A empresa está desenvolvendo um projeto experimental, no qual utiliza etanol para alimentar o motor a combustão do seu carro compacto elétrico. Esse propulsor funciona como um extensor de autonomia e tal adaptação torna o veículo neutro em emissão de dióxido de carbono.
O protótipo “BMW i3 Zero Impact Emission CO2 Neutral Ethanol Range Extender” tem como fonte principal de energia o propulsor original, totalmente elétrico (170 cv de potência e 250 Nm de torque), que é auxiliado por um motor a combustão de dois cilindros e 650 cilindradas, movido a etanol, cuja função é fornecer uma carga extra às baterias do veículo, em caso de ausência de rede elétrica de abastecimento, estendendo a autonomia em até 60 quilômetros.
Nos modelos do i3 comercializados atualmente, esse motor térmico “sobressalente” é alimentado por gasolina. Com a substituição pelo etanol, há redução na emissão de CO2 na atmosfera, devido ao ciclo neutro da produção a partir da cana-de-açúcar - que absorve dióxido de carbono durante seu crescimento.
Entre os objetivos da iniciativa do BMW Group estão aumentar a atratividade dos veículos elétricos no Brasil, promover o desenvolvimento da engenharia e infraestrutura locais, assim como os benefícios da matriz energética nacional como solução ao efeito estufa e à emissão de poluentes. Não há, porém, uma data para a implementação da nova tecnologia nos carros de série.
“Esse projeto é mais um passo rumo ao futuro da mobilidade sustentável e reforça nossa estratégia de avançar em eletrificação”, afirma Herbert Negele, diretor de engenharia do BMW Group Brasil.