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Pavimentação

- Publicada em 17 de Maio de 2022 às 03:00

DNIT estimula uso do asfalto morno com material reciclado

Redução em pelo menos 40°C durante a aplicação gera ganhos

Redução em pelo menos 40°C durante a aplicação gera ganhos


/ingevity/divulgação/jc
Uma solução para o asfaltamento, comum em várias partes do mundo mas apenas começando a ser adotada no Brasil, está sendo impulsionada no país graças a novos procedimentos definidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT). Trata-se do chamado 'asfalto morno', amplamente utilizado na Europa e nos Estados Unidos por reduzir custos e promover reduções nos impactos ambientais de obras rodoviárias.
Uma solução para o asfaltamento, comum em várias partes do mundo mas apenas começando a ser adotada no Brasil, está sendo impulsionada no país graças a novos procedimentos definidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT). Trata-se do chamado 'asfalto morno', amplamente utilizado na Europa e nos Estados Unidos por reduzir custos e promover reduções nos impactos ambientais de obras rodoviárias.
A nova diretriz, que consta na atualização da Norma DNIT 033/2021, estabelece a sistemática a ser empregada. Na execução de camada do pavimento por meio da produção de mistura asfáltica reciclada, a norma recomenda a utilização de material de pavimento asfáltico fresado ou removido do pavimento (RAP).
O documento do DNIT afirma que a norma "foi preparada pelo Instituto de Pesquisas em Transportes (IPR/DPP) para servir como documento base, visando estabelecer a sistemática empregada na execução de camada de pavimento, quando utilizada mistura asfáltica reciclada a quente ou morna, utilizando o material fresado, ou removido de pavimento asfáltico".
Segundo o gerente de negócios da Ingevity no Brasil, Hernando Macedo Faria, a nova regra, em vigor desde meados de 2021, tem impulsionado a aplicação da tecnologia do asfalto morno, uma vez que a incorporação do material fresado nas usinas de misturas asfálticas encontradas no Brasil se dá em temperatura ambiente, normalmente direto nos misturadores. Esse material "puxa" a temperatura da mistura final para baixo, resultando em temperaturas dentro do espectro das misturas mornas.
"A reciclagem de pavimentos asfálticos visa a substituição de uma porcentagem de materiais virgens da mistura asfáltica, com a incorporação de materiais extraídos de pavimentos antigos. O Evotherm, produto que viabiliza a produção do asfalto morno, ajuda muito na produção das misturas asfálticas a partir de material fresado pois segundo a norma do DNIT, as temperaturas finais das misturas sugeridas são baixas, entre 100ºC e 140ºC. Dessa forma, a tecnologia do asfalto morno é preponderante para viabilizar a reutilização de asfalto fresado", explica o gerente da Ingevity.
Normalmente, conforme Faria, o asfalto é aplicado a uma temperatura que varia de 165°C a 185°C. A redução em pelo menos 40°C gera ganhos de durabilidade e economia no consumo de combustível, além da redução de emissões. O asfalto morno que vem sendo utilizado no Brasil é viabilizado pela multinacional americana Ingevity, uma das principais fabricantes do mundo. A primeira capital brasileira a utilizar o processo foi Porto Alegre, que adotou o asfalto morno no início de 2021. Na sequência vieram aplicações em estradas de Santa Catarina e São Paulo, e em mais uma grande capital, Curitiba. O insumo utilizado na produção do asfalto morno no Brasil é o Evotherm, tecnologia da Ingevity que proporciona redução de 35% no consumo de combustível, 15% na emissão de gases causadores do efeito estufa e durabilidade do pavimento 20% superior. "O impacto positivo é ainda maior na redução de poluentes nocivos como os compostos orgânicos voláteis, ou VOCs. A temperatura mais baixa para produzir a mistura reduz em até 85% a emissão dos VOCs, ajudando o meio ambiente e protegendo os trabalhadores do setor de pavimentação", completa Farias.
Enquanto nos EUA e Europa a tecnologia já responde por quase metade de todo o asfalto produzido, no Brasil o percentual de asfalto morno não passa de 2%.
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