Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 03:00

Mercado Livre começa a montar tripé de negócios

Investimento contempla tecnologia, centros de distribuição e logística

Investimento contempla tecnologia, centros de distribuição e logística


/REPRODUÇÃO/JC
Com o crescimento forte tanto no shopping virtual quanto na área financeira no ano passado, o Mercado Livre separou R$ 10 bilhões para investir em 2021 e a maior parte irá para o que pode se tornar sua terceira frente de negócios: a logística. "Por enquanto, estamos trabalhando para solucionar, facilitar e agilizar a entrega das vendas dos clientes", diz Stelleo Tolda, presidente do Mercado Livre para a América Latina.
Com o crescimento forte tanto no shopping virtual quanto na área financeira no ano passado, o Mercado Livre separou R$ 10 bilhões para investir em 2021 e a maior parte irá para o que pode se tornar sua terceira frente de negócios: a logística. "Por enquanto, estamos trabalhando para solucionar, facilitar e agilizar a entrega das vendas dos clientes", diz Stelleo Tolda, presidente do Mercado Livre para a América Latina.
"Quando esse gargalo estiver resolvido, podemos oferecê-lo a terceiros", diz. Entre os movimentos, os recursos farão com que o número de funcionários do Mercado Livre passe dos atuais 5 mil para mais de 10 mil, até o fim do ano.
A expectativa é que o Mercado Envios, nome da área de logística, trilhe percurso parecido ao do Mercado Pago, segmento de serviços financeiros do Mercado Livre. Nascido para resolver os problemas de pagamentos dos vendedores do maior shopping virtual da América Latina, o Mercado Pago levou dez anos para se tornar relevante dentro da plataforma.
Hoje, tem autorizações do Banco Central para funcionar como carteira virtual (com direito a rendimento maior do que a poupança), como processador de pagamentos (e com maquininhas no varejo físico) e como instituição financeira (para poder aumentar o limite do crédito, entre outros serviços).
Os serviços são vendidos a terceiros e os próximos passos são oferecer alternativas de investimento para quem tem dinheiro no Mercado Pago, mas sem concorrer com as plataformas do segmento, como a XP.
Com tamanho crescimento, hoje a área financeira movimenta mais dinheiro do que o próprio shopping virtual. O volume de pagamentos processados no ano passado, nos 18 países da América Latina em que o Mercado Livre está presente, foi de quase US$ 50 bilhões. Já as vendas das lojas abrigadas na plataforma somaram US$ 20 bilhões.
Em 2019, elas haviam sido de US$ 28 bilhões e US$ 13 bilhões, respectivamente. O Brasil responde por pouco mais da metade da receita líquida da empresa e cresceu 120% em reais, no ano passado.
Apesar de o Mercado Pago movimentar mais dinheiro que o marketplace, o retorno para o Mercado Livre é maior com os vendedores na plataforma. "Um dos nossos objetivos é incluir as pessoas no sistema financeiro e, portanto, as taxas cobradas são mínimas", diz Ricardo Lagreca, diretor jurídico e de relações governamentais do Mercado Livre.
Há um longo caminho para o Mercado Envios trilhar, antes de se tornar uma área de negócios. Os R$ 10 bilhões em investimento para 2021 equivalem ao que foi destinado à rubrica nos últimos quatro anos. Entre outras coisas, o dinheiro servirá para a construção de centros de distribuição e contratações para as áreas de logística e tecnologia.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO