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JC Logística

- Publicada em 09 de Março de 2021 às 03:00

Energia solar supera 8 GW e traz R$ 40 bi de investimentos ao País

Segundo a Absolar, Brasil possui mais de 411 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede

Segundo a Absolar, Brasil possui mais de 411 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede


george campos/usp/divulgação/jc
Patrícia Comunello
O Brasil ultrapassou a marca histórica de 8 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade destaca que, desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.
O Brasil ultrapassou a marca histórica de 8 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade destaca que, desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.
Os cálculos consideram tanto as usinas de grande porte, também classificadas de geração centralizada, como os sistemas de pequenos e médios instalados em telhados, fachadas e terrenos, a chamada geração distribuída. Considerando as capacidades instaladas dos dois segmentos, a associação cita que a fonte solar fotovoltaica corresponde à sexta principal fonte de geração no País, atrás da hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e óleo combustível.
Somente segmento de geração centralizada, a Absolar contabiliza 3,1 gigawatts (GW) de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, localizadas em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados deste segmento ultrapassam os R$ 16 bilhões.
A capacidade instalada em grandes usinas solares equivale a 1,7% da matriz elétrica do País. Por esse critério, utilizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a fonte solar cai uma posição e é a sétima maior fonte de geração do Brasil, atrás também do carvão mineral.
Vale destacar que os dados apresentados pela Absolar para a geração centralizada diferem um pouco daqueles compilados pela Aneel. A agência reguladora informa uma capacidade de geração centralizada de 3,292 GW, correspondente a 1,97% da matriz, à frente do carvão mineral. Por outro lado, a Aneel separa as origens dos combustíveis diesel e óleo combustível, o que faz com que, no ranking da reguladora, a fonte solar apareça uma colocação abaixo na matriz elétrica.
A associação explicou que retirou de seus cálculos 6 usinas fotovoltaicas do estado do Piauí, totalizando 186,05 MW de potência instalada, que foram suspensas e optou por reintegrá-las apenas quando voltarem a estar em operação, o que é previsto para até abril.
No segmento de geração distribuída, a Absolar contabiliza 4,9 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, que representam mais de R$ 24 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
De acordo com a entidade, o Brasil possui mais de 411 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que favorecem 514 mil unidades consumidoras. Essas mini e microusinas fotovoltaicas estão presentes em todos os Estados brasileiros, com destaque para Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, que concentram os maiores volumes instalados.
"O Brasil continua com um mercado solar ainda muito pequeno, sobretudo na geração distribuída. Há mais de 86 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém atualmente apenas 0,6% faz uso do sol para produzir eletricidade", afirma o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Segundo ele, assim como em momentos anteriores de crise, em que a atividade econômica brasileira desacelerou, mas o setor solar cresceu, contribuindo para a recuperação do País, a expectativa é de que mais uma vez os investimentos em empreendimentos em geração fotovoltaica possam colaborar para estimular a economia.
"Nas crises de 2015 e 2016, o PIB do Brasil foi inferior a -3,5% ao ano, mas o setor solar fotovoltaico cresceu mais de 100% ao ano. Com isso, ajudamos na recuperação do País. Agora, passada a fase mais aguda desta pandemia, a energia solar fotovoltaica irá novamente alavancar a recuperação do Brasil", acrescentou Koloszuk.
De acordo com dados anteriormente divulgados pela Absolar, os novos investimentos privados no segmento poderão ultrapassar os R$ 22,6 bilhões neste ano. A entidade prevê que ao longo de 2021 serão adicionados mais de 4,9 GW de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos.
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