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Aviação

- Publicada em 03 de Maio de 2022 às 03:00

Aeroporto Salgado Filho volta a operar com nevoeiro

Equipamentos que permitem pousos e decolagens com nevoeiro mais baixo já estão operacionais desde 21 de abril, segundo a Fraport

Equipamentos que permitem pousos e decolagens com nevoeiro mais baixo já estão operacionais desde 21 de abril, segundo a Fraport


/MARCELO G. RIBEIRO/arquivo/JC
A nova extensão da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, ainda não foi liberada para uso das aeronaves, mas os equipamentos que permitem pousos e decolagens com nevoeiro mais baixo já estão operando novamente. Na prática, a condição reduzirá a frequência de atrasos ou cancelamentos de voos. No mês passado, voos tiveram atraso e cancelamento devido ao nevoeiro.
A nova extensão da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, ainda não foi liberada para uso das aeronaves, mas os equipamentos que permitem pousos e decolagens com nevoeiro mais baixo já estão operando novamente. Na prática, a condição reduzirá a frequência de atrasos ou cancelamentos de voos. No mês passado, voos tiveram atraso e cancelamento devido ao nevoeiro.
Os aparelhos são essenciais principalmente no inverno, quando a incidência do fenômeno meteorológico é mais frequente, prejudicando a operação e afetando a malha aérea não só de viagens que partem ou chegam à Capital do Rio Grande do Sul, mas também de outras localidades devido às conexões que passageiros em trânsito precisam fazer e acabam não conseguindo realizar.
O Instrument Landing System (ILS) categoria 2 (CAT II) "está operacional" desde 21 de abril, segundo informou a Fraport Brasil, concessionária do aeroporto de Porto Alegre. A formalização foi comunicada um dia antes, em 20 de abril. A liberação foi dada pelo Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), ligado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
A existência do ILS CAT II não acaba com a limitação imposta pelo nevoeiro. A Fraport explica que a operação CAT II exige visibilidade horizontal acima de 300 metros de comprimento e vertical maior que 30,5 metros.
"Se a neblina estiver mais densa que isso, não é permitido operar nem com CAT II", esclarece a concessionária, em nota, e acrescenta sobre duas exigências para uso dos instrumentos: 
"Os pilotos devem possuir habilitação para operar o ILS CAT II e as aeronaves devem estar equipadas para tal", condiciona a empresa, que administra o Salgado Filho desde janeiro de 2018.
A Fraport também faz outro esclarecimento sobre os dias de nevoeiro ou outra situação que possa impedir pousos e decolagens: "É importante ressaltar que o aeroporto nunca fecha. A Torre de Controle alerta quais são as condições de visibilidade. A decisão de pousar, ou não, é sempre do piloto, de acordo com seu treinamento e características da aeronave", destaca a concessionária.
O aparelho estava desabilitado há mais de dois anos, justamente para as obras de construção da nova extensão do traçado, que passou de 2.280 metros para 3.200 metros, e custaram R$ 135 milhões. A ampliação é parte do contrato da concessão com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As obras se encerraram em fevereiro deste ano, incluindo a Resa, porção instalada após a pista usada para escape das aeronaves. O cronograma teve atraso de um ano devido à demora na liberação da área da Vila Nazaré para a montagem da Resa. O trecho fica próximo à avenida Sertório, na área mais ao Norte do aeroporto.
O conjunto de instrumentos teve de ser realocado fisicamente para se adequar à nova condição da pista, e por isso ficou desligado.
A Fraport também informou que a previsão de uso do traçado é a partir de 19 de maio, conforme sinalização da Anac. Ainda será preciso que a Anac homologue a extensão, para que ela comece a ter pouso na nova extensão.
A data já permite que companhias aéreas solicitem a utilização do trecho ampliado para operação de aeronaves mais pesadas (cargas) ou de maior porte para transporte de passageiros comparadas às atuais.
As melhorias e ampliação da capacidade abrem uma nova fase para o transporte no complexo aeroportuário da Capital gaúcha.
 

Gratuidade de bagagem ameaça vinda de aéreas de baixo custo ao Brasil, diz governo

O retorno da gratuidade do despacho de bagagem na aviação comercial, aprovado semana passada pela Câmara dos Deputados, pode barrar a vinda de aéreas de baixo custo para o Brasil, na avaliação de fontes do governo que pediram anonimato. Entre potenciais interessadas em operar no mercado doméstico estão a chilena JetSmart e a colombiana Viva Air.
Integrantes do Ministério da Infraestrutura afirmam que o governo estuda qual estratégia vai adotar para tentar conter o avanço da gratuidade. É possível trabalhar para derrubar a emenda no Senado, ou até mesmo num eventual retorno da matéria para a Câmara. Se em nenhuma das Casas o Executivo conseguir vitória, há a possibilidade de veto da medida. Depois, é preciso convencer o Congresso a manter a decisão do presidente.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou que a extinção da cobrança de bagagens é um retrocesso e destacou que, após a implementação da medida, ao menos oito empresas estrangeiras demonstraram interesse em operar no País.
A mudança também foi criticada pela Associação Latino-americana e do Caribe do Transporte Aéreo (Alta). Segundo a entidade, trata-se de um retrocesso ao processo de simplificação do setor aéreo brasileiro, que segue em busca de se tornar mais competitivo, com mais opções para o usuário. O presidente da Alta, José Ricardo Botelho, comparou o fim da gratuidade com a prática de venda casada. Segundo ele, se hoje existem tarifas médias a preços mais baixos mesmo com a disparada do dólar e do combustível, é porque existem diferentes tipos de tarifas e as pessoas podem escolher como vão voar.