As empresas do setor metroferroviário brasileiro devem fechar o ano de 2020 com déficit de receitas tarifárias na ordem de R$ 7,4 bilhões. O dado consta de balanço divulgado pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), entidade que representa os operadores de sistemas de metrô, trem urbano e Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) do Brasil. Segundo a entidade, a perda é resultado da redução de passageiros causada pela pandemia de Covid-19.
Ao longo de 2020, o setor tem buscado lidar com esse déficit de receita, que representa, aproximadamente, 45% do seu faturamento anual em relação à bilheteria. Ao mesmo tempo, os operadores precisaram manter os mesmos níveis de prestação de serviço durante todo o período e ainda ampliar seus custos com as medidas necessárias de higienização, sanitização e treinamento de equipes.
Considerando o comportamento do volume de passageiros transportados nos trens e metrôs de todo o País, que é reflexo das medidas de circulação nas cidades e da retomada gradual da economia, a ANPTrilhos estima que o setor deverá fechar o ano de 2020 com uma demanda próxima a 70% em relação àquela normalmente esperada para o período.
Diante deste cenário, além da forte crise vivenciada ao longo de 2020, o setor metroferroviário de passageiros deverá iniciar 2021 ainda fortemente impactado, apresentando uma redução inicial de 30% no seu volume de passageiros, segundo a entidade.