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- Publicada em 23 de Dezembro de 2019 às 20:34

Veranico ianque


AFP/DIVULGAÇÃO/JC
Ela não deveria estar ali. Nesta época do ano, a Costa Leste dos Estados Unidos normalmente sofre com nevascas, posto que é inverno no Hemisfério Norte. Só que não, pelo menos ainda não. Com o calor fora de época, a população de Nova Iorque foi às ruas esperar o Natal com calor. O Papai Noel americano deve estar suando em bicas.
Ela não deveria estar ali. Nesta época do ano, a Costa Leste dos Estados Unidos normalmente sofre com nevascas, posto que é inverno no Hemisfério Norte. Só que não, pelo menos ainda não. Com o calor fora de época, a população de Nova Iorque foi às ruas esperar o Natal com calor. O Papai Noel americano deve estar suando em bicas.

O xadrez do Capitão

O Capitão aprendeu rápido a manha da política futura. Ao dizer que pensa na reeleição em 2002 com Sérgio Moro mata dois coelhos com uma só cajadada. Moro é o nome de maior prestígio do seu governo, e as pesquisas indicam que, se ele fosse candidato, venceria Bolsonaro no segundo turno com folga. Para evitar ou tentar evitar a candidatura para presidente do ministro da Justiça, joga essa pedra no tabuleiro. Resta saber se ele combinou essa jogada com o russo Moro.

Conto de Natal

Um lojista na esquina da Rua da Praia com a Vigário José Inácio contratou um palhaço com pernas de pau para atrair clientes em um Natal dos anos 1990. O performer tocava um trompete de competência de média para baixo, embora esforçado. Certa tarde, passa ao lado dele uma velhinha bem velhinha, toda de preto, com uma sombrinha da mesma cor, apesar do sol escaldante. Parou no pé do jerivá humano e o escalou com o olhar. Quando os olhos chegaram lá em cima, ela falou bem alto, talvez com medo que o som não chegasse.
Mas que Papai Noel mais feio!
Ultrajado na sua fantasia, o homem gritou de cima para baixo.
Eu não sou Papai Noel, anote isso.
Com uma mão em concha no ouvido, ela devolveu o grito em boas condições.
Se o senhor não é o bom velhinho, então o que o senhor é?
Paiaço, entendeu bem? Eu sou pai-a-ço!
A velhinha subiu e desceu a cabeça como a dizer que concordava com a definição

O chafariz que dança


FERNANDO ALBRECHT/ESPECIAL/JC
Em linha com o otimismo cauteloso do comércio em geral, os shopping centers deram uma caprichada a mais nas decorações natalinas. O Moinhos de Vento fez dose dupla. Na entrada, colocou esse chafariz dançante com alternância de cores e, no andar de baixo, fez uma espécie de gruta, onde um Papai Noel faz as honras da casa para receber a criançada. Ficou muito bonito.

Presente grego

O caso é antigo, mas vale a pena ser recontado. Na véspera do dia 25 de dezembro, este colunista encontrou um sem-teto na saída do prédio. Embebido com o espírito natalino e com a cota de bondade ainda cheia, perguntou o que queria de presente, se roupas, um franguinho, bebida ou dinheiro em espécie. Ele coçou a cabeça por alguns segundos e respondeu.
Doutor, pode ser qualquer coisa, mas, pelo amor de Deus, não me dê panetone! Toda a vizinhança teve a mesma ideia...
Enriquece e empobrece.
O paradoxo natalino é o fato das lojas de varejo venderem celulares, que geram renda para as operadoras, mas tiram de outras compras, porque o dinheiro não se multiplica. Nem Graham Bell ousou sonhar que apenas falar faria a fortuna de quem explorasse o serviço e diminuísse o poder de compra para quem fala, normalmente muito mais que precisaria.

P, de perverso

Não será surpresa se, em breve, muitos bancos pequenos pedirem água para o Banco Central. Com a taxa Selic baixa do jeito que está, os fundos de renda fixa que pagavam um juro maior, agora, se veem às voltas com a fuga de clientes. É o lado perverso do juro baixo.

Miúdas

  • CONTRASTES: o Mercado Público regurgitava de gente nesta segunda-feira, mas o trânsito nem parecia ser o do período natalino.
  • CONSUMIDORES tiravam ficha nas bancas do MP e esperavam sua vez bebendo cerveja por um tempão nos bares do entorno.
  • PARQUE dos Pinheiros, de Gramado, pode ser concedido à iniciativa privada por 25 anos aprovada pela colenda gramadense.
  • SOMENTE no uso de bicicletas compartilhadas já foram 1 milhão de viagens em Porto Alegre.
  • TREZENTOS reais é o preço de uma morte encomendada. Caso do sargento da reserva da BM assassinado em Novo Hamburgo.
  • ESCRITORA alemã Hannah Arendt cunhou a expressão "a banalidade do mal", que parece ser o caso.
  • O QUE parece ser poluição nos ares da Capital parece ser apenas fumaça de maconha. Porto Alegre é demais.
  • SÃO três os Natais que são festejados: o da cristandade, o do comércio e o do estado de espírito.