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JC Logística

- Publicada em 23 de Novembro de 2021 às 03:00

Alta da querosene de aviação preocupa setor aéreo

Retomada mais consistente da demanda por passageiros acompanha avanço da vacinação em todo o País

Retomada mais consistente da demanda por passageiros acompanha avanço da vacinação em todo o País


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
O preço do querosene de aviação (QAV), que no segundo trimestre deste ano registrou alta de 91,7% em relação a igual período de 2020, acumula aumento de 47,7% de 4 de janeiro a 25 de outubro, revela um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com os dados mais recentes disponíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço do querosene de aviação (QAV), que no segundo trimestre deste ano registrou alta de 91,7% em relação a igual período de 2020, acumula aumento de 47,7% de 4 de janeiro a 25 de outubro, revela um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com os dados mais recentes disponíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Esse resultado supera o de combustíveis que têm surgido constantemente como um dos principais responsáveis pelo aumento da inflação brasileira, como a gasolina vendida nos postos e o gás de cozinha (GLP).

A escalada do preço do QAV neste ano supera em 4,2 pontos percentuais a variação de 43,5% registrada pela gasolina no mesmo período. Já em comparação com o gás de cozinha, que apresenta aumento de 36,1% de janeiro a outubro, o valor do litro do QAV ficou 11,6 pontos percentuais acima.

"Esses dados mostram como a aviação comercial brasileira é impactada pelos custos no Brasil. Além da alta do QAV, que é o item de maior ineficiência econômica das empresas aéreas, ainda temos o desafio dos sucessivos recordes da cotação do dólar em relação ao real, pois mais de 50% dos custos das companhias são dolarizados", afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

O QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras, aliado à escalada da cotação do dólar em relação ao real, já que 51% dos custos do setor são indexados pela moeda norte-americana.

Mesmo assim, especialistas avaliam que o setor aéreo do Brasil segue se recuperando. Reunião de Avaliação Estratégica (RAE) Setorial de Aviação Civil e Transporte Aéreo realizada semana passada, constatou que o percentual de assentos domésticos por quilômetro oferecido subiu 34,78% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 50,608 bilhões de assentos ofertados no período.

Trata-se de uma medida de aviação para comparar a disponibilidade de assentos por rota, nivelando pelas distâncias. No período, foram transportados 36,278 milhões de passageiros: alta de 28,13% na comparação com 2020.

Outro indicador que registrou aumento expressivo foi a movimentação de carga doméstica, a qual ficou 26,99% maior do que o verificado nos primeiros sete meses de 2020. Crescimento ainda na movimentação de Yield, receita gerada por quilômetro voado por tráfego pagante: 22,7% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Quanto às passagens aéreas, também registraram alta. O preço das passagens aéreas disparou nos últimos dozes meses e já acumula uma alta de 56,8%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), só entre os meses de abril e junho deste ano, houve um aumento de 21,7% nas tarifas de voos nacionais. Os preços da Latam subiram 21,3%, os da Azul, 18,6%, e os da Gol, 15%, em relação ao mesmo período do ano passado - quando as passagens tiveram queda por conta da pandemia.

E essa escalada deve continuar nos próximos meses, com a proximidade das festas de fim de ano - Natal e Ano-Novo -, além do início da temporada de verão. 

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