Encontro no cemitério...

A idosa senhora estava no Cemitério Ortodoxo Russo quando encontrou Eurico. Reclamava de intensas dores nas costas. Salis perguntou o motivo. E ela:

- Ontem, dirigi 400 quilômetros na estrada.

E aduziu:

- A gente fica tensa quando dirige sozinha... Ainda mais a 140 por hora...

Há um bocado de irritações que atormentam o cidadão todo santo dia e à noite também. Gravações vendendo desde terrenos na lua até serviços que interessam apenas uma meia dúzia se tanto, e, pior, quando se atende à chamada leva um tempão para alguém falar, como anota o jornalista Júlio Ribeiro. Quanto mais se bloqueia esses números, mais aparecem.

...quando a página sugeriu, há dias, que a Casa do Povo fosse reinventada, a pesada canga burocrática era um dos alvos colimados.

Dentro dos festejos do Ano-Novo Chinês, o Instituto Confúcio, o Centro Cultural Chinês e o Conselho de Usuários da Redenção promovem a palestra Jornada na China, a cargo do pesquisador Carlos Pinent neste sábado, às 10h (avenida João Pessoa, 1.110). Leve um quilo de alimento não perecível para o Abrigo João Paulo II. Também haverá exposição de fotos e degustação de chá chinês.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reuniu-se com a direção da Ford e se ofereceu para ajudar a comprar a planta de São Bernardo do Campo, que a multinacional vai fechar. São mais de 2 mil empregos, o legítimo problema social. Até aí compreende-se a iniciativa do governador paulista, muito embora a montadora é que deveria abraçar o pepino.

Então, agora, o Estado é corretor de imóveis. A iniciativa privada nacional ou estrangeira depende do governo, assim como um bezerrinho depende da mãe para sobreviver. Eventualmente, ouve-se, aqui e acolá, que aos governos bastaria não atrapalhar se não pode ajudar. Aí vem casos como a Ford e, ao fim e ao cabo, as empresas precisam dele em qualquer circunstância.

Os veranistas mais antigos de Tramandaí se lembram de uma fantástica aparição vista na manhã de um domingo de um fevereiro da segunda metade dos anos 1960. Alguns acharam que era alguma alucinação talvez causada pela corrosiva mistura de caipirinha com cerveja, outros alvitraram que talvez fossem filmagem de um comercial de televisão ou filme, e houve quem achasse que era coisa de fugitivo de hospício.

O fato foi que, de repente, assomaram na praia vindo das dunas em desabalada carreira dois rapazes altos vestindo apenas cuecas samba-canção, cada um carregando dois espetos com carne nas mãos. Vararam por entre os guarda-sóis e esteiras onde mulheres se deitavam para pegar um bronze e entraram mar adentro com tal ímpeto que parecia ser a costa africana o destino final.

Os rapagões mergulharam os espetos na água salgada repetidas vezes. Em seguida, fizeram o caminho de volta sempre em alta velocidade. Soube-se, mais tarde, que a dupla estava com duas mulheres em um bar quando deu na veneta comer churrasco na praia. Pararam no caminho, compraram a carne e espetos, bebidas, juntaram madeira velha e fizeram um fogo no meio das dunas. De repente, um deles - que está vivo e forte - bateu na testa:

- Esquecemos o sal!