A logística no Brasil vem avançando a passos largos nos últimos anos. E o mercado de condomínios logísticos está acompanhando este movimento. Segundo as estatísticas da SiiLA, empresa multinacional de dados e monitoramento de imóveis comerciais da América Latina, o Brasil possui hoje 17.997.392 m² deste tipo de empreendimento.
Cinco anos atrás, durante o 1º trimestre de 2016, eram 13.545.894 m². "Os investimentos neste tipo de imóvel estão em alta, visto que uma boa logística oferece uma vantagem competitiva muito grande para as empresas, que conseguem assim atender com mais eficiência o seu público consumidor", comenta o CEO da SiiLA Brasil, Giancarlo Nicastro.
Apenas entre janeiro e março de 2021, foram entregues sete empreendimentos no país, que somam 214. 677 m² de área logística. E parte deste estoque já foi entregue com inquilino ocupando o espaço. "E o que se vê hoje é que, embora grande parte dos empreendimentos ainda estão localizados no Sudeste, em especial em São Paulo, nos últimos tempos mais e mais empreendimentos estão sendo erguidos em outras regiões. Neste primeiro trimestre, dos imóveis entregues dois estão no Estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro, dois na Bahia e um em Minas Gerais", explica Nicastro.
O Mercado Livre é o inquilino do empreendimento entregue na Bahia. A empresa anunciou recentemente a abertura de 16 mil vagas de emprego para a América Latina, sendo dessas 7.200 apenas para o Brasil. Com isso, a companhia pretende ampliar sua operação principalmente nos centros de distribuição e áreas de tecnologia da informação, financeiro e produtos.
A expectativa da empresa é fechar o ano com o dobro de funcionários que têm atualmente. Já o Magazine Luiza anunciou que irá inaugurar em breve um novo centro logístico na região de Gravataí, no Rio Grande do Sul. O estado possui hoje 408.697 m² de área de condomínios logísticos, e tem previsão de receber mais 55.581 m² no terceiro trimestre de 2021.
A Petrobras assinou com a Açu Petróleo - parceria da Prumo Logística com a alemã Oiltanking - um aditivo ao contrato firmado em 2019 para aumento de 140% da exportação de petróleo.
Isso permitirá à estatal escoar 240 milhões de barris da commodity - aproximadamente 300 mil barris por dia - pelo Porto do Açu em até dois anos, informou a Açu Petróleo.
Para atender o aumento das exportações, a empresa prevê a construção de um Parque de Tancagem e a conexão dutoviária à malha existente.
Esta é a segunda vez que a Petrobras pede para ampliar o volume exportado, motivada pela crescente produção de petróleo e pelo aumento da demanda no mercado externo.
Até então o contrato previa a exportação de 100 milhões de barris. Durante a pandemia, em abril do ano passado, a Petrobras bateu recorde de movimentação, informou a Açu Petróleo, que foi responsável pelo escoamento de cerca de 19% do volume total.
Recentemente a Açu Petróleo foi reconhecida pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário - Antaq como o Terminal de granéis líquidos que mais cresceu em movimentação.
Em 2020, foram movimentadas 29,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 53,2% em relação a 2019.
De acordo com a empresa, a Açu Petróleo é responsável por 25% da exportação de petróleo nacional e atende a todas as operadoras que atuam no Brasil.
Desde 2016, a companhia realizou mais de 270 operações de transbordo de petróleo, o que representa cerca de 260 milhões de barris movimentados.