140 milhões neste final de semana. E a Caixa também anunciou a volta da Loteria Federal. Em 58 anos de extrações, duas centenas ainda não foram sorteadas para o primeiro prêmio, 184 e 474.

Crise é igual a oportunidade

Sempre se disse que as guerras desenvolvem extraordinariamente inventos e descobertas que em tempos normais levariam décadas. Na guerra contra o coronavírus, não será diferente. Cria até profissões e nichos de mercado. Assim como as fintechs, agora chega a vez das health techs, salienta o consultor Bruno Grillo Castelo.

Novo cálculo

Estatísticas e mapas da peste devem ser acrescidas sempre de um poderoso fator: o número de recuperados e sua relação com o número de infectados. Até quinta-feira de manhã, eram 1,19 milhão de infectados no Brasil e 649 mil recuperados. Quanto mais os dois se aproximarem, melhor. Quando der empate ou perto disso, adeus seu Nojento.

Tudo fechado, menos...

...o comércio a céu aberto tocado pelos camelôs e ambulantes que não ambulam. Os ex-informais que foram deslocados para o Camelódromo não têm essa sorte, porque fechado está. O último prefeito de Porto Alegre a pegar esse pião na unha foi José Fogaça (PMDB, 2005-2010). Os que vieram depois deixaram a porteira aberta.

Eles, sempre eles

Na divulgação do número de acidentes de trânsito em maio pela prefeitura da Capital, chama a atenção que grande parte dos 346 feridos eram motociclistas. Os motoboys são pressionados pelos aplicativos e saem a mil pelo Brasil. Com visão diminuída pela viseira e altas doses de imprudência, está explicado.

A III Guerra Mundial

Sempre se especulou como seria a III Guerra Mundial. De certa forma, já a estamos vivendo. A diferença é que não é nação contra nação, mas todas elas contra um só inimigo. Certa vez, perguntaram a Albert Einstein como seria a III Guerra Mundial. À luz dos artefatos nucleares, o físico respondeu que não sabia, mas que a quarta se travaria com paus e pedras. Esta, com vacinas e seringas.

Síndrome da Cabana

Se você se apavora, se angustia e até sente seu coração disparar com o simples fato de ter que sair de casa, saiba que a expressão do título foi criada em 1900. Mas com a pandemia, a Síndrome da Cabana ganhou realce. A neuropsicóloga Lucia Moyses a resgatou. Porém, em paralelo existe uma outra síndrome, a "não aguento mais a cabana".

Estamos abertos

Quando o Nojento atacou pesado em Nova York, a administração pública permitiu que restaurantes colocassem mesas na rua. Até 2019, a cidade tinha 12 mil operações diferentes.

Historinha de sexta

O Chalé da Praça XV de Porto Alegre viveu anos de glória já na década de 1920. Mais tarde, assumiu a concessão o austro-brasileiro Ernesto Moser, também proprietário do Restaurante Dona Maria, na rua José Montaury, hoje uma loja. A galeria de tipos do Chalé era enorme.
Um deles era um alien, não se enquadrava no figurino dessa galeria de levantadores de copos. Sempre bebericando um Guaraná, uma blasfêmia, sentava sozinho mas puxava conversa com habitantes das mesas vizinhas. Aposentado, alardeava ter um bom capital em ações.
- Mas sou marxista - dizia entre um gole e outro do refrigerante.
Em meados dos anos 1970, comunicou solenemente a quem quisesse ouvir - e ninguém queria - que faria uma viagem de trem por toda a então República Democrática Alemã, isso que de democrático o regime comunista fugia como o diabo da cruz.
Foi. Voltou dizendo que não era mais marxista. Mas o que houve na viagem ao paraíso comunista? Meio que em choque, contou foi reconvertido ao capitalismo.
- Estava eu esperando baldeação do trem em cidade do interior e joguei a bituca do cigarro nos trilhos. Saída não sei de onde, veio uma senhora com aparência de panzer. Era a comissária do povo. Ela reuniu os passageiros na plataforma e me deu um sermão de meia hora sobre jogar a bituca no lixo e não nos trilhos, como inadvertidamente fiz. Meia hora! E a turba de chucrute rindo de mim!
Silêncio de um minuto.
- E comunico que não sou mais marxista. Que vão para o raio que os parta comissárias do povo e todos os comunistas! Não se faz isso com um camarada de partido!
Houve alguém que cochichou algo sobre o marxismo ter seu lado positivo, no fim das contas. Pelo menos neste caso.