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- Publicada em 20 de Dezembro de 2018 às 01:00

O novo no Natal

Natal! Esta palavra está relacionada a todo um universo de elementos: o presépio, a árvore de Natal, os doces, as estrelas, a vela, as luzes coloridas, o carpinteiro José, Maria de Nazaré, o Menino Jesus, a mesa, o convívio, a alegria, a fraternidade. Tudo isso recorda o maior evento da história: a encarnação de Deus. Eles nasceram da fé e da tradição, e falam ao coração.
Natal! Esta palavra está relacionada a todo um universo de elementos: o presépio, a árvore de Natal, os doces, as estrelas, a vela, as luzes coloridas, o carpinteiro José, Maria de Nazaré, o Menino Jesus, a mesa, o convívio, a alegria, a fraternidade. Tudo isso recorda o maior evento da história: a encarnação de Deus. Eles nasceram da fé e da tradição, e falam ao coração.
Apesar do secularismo que envolve o tempo do Natal, o povo não perdeu a profundidade do mistério. Celebrando o nascimento do Menino Jesus, a fé celebra a própria Vida e ensina o modo como Deus comunica o seu Mistério. O Natal ensina o modo como Deus entra na história humana: de forma discreta, simples, despojada e pobre. A iniciativa foi divina; houve pessoas que souberam acolher tal iniciativa, inaugurando, assim, uma nova e mais profunda compreensão de Deus, da pessoa e da vida humana.
A festa da Encarnação de Deus expressa a sacralidade inviolável do evento histórico, como também da própria vida. Assumindo a carne humana, Deus recorda que a vida na carne é sagrada e, por isso, toda agressão ao corpo humano e à vida é uma agressão ao próprio Deus. A pessoa humana possui verdade, beleza, rosto e identidade concedidos pelo Criador.
Entretanto, o ser humano vive na tensão entre o poder controlar e manipular a verdade, a beleza e a si mesmo, e o modo como a verdade e a beleza se oferecem. Embora se promova a ideologia de que tudo depende de escolhas humanas, não raramente a beleza e a verdade inesperadamente surpreendem.
Nem sempre é fácil deixar-se surpreender pela beleza e pela verdade, pois elas desestabilizam, exigindo atitudes, decisões, conversão. O mesmo acontece com os sinais de contradição presentes no cotidiano. O tempo que antecede o Natal do Senhor é tempo de reflexão, meditação, discernimento, oração, conversão. Torna-se um imperativo despertar para a realidade que sofre as consequências de práticas sociopolítico-econômicas equivocadas por meio das quais a dor, a pobreza, a miséria e, às vezes, a própria morte, são impostas a parcelas consideráveis da população.
Em um ano, aproximadamente 65 mil pessoas no Rio Grande do Sul entraram para a parcela da sociedade que vive com renda per capita inferior a R$ 7,50 por dia ou em extrema pobreza. As estatísticas afirmam que, aqui no Estado, aproximadamente 383 mil gaúchos (ou 3,4% da população) vivem assim. Além disso, há de se considerar as taxas de desemprego e subemprego. Os dados apontam para a perda de fôlego da economia gaúcha. Como promover a estabilidade de programas públicos, facilitar a abertura de empresas, combater a corrupção, tornar o Estado mais ágil, construir um projeto para o Estado que se sobreponha a interesses mesquinhos e superar posições político-partidárias que se antepõem ao salutar desenvolvimento, a fim de promover a vida e o bem-estar social? Com quem pode a sociedade contar?
O Natal desperta sentimentos de consideração e respeito, proximidade e fraternidade. Jamais é tarde para dispor-se a colaborar na promoção de condições de vida digna para todos. É sempre tempo de retornar ao essencial. O Menino de Belém ensina um caminho de vida e de convívio humano, por meio do qual todos podem ter vida e vida em plenitude.
 
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