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JC Logística

- Publicada em 21 de Setembro de 2021 às 03:00

Querosene de aviação segue como vilão da retomada do mercado aéreo

Passagem aérea para destinos internacionais também fica mais cara devido aos custos em dólar

Passagem aérea para destinos internacionais também fica mais cara devido aos custos em dólar


Yasuyoshi CHIBA/AFP/JC
O querosene de aviação (QAV) continua sendo o item de maior peso na aviação comercial do País. Segundo a publicação Panorama 2020, da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), apesar da queda de 47% do consumo de QAV no ano passado, o preço médio na bomba foi quase 27% mais caro do que nos Estados Unidos, mercado de referência global. Considerando o preço médio na refinaria, a diferença é de 31,1%.
O querosene de aviação (QAV) continua sendo o item de maior peso na aviação comercial do País. Segundo a publicação Panorama 2020, da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), apesar da queda de 47% do consumo de QAV no ano passado, o preço médio na bomba foi quase 27% mais caro do que nos Estados Unidos, mercado de referência global. Considerando o preço médio na refinaria, a diferença é de 31,1%.
Conforme a publicação, em 2020, combustíveis e lubrificantes representaram a maior fatia dos custos das aéreas (21%), seguidos de despesas operacionais (20%) e seguros, arrendamentos e manutenção de aeronaves (18%).
O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, aponta que o preço do QAV caiu no ano passado, diante da queda do consumo global ocasionada pela pandemia. Por outro lado, o dólar registrou forte alta e, por se tratar de uma commodity, o combustível continuou sendo o grande vilão de custos do setor.
"Praticamente paramos de voar em 2020, mas continuamos com o preço do QAV no Brasil cerca de 30% acima do mercado norte-americano", afirma o dirigente ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele lembra que o ICMS sobre o QAV - tributação sem similaridade no mundo - encarece a aviação brasileira, principalmente a doméstica: muitas vezes, passagens aéreas para destinos nacionais acabam sendo mais caras do que bilhetes internacionais.
"O tíquete médio do bilhete aéreo no Brasil caiu pela metade desde 2004, porém, poderíamos avançar mais nessa agenda se não houvesse tamanha distorção entre os custos brasileiros e os internacionais", pondera.
Conforme o estudo da Abear, em 2020 o impacto final dos tributos foi de aproximadamente 26% do preço do QAV na bomba. Apesar dos obstáculos, Sanovicz afirma que as companhias aéreas estão saindo da pandemia mais enxutas, porém preparadas. "Este período foi duríssimo. Não há histórico de nada semelhante na aviação desde 1945, pós-guerra, mas estamos atravessando", observa o dirigente.
Prova disso é que a malha aérea doméstica brasileira registra, em setembro, média diária de 1.793 partidas, o equivalente a 74,6% da oferta de voos que as companhias aéreas nacionais operavam antes do impacto da pandemia, no início de março de 2020. É o quinto mês consecutivo de crescimento nesse indicador da Abear.
"Esse resultado mostra a resiliência das companhias aéreas nacionais. Importante lembrar que a continuidade desse desempenho está vinculada ao ritmo de vacinação e ao não agravamento da pandemia", afirma o presidente da entidade.
Boa notícia também quando o tema é o custo das passagens. A tarifa média aérea doméstica real do segundo trimestre de 2021 registrou queda de 19,98% em comparação com o mesmo trimestre de 2019, período prévio aos impactos da pandemia da Covid-19. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço médio do bilhete foi de R$ 388,95, ante R$ 486,10.
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