No início era assim...

Em reunião feita na sexta-feira, na Expodireto, reunindo todas entidades do agro gaúcho mais autoridades e parlamentares, houve forte crítica às projeções de quebra de safra divulgadas na semana passada pela Emater. Já se sabia, então, que a quebra era muito maior do que o divulgado. A Brasoja estimou safra de, no máximo, 12 milhões de toneladas, mesmo número calculado pelo USDA e referendado pelo presidente da Fecoagro, Paulo Pires. É um prejuízo de R$ 20 bilhões, contra os R$ 5 bilhões estimados pela Emater.

Como sói acontecer nesses cataclismos mundiais, fortunas se perdem e fortunas se criam quando a normalidade voltar. Afinal, não há mal que sempre dure e bem que nunca acabe. E seria um desastre se o bem nunca acabasse, com ou sem circuit breaker. As bolsas e o preço das commodities não podem subir para sempre. O primeiro efeito é a criação de bolhas, com consequências perversas para a economia. Não faz muito, dizia-se que a bolsa brasileira podia ser uma. E das grandes.

Esse temor, pelo menos, consola um pouco. Com a Selic que não chega perto da inflação projetada, os fundos de renda fixa e a caderneta de poupança trazem prejuízo para os aplicadores, salvo para grandes volumes. Então, parte desse pessoal migrou para a bolsa e deve estar arrependida se pensava que ganharia dinheiro no curto e médio prazos. Por isso que as previsões de fim de ano não devem ser consideradas como verdades definitivas. Especialmente o câmbio.

Mais de 2 mil empresas foram abertas em Bento Gonçalves no ano passado. O último registro contabiliza 16.733 CNPJs ativos, representando um negócio para cada sete habitantes. O boom do turismo aumentou em 150% o número de visitantes nos últimos sete anos. Na companhia de Paulo Uebel, secretário especial do Ministério da Economia, o prefeito Guilherme Pasin (PP) agradeceu a criação da Lei de Liberdade Econômica - que ganhou uma versão municipal em Bento Gonçalves.

A Arábia Saudita investe muito nas chuvas artificiais, bombardeando produtos químicos por aviões. Não é coisa nova. Nos anos 1960, o Brasil importou essa técnica para fazer chover no Nordeste lançando produto à base de prata de avião. O problema é que precisa ter nuvens carregadas. Ou seja, acelera a precipitação, mas não cria nuvens de chuva.

A Advocacia-Geral da União obteve decisão favorável da Justiça Federal do Distrito Federal, que negou pedido de liminar para proibir a União de custear viagens de autoridades públicas a cerimônias de cunho religioso. A ação civil pública foi ajuizada pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). Se não por esse motivo, porque em ano eleitoral acontece o milagre da conversão. Quem passava longe desses eventos subitamente é devoto desde criancinha.

...informalmente, existe até um ranking de eventos religiosos preparados por assessores em que recomendam ao chefe que ele precisa ir neste ou naquele. Em Porto Alegre, a festa e procissão de Navegantes é obrigatória. Se não pegasse mal, alguns políticos até colocariam asinhas de anjo e subiriam a escadaria da igreja de joelhos, desde que houvesse câmeras por perto.

Agora, não é mais o coronavírus por si só. É a queda de braço entre sauditas e russos, que detonou o preço do barril de petróleo. Pode parecer paradoxal, mas petróleo baixo é ruim para todo mundo. A não ser que se raciocine apenas quanto custa encher o tanque do automóvel.