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JC Logística

- Publicada em 21 de Dezembro de 2021 às 03:00

Custos devem continuar subindo no setor de transportes em 2022

Transporte rodoviário de cargas é hoje o principal meio de abastecimento do comércio e da indústria em todo o País, além de carregar os resultados das safras agrícolas

Transporte rodoviário de cargas é hoje o principal meio de abastecimento do comércio e da indústria em todo o País, além de carregar os resultados das safras agrícolas


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
As empresas estão se preparando para aumentos mais acentuados nos preços de remessa e logística em 2022, depois que os custos da cadeia de suprimentos dispararam na corrida para movimentar as mercadorias durante a pandemia. Provedores de transporte e logística estão buscando grandes aumentos nos preços dos contratos para o próximo ano, sinalizando que a pressão inflacionária impulsionada pela forte demanda e capacidade restrita nos mercados de frete deve persistir.

As empresas estão se preparando para aumentos mais acentuados nos preços de remessa e logística em 2022, depois que os custos da cadeia de suprimentos dispararam na corrida para movimentar as mercadorias durante a pandemia. Provedores de transporte e logística estão buscando grandes aumentos nos preços dos contratos para o próximo ano, sinalizando que a pressão inflacionária impulsionada pela forte demanda e capacidade restrita nos mercados de frete deve persistir.

Com a alta demanda de transporte ainda superando a capacidade apertada em todo o setor de frete, especialistas da indústria dizem que as operadoras de transporte têm influência para aumentar os preços ao negociar novos contratos.

Executivos de transporte marítimo dizem que esperam que as taxas definidas em contratos anuais dobrem em comparação com os acordos firmados no início deste ano, antes que os gargalos da cadeia de abastecimento reduzam a capacidade. Algumas empresas de transporte projetam um crescimento de dois dígitos nas taxas de contrato para 2022.

Os preços têm subido em todo o setor de frete, incluindo entrega de encomendas, transporte por caminhão, transporte marítimo e armazenamento. A maioria dos contratos de carga é negociada anualmente, embora muitos grandes remetentes possam ter acordos plurianuais com uma variedade de transportadoras. "Acho que as pessoas estão um preocupadas", disse o executivo de logística e membro do conselho do Conselho de Profissionais de Gerenciamento da Cadeia de Fornecimento, Todd Bulmash. "Eles estão se preparando para o pior."

Os preços na maioria dos mercados de transporte de carga e logística geralmente oscilam entre as taxas de contrato de longo prazo estáveis e os preços do mercado à vista, que são mais sensíveis às mudanças na demanda e à disponibilidade de capacidade. Os preços nos mercados à vista de transporte marítimo, transporte rodoviário e outros serviços de logística aumentaram fortemente este ano.

Uma medida separada no Índice de Gerentes de Logística que rastreia os preços gerais de logística, incluindo transporte, armazenamento e preços de estoque, atingiu um recorde em novembro, com alta de 3,4% em relação a outubro e um aumento de 14% ano a ano. O índice foi lançado em 2016.

As empresas de transporte e outras firmas de logística observam seus próprios custos mais elevados, incluindo o aumento dos salários, pois procuram trabalhadores em um mercado de trabalho apertado. "Enquanto tivermos uma inflação subjacente em toda a economia, você verá que a inflação se refletirá no custo dos bens e serviços, incluindo transporte", disse o executivo-chefe da Werner Enterprises, Derek Leathers.

No Brasil, o principal entrave tem sido o aumento dos combustíveis, principalmente do óleo diesel. O ano de 2021 termina marcado por consecutivos reajustes dos preços nas refinarias e, consequentemente, nos postos de abastecimento. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diesel superou as máximas históricas ao considerar os valores mensais corrigidos pela inflação. Ao todo, a Petrobras já aumentou 65,5% no preço do litro do diesel desde o início do ano.

O transporte rodoviário de cargas (TRC) é hoje o principal meio de abastecimento do comércio e da indústria brasileiros, sendo responsável por movimentar cerca de 65% de tudo aquilo que é produzido no País e, segundo dados técnicos da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&logística), o impacto do diesel no frete é de 17,3%.

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