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JC Logística

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Estradas federais registram quase 100 mil mortes em 14 anos

De 2007 a 2020, 99.365 pessoas perderam a vida em acidentes, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal

De 2007 a 2020, 99.365 pessoas perderam a vida em acidentes, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal


/PRF/divulgação/JC
Em 14 anos, quase 100 mil pessoas foram vítimas do trânsito em estradas administradas pelo governo federal no Brasil. Dados da Polícia Rodoviária Federal compilados pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostram que, de 2007 (primeiro ano da série histórica) até 2020, 99.365 pessoas morreram nas rodovias federais do País.
Em 14 anos, quase 100 mil pessoas foram vítimas do trânsito em estradas administradas pelo governo federal no Brasil. Dados da Polícia Rodoviária Federal compilados pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostram que, de 2007 (primeiro ano da série histórica) até 2020, 99.365 pessoas morreram nas rodovias federais do País.
Em 2020, foram 5.287 mortes nas estradas federais. Esse número voltou a cair após crescer no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, quando o presidente determinou o fim da fiscalização por radares dessas rodovias. Hoje, a fiscalização por radares é permitida, desde que eles estejam visíveis, no caso de estruturas fixas, e que as autoridades publiquem em seus sites trechos que podem ser fiscalizados, no caso de radares móveis.
O total de acidentes também caiu em 2020 e ficou em 63.447 no ano passado. A redução do fluxo de veículos nas estradas no primeiro semestre, no começo da quarentena, contra o novo coronavírus, ajuda a explicar essa queda, segundo Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.
Sem dados consolidados do país, uma boa medida da queda no fluxo nas estradas é o monitoramento da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), diz ele.
A associação aponta uma redução da movimentação nas estradas pedagiadas entre janeiro e novembro (último dado disponível) do ano passado de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior. "Com menos veículos circulando, é natural que caia o número de acidentes", afirma Batista. No entanto, o executivo lembra que o número de mortes não cai na mesma proporção do total de acidentes, o que indica que esses episódios ficaram mais graves.
Dois elementos que podem explicar o agravamento, que vem dos últimos anos, afirma ele. O primeiro é a infraestrutura das rodovias, antigas, com muitos trechos sem acostamento, problemas de sinalização e na maior parte em pistas simples e de mão dupla. "Essas estradas não têm qualidade para acomodar a frota terrestre que mais que dobrou nos últimos 12 anos", diz Batista. O segundo ponto é o problema na formação dos condutores e a falta de campanhas educativas para reduzir acidentes, que foram praticamente abandonadas, segundo o diretor da CNT.
 
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