Homenagem a Lamachia

Um sem-teto amanheceu morto debaixo da marquise de um prédio da avenida Independência. Veio Brigada, veio Samu, mas nada a fazer. A perícia levou seu corpo e só ficaram seus sapatos marrons. Ninguém sabe de onde veio, qual a história da sua vida - e todos têm uma, se bem contada -, por que desistiu de viver e se teve família ou vivia só.

Como quase todos seus colegas, foi apenas um risco no céu da vida, uma estrela cadente que nem mesmo teve direito a um pequeno brilho antes de apagar para sempre. Dele, como em Iracema, música de Adoniran Barbosa cantada pelos Demônios da Garoa, só ficaram suas meias e seus sapatos. Que, respeitosamente, ninguém levou.

Até agora, a transição do governo Sartori para o governador eleito Eduardo Leite (PSDB) tem sido civilizada, como deveriam ser todas as transições. José Ivo Sartori herdou um pesado fardo que, agora, precisa ser encarado pelo eleito. Fez a lição de casa. A partir de janeiro, a bola é sua, Eduardo Leite.

"Nós estamos aqui para erradicar a pobreza." A frase é do presidente da Sociedade de Engenharia do RS, Luis Roberto Ponte, ao inaugurar, ontem, dois novos projetos do Sergs, o Espaço Colaborativo na sede da entidade. A ideia é qualificar os futuros engenheiros de todas as áreas com a ajuda de várias entidades públicas e privadas. Sem qualificação, ficaremos eternamente deitados em berço que já foi mais esplêndido.

Em 2016, foram R$ 10,7 bilhões, e, em 2017, R$ 11,4 bilhões. São esses os valores que totalizam a movimentação de negócios e referenciam tendências do mercado de viagens corporativas no Brasil.

Ontem foi um dia daqueles em matéria de coisas estranhas no mundo virtual. Um cidadão recebeu telefonema de uma revenda de veículos, número constante no visor, e, ao atender, entrou a voz de uma mulher que nada tinha a ver com a concessionária. A mulher era a dele, que respondeu a uma chamada no telefone fixo da sua casa a que o marido pretensamente ligou. Coisa de gnomos, só pode.