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JC Logística

- Publicada em 29 de Setembro de 2020 às 03:00

Procura por viagens corporativas tem aumento de 25%

Oliveira diz que cidades menores ganharam roteiros e despertam interesse

Oliveira diz que cidades menores ganharam roteiros e despertam interesse


A1/divulgação/jc
Cristine Pires
Com mais de 25 anos de experiência em gestão de viagens corporativas, a A1 - gestora com base em Montenegro (RS) - atende a empresas de diferentes portes e segmento em todo o País. Depois de sentir os efeitos da pandemia, a empresa vem registrando aumento expressivo na procura. "Após de despencar em abril, a demanda vem aumentando mês a mês, em uma escala 25% maior que o mês anterior", diz o sócio da A1, Daniel Schaurich de Oliveira.
Com mais de 25 anos de experiência em gestão de viagens corporativas, a A1 - gestora com base em Montenegro (RS) - atende a empresas de diferentes portes e segmento em todo o País. Depois de sentir os efeitos da pandemia, a empresa vem registrando aumento expressivo na procura. "Após de despencar em abril, a demanda vem aumentando mês a mês, em uma escala 25% maior que o mês anterior", diz o sócio da A1, Daniel Schaurich de Oliveira.
Um dos produtos da A1 - Ben, plataforma de autoatendimento para Microempreendedores Individuais (Meis), pequenas e médias empresas (PMEs), faz a gestão de bilhetes não utilizados, o que evita gastos desnecessários para empresas. Estudo da Universidade de Cranfield (Inglaterra) aponta que apenas a mudança para autoatendimento na reserva de voos e hotéis representa 9% de economia. Antes da pandemia, a ferramenta já representava uma redução de cerca de 14% no tíquete médio dos clientes.
A plataforma pesquisa em diferentes fornecedores e agências, procurando o menor preço para o cliente. A plataforma também oferece rastreamento em tempo real sobre deslocamentos, hospedagem e roteiro de cada colaborador em viagem. 
JC Logística - Quanto aumentou a demanda por viagens corporativas desde os primeiros meses de covid-19 até agora? Qual foi o melhor mês desde março?
Daniel Schaurich de Oliveira - Depois de despencar em abril, a demanda vem aumentando mês a mês em uma escala de 25% maior que o mês anterior, todo novo mês tem sido uma surpresa positiva para nós.
Logística - Quais são as rotas mais pesquisadas ou compradas?
Oliveira - Notamos uma mudança das consideradas rotas principais, como ponte aérea, para cidades que não concentravam tanto o volume de viajantes a negócio. Isso se deve muito aos segmentos que não pararam ou retornaram primeiro, como mineradoras e do ramo de energia e saúde.
Logística - Qual é a duração média das viagens?
Oliveira - A duração de hospedagens aumentou em 50% no período da pandemia. Algumas explicações para isso são os expatriados estrangeiros que permaneceram no país devido lockdown em seus países de origem e a adoção de quarentena no retorno de viagem. Nesse período notamos que a tendência é de viagens um pouco mais longas, viagens curtas, o bate-volta para um único compromisso foram trocados por interações online.
Logística - Onde as pessoas estão preferindo ficar? Buscam hospedagem tradicional ou quartos com cozinha para que não precisem ir a restaurantes?
Oliveira - O foco pré-pandemia era localização e preço. Hoje, o cliente busca soluções seguras de hospedagem, quer saber os protocolos aplicados por cada hotel onde sua equipe ficará hospedada. Em 2019 detectamos um aumento na busca por hospedagens de aluguel por curto período para executivos (estilo Airbnb), agora o cliente busca hotéis de redes com protocolos rígidos e regras bem definidas.
Logística - Quais são as empresas que estão voltando a viajar? De que cidades são e qual o segmento?
Oliveira - Algumas não pararam, como mineradoras, empresas do setor de energia e saúde. Outros setores, caso da indústria metal mecânica e automobilística estão sendo as primeiras a retomar viagens. Empresas de tecnologia e prestação de serviços nos contatam para saber do momento, mas ainda não há um sinal forte de retomada.
Logística - Qual é a variação média dos custos de uma viagem corporativa em comparação com os preçõs antes da Covid?
Oliveira - A passagem aérea está em média 24% mais baixa que antes da pandemia, mas há um crescimento sensível no valor à medida em que há um aumento no fluxo de passageiros. Há uma demanda crescente por voos e ainda muitas rotas com voos reduzidos. Já hotelaria de negócios, que chegou a cair quase pela metade o valor médio da diária tem mostrado uma curva de aumento mais lenta.
Logística - Como funciona o atendimento para empresas que preferem ou precisam do atendimento tradicional?
Oliveira - A atenção personalizada a clientes de todos os portes é um de nossos maiores diferenciais. Ao mesmo tempo, sempre fomos abertos a novas tecnologias, e por isso conseguimos oferecer economia para o cliente, agilidade nos processos e maior controle para as empresas. Ao automatizar processos mais operacionais, podemos focar em negociar melhores preços em cidades menos atendidas pelas agências de viagem tradicionais.
Logística - Quais são os modais de transporte e tipos de hospedagem pesquisados pela plataforma com foco nos Microempreendedores Individuais e microempresas?
Oliveira - Para oferecer a melhor experiência também para empresas regionais, o Ben inclui cotação e reserva de passagens rodoviárias e de aluguel de carros, além da oferta de hospedagem em cidades menores, que muitas vezes não são a prioridade de agências de viagem tradicionais."As empresas de viagem corporativas são muito focadas em multinacionais, com um bom serviço limitado aos grandes centros. Nós percebemos a grandeza da economia regional, e por isso uma de nossas prioridades é oferecer uma cobertura em cidades menores tão boa quanto a que temos nas capitais e regiões metropolitanas. Focamos em negociações exclusivas com fornecedores de diferentes regiões do Brasil e do mundo. Fizemos, por exemplo, um roteiro de uma equipe de viajantes corporativos ao longo do Rio Solimões, com parada em povoados locais, que possibilitou a abertura de novos negócios do cliente na região amazônica. 
Logística - De que forma as empresas devem se organizar para buscar economia nos gastos de viagens corporativas?
Oliveira - É preciso conhecer os números. Em um processo de prospecção, é comum perguntarmos para as empresas quanto elas gastam em viagens. A resposta tende a ser: não sei. Não está dentro da rotina das empresas terem esses números mapeados e também existe uma dificuldade dos fornecedores oferecerem esses números, mesmo viagens sendo o segundo ou terceiro maior gasto dentro das empresas. Já alguns, têm os números, porém, não sabem exatamente onde estão gastando: qual cia aérea, hotel, carro. É necessário ter relatórios online, com números claros. Deve ser feita uma análise inteligente do cliente para avaliar a política e fazer os ajustes necessários com frequência. É possível fazer negociações com fornecedores de hotelaria, companhia aérea e locação de carros levando em consideração a demanda para cada um.
Logística - De que forma é possível preparar viagens para empresas de portes e segmentos diferentes?
Oliveira - Cada empresa é uma realidade. Por isso, é importante entender muito bem o que sua empresa busca como resultado na gestão de despesas de viagens. O desafio de uma política de viagens eficaz é equilibrar as necessidades dos viajantes com o objetivo, a realidade e a cultura de sua empresa. Esteja alinhado com o modelo de negócio de sua empresa. Se sua empresa, por exemplo, trabalha com vendas, em muitos casos, reuniões distantes são agendadas com menos de 48h de antecedência. Neste cenário, fica evidente que estipular 72h de antecedência para compra de passagens aéreas não trará nenhum resultado, exceto estresse e conflitos. Você pode ter regras diferentes para cada setor de sua empresa. Equipe de treinamento pode organizar sua agenda de viagens com maior antecedência do que a equipe de manutenção, por exemplo. Some todos os pontos importantes e a partir deste diagnóstico, as regras refletirão as possibilidades reais e, consequentemente, serão colocadas em prática de forma mais eficiente. No entanto, há pontos em comum na maioria das empresas: redução e controle de custos, bem estar e segurança do viajante, retorno do investimento etc.
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