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- Publicada em 02 de Janeiro de 2019 às 00:41

Os primeiros 100 dias

Leite recebe cargo do antecessor José Ivo Sartori no Palácio Piratini

Leite recebe cargo do antecessor José Ivo Sartori no Palácio Piratini


LUIZA PRADO/JC
Um chavão que se repete no mundo político é que as grandes mudanças precisam ser aprovadas no primeiro ano de governo. De preferência, no primeiro semestre. O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou nessa terça-feira, em seu discurso de posse na Assembleia Legislativa, que pretende encaminhar reformas estruturantes nos primeiros 100 dias de governo.
Um chavão que se repete no mundo político é que as grandes mudanças precisam ser aprovadas no primeiro ano de governo. De preferência, no primeiro semestre. O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou nessa terça-feira, em seu discurso de posse na Assembleia Legislativa, que pretende encaminhar reformas estruturantes nos primeiros 100 dias de governo.

Muito diálogo

O tucano falou em um ajuste fiscal, que só será possível com muito diálogo e a participação de todos: governo federal, poderes e sociedade. Também afirmou que vai manter um canal aberto com os servidores públicos estaduais. 
 

15 folhas de pagamento

O tema das finanças públicas é onipresente na gestão do Rio Grande do Sul. E o governador Eduardo Leite assumiu o cargo citando um dos seus desafios ligados à falta de recursos: terá de honrar 15 folhas de pagamento dos servidores neste ano. Além dos 13 salários de 2019, precisa quitar a folha de dezembro de 2018 e o décimo-terceiro do ano passado. 

Desafio da Previdência

Se o principal tema nacional do primeiro semestre deve ser a reforma da Previdência, em âmbito local o assunto não é menos importante. O Rio Grande do Sul fechou 2018 com um déficit de mais de R$ 11 bilhões no sistema previdenciário estadual. 

Social democrata

Integrante do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Eduardo Leite é um dos novos líderes nacionais da legenda. E ao assumir como governador, afirmou: "ao contrário do que alguns dizem, a social democracia não morreu", citando predicados como bem estar social, livre mercado e um Estado ativo e altivo.

Foco nos acertos

O tucano pregou a união do Rio Grande do Sul, prometendo dar continuidade aos bons projetos do ex-governador José Ivo Sartori (MDB). "Não dá para reescrever a história a cada quatro anos. É uma história de acertos e erros. É preciso reconhecer o passado."

Afago a Sartori...

No Palácio Piratini, Leite elogiou Sartori. Disse que as diferenças políticas, expressas na campanha eleitoral, não o impediam de reconhecer em Sartori a "vontade de fazer o bem, a lisura, o caráter e a postura como homem público".
 

...e defesa do MDB

O governador também naturalizou a aliança com o MDB, adversário no segundo turno e agora integrante da base aliada do governo. Disse que, na campanha, era normal que se salientassem as diferenças. E que, após a eleição, é correto buscar mais a convergência e os consensos estratégicos.
 

Direita e esquerda

Eduardo Leite insistiu muito na união do Rio Grande do Sul e na convergência. E também atacou a tese de que, quando se trata de gestão pública, "cultura é coisa de esquerda" e "eficiência de direita". "São questões de Estado", resumiu.

Pelotas em alta...

Além do mais jovem, Eduardo Leite é o primeiro governador da Zona Sul do Estado desde a redemocratização (matéria nesta edição). Observou, em seu discurso, que Pelotas não oferecia um governador ao Estado há mais de 100 anos.

E Simões Lopes Neto


INSTITUTO SIMÕES LOPES/DIVULGAÇÃO/JC
As menções à terra natal foram várias. Leite citou a sucessora na prefeitura, Paula Mascarenhas (PSDB), a vitória com mais de 90% dos votos em Pelotas no segundo turno, e enalteceu o conterrâneo João Simões Lopes Neto, a quem se referiu como maior escritor do Rio Grande do Sul. Leite lembrou que o nome do local onde ocorria a transmissão, no Salão Negrinho do Pastoreio, é inspirada na popular obra do escritor.  

Calor e pouco público

O calor em Porto Alegre e a cidade vazia se refletiram na posse do novo governador. Praticamente não havia público na Praça da Matriz, onde a temperatura era superior a 30 graus. O telão montado no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa para o público que ficasse de fora do plenário foi aproveitado por poucos.