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- Publicada em 27 de Fevereiro de 2020 às 21:23

De volta ao passado


/FERNANDO ALBRECHT/ESPECIAL/JC
O antigo abrigo dos bondes com um lado para a Praça XV e outro para a rua José Montaury é um dos poucos prédios que não mudou ao longo de mais de 70 anos. As bancas continuam vendendo pastéis, caldo de cana, salada de frutas. Os bondes chegavam a ele via Largo Glênio Peres. Os trilhos ainda estão lá. Na parte superior, hoje centro de operações da BM, ficava a Boate Babalu. Era mais uma danceteria bem-comportada, de dançar de rosto colado. O espaço vai ser reformado pelo Fórum Brasileiro de Segurança.
O antigo abrigo dos bondes com um lado para a Praça XV e outro para a rua José Montaury é um dos poucos prédios que não mudou ao longo de mais de 70 anos. As bancas continuam vendendo pastéis, caldo de cana, salada de frutas. Os bondes chegavam a ele via Largo Glênio Peres. Os trilhos ainda estão lá. Na parte superior, hoje centro de operações da BM, ficava a Boate Babalu. Era mais uma danceteria bem-comportada, de dançar de rosto colado. O espaço vai ser reformado pelo Fórum Brasileiro de Segurança.

Historinha de sexta

Uma das coisas mais impressionantes desta nossa vida curta e grossa é quando existem amarras de amor que desafiam o desamor. Tive um amigo mineiro que conheci em São Paulo nos anos 1970, nem sei que fim levou, o Ivan Carvalho Simões, que me contou a história do Casca Grossa no bar Rubayat, perto da Consolação.
Casca era o dono de um daqueles circos mambembes que se apresentavam nas pequenas cidades do interior das Minas Gerais. Lona de caminhão, luz de gato no poste, um leão desdentado, um palhaço com uma bolinha de pingue-pongue no nariz pintada com o esmalte de unha, e uma mulher barbuda com barba postiça. Que era a sua mulher e também a cozinheira do circo. Era tudo o que a casa oferecia.
Casca Grossa era o factótum do circo. Falava o "distinto público" na abertura, estalava o chicote num pangaré que, nas horas vagas, tracionava a carroça do circo, e jogava facas na mulher barbuda sem a barba amarrada numa mesa posta na vertical. Os pulsos dela eram cheios de cicatrizes.
Um dia, Casca Grossa sumiu sem mais nem menos, abandonando a fiel parceira. Levou a lona, a carroça, o leão banguela, o mico-leão-dourado, todo o circo, inclusive as panelas e alguns quilos de feijão e fubá. Ela acordou só, desarvorada, confusa, perdida, sem dinheiro. Condoídos, os moradores arrumaram para ela um emprego de cozinheira no abrigo das freiras, só pela cama e pela comida.
Passaram-se os anos, e, vez por outra, alguém a visitava no abrigo, solidária com sua desgraça. Ela sorria, destampava e voltava a tapar a panela fumegante, voltava-se para a pessoa e dizia sempre uma única frase com uma impressionante convicção.
- O Casca Grossa é assim mesmo. Ele vai, mas vorta.

Contagioso como o vírus...

Se as severas medidas de contenção ajudaram a frear a velocidade de propagação no coronavírus, não é menos verdade que ela seria inevitável, como estamos observando. Há uma ala da ciência que acredita que, quanto mais um vírus se propaga, mais tendência a se enfraquecer ele tem. Por isso e pelo aumento da resistência gerada nas pessoas pela exposição a ele.

...o pânico bate à porta

Pela primeira vez na história da saúde pública uma doença é potencializada ao cubo pelos meios de comunicação. Com algum exagero, por sinal. A primeira corrida foi a das máscaras de proteção; a segunda, muito em breve, será a corrida aos supermercados para estocar alimentos na crença que haverá desabastecimento. A humanidade odeia o pânico, mas o cultiva.

O especialista

Considerado o Rei da Bolsa, o brasileiro Luiz Barsi, 80 anos, disse estar "adorando" a queda do Ibovespa. Ele e muita gente. Nessas horas, é preciso ter sangue frio e experiência em garimpar pechinchas. Vírus morre; bolsa, não.

Canoas em obras

Não tem milagre. Para enfrentar a buraqueira das ruas é preciso investimento. Em Canoas, o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB) decidiu remanejar os recursos que seriam usados em menos de cinco quilômetros do aeromóvel para um amplo projeto de mobilidade urbana. São 90 quilômetros de revitalização de vias em todos os quadrantes do município. As obras já alcançaram 25% de execução.

Segurança de shopping

Não há mais lugar para a improvisação, como no filme. O Praia de Belas Shopping submeteu seus seguranças a um programa específico a cargo do especialista mundial tenente-coronel do Exército Daltro Feil. Entre as disciplinas estão linguagem corporal, perfil comportamental, liderança e imobilização, e leitura de microexpressões faciais, uma novidade por aqui.

Fluxo de caixa

Os assaltos no pedágio da freeway mostram que o Crime S.A, assim como os analistas de balanços, adoram fluxo de caixa. Neste caso, serve como balizador para a saúde financeira e o valor de venda; no crime, a mesma coisa. Tem dinheiro entrando 24 horas por dia.

Miúdas

  • FOI enterrado, nesta quinta-feira, o radialista Marne Barcelos, 78 anos e 55 de carreira, que faleceu por consequências de AVC.
  • REFERÊNCIA na rádio do Rio Grande do Sul, Marne foi testemunha ocular da história durante todo esse tempo.
  • CORREÇÃO da nota sobre patos e gafanhotos: cada ave teria que devorar 40 mil gafanhotos, e não como saiu.
  • USO massivo das redes sociais deve reduzir o número de analfabetos, mas pode aumentar o número de analfabetos funcionais.
  • NA América Latina, as instituições não são sérias porque os homens não são sérios. (Simon Bolívar)