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Transportes

- Publicada em 02 de Junho de 2020 às 03:00

Tarifa pública no Brasil está entre as mais caras do mundo

Brasileiros precisam desembolsar, em média, R$ 4,40 apenas pela passagem de ida

Brasileiros precisam desembolsar, em média, R$ 4,40 apenas pela passagem de ida


Bruna Oliveira/Especial/JC
Tendo em mente que o transporte público é o principal meio de locomoção de muitos países, o Cuponation, plataforma de descontos on-line e integrante da alemã Global Savings Group, realizou uma análise para saber os valores do tíquete do transporte coletivo no Brasil e no mundo e quais das nações aplicam a tarifa mais cara.
Tendo em mente que o transporte público é o principal meio de locomoção de muitos países, o Cuponation, plataforma de descontos on-line e integrante da alemã Global Savings Group, realizou uma análise para saber os valores do tíquete do transporte coletivo no Brasil e no mundo e quais das nações aplicam a tarifa mais cara.
A Numbeo, sistema de pesquisas internacionais, produziu um estudo neste ano sobre o custo do bilhete de transporte público no mundo. Com os mais de 100 países participantes, o estudo divulgou que o Brasil ocupa a 55ª posição do ranking do passe mais caro do mundo, em que os cidadãos precisam desembolsar, em média, R$ 4,40 apenas pela passagem de ida, ou seja, por cada tarifa que seja necessária usar por dia.
Pesquisa similar a essa realizada pelo Cuponation no início de 2020 registrou que Porto Alegre é a capital que cobra a passagem de transporte público mais cara do Brasil, sendo R$ 4,70 por cada locomoção. Em contrapartida, o mesmo levantamento aponta que os cidadãos de São Luís (MA) pagam, em média, R$ 3,40 pela tarifa, fazendo com que essa seja a capital brasileira com o bilhete de ônibus e metrô mais barato.
Ao comparar as informações com os dados do mesmo levantamento feito em 2019, a capital gaúcha também apresenta a tarifa mais cara do País. Em contrapartida, o estado com a passagem mais barata era Amapá, que cobrava apenas R$ 3,25, (valor que subiu para R$ 3,70). Ainda na comparação do Amapá, o reajuste da tarifa da capital apresentou variação de 13,85% entre o valor anterior e o atual, a maior entre todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal.
O segundo estado com maior variação identificada foi Alagoas, com aumento de 12,33% na passagem, que foi de R$ 3,65 para R$ 4,10. Duas capitais se sobressaíram ao reduzirem o valor das passagens: Florianópolis (de R$ 4,40 para R$ 4,25, com variação de -3,40%), e Brasília (de R$ 3,85 para R$ 3,80, variação de -1,30%).
No comparação mundial da Numbeo, entre os 102 países do ranking, a Suíça é a primeira colocada, com tarifa de R$ 21,13 por passagem, seguida por Noruega (R$ 21,02) e Dinamarca (R$ 20,06). O país que apresentou o menor valor do tíquete foi a Venezuela, em que a população desembolsou R$ 0,57 pela passagem de ida. Sri Lanka e Uzbequistão são os países que ocupam o penúltimo e o antepenúltimo lugar do ranking. 

Pesquisa da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística aponta 8 mil ocorrências de roubo de cargas em 2019

Prejuízos em 12 meses chegaram a R$ 1,40 bilhão, diz entidade do setor

Prejuízos em 12 meses chegaram a R$ 1,40 bilhão, diz entidade do setor


/DENNY CESARE/FOLHAPRESS/JC
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulga, anualmente, desde 1998, a estatística nacional de roubos de carga. Esse relatório tem como base informações colhidas em fontes formais e informais. Ao longo de 2019, foi registrado um total de 18.382 ocorrências de roubos de carga pelo País. Já no ano anterior, essa soma chegava a 22.183 casos.
O ano passado mostra uma queda de quase 4 mil delitos, cerca de 17% inferior, com relação a 2018. E também é um número menor, quando comparado com 2017, que apontou 25.970. Mesmo assim, ainda é uma quantidade muito alta de roubos, o que preocupa o segmento transportador. Os prejuízos foram computados em R$ 1,40 bilhão. Segundo o residente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, "a pesquisa continua apontando uma considerável redução se comparada ao ano de 2018, mas estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e precisamos continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais".
Pelucio ainda comenta que a redução tem muito a ver com o investimento alto das empresas, em tecnologias e medidas de segurança em suas operações, o que possibilita uma resposta muito mais rápida e ativa em relação às tentativas de delito e, também, com o trabalho dos órgãos de segurança pública nas esferas estaduais e federais, que têm atuado com mais rigor no combate aos delitos de carga.
"Os números do roubo de cargas no País, embora caindo, ainda são inaceitáveis. Os roubos ocorrem porque os receptadores, que compram as cargas roubadas e incentivam o crime, estão impunes, por conta de uma legislação arcaica. Temos urgentemente que agravar as penalidades para esse delito, tanto a pena para a pessoa do receptador como para o seu estabelecimento, que deverá ter a licença de funcionamento cassada", comentou o vice-presidente para assuntos de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira.
Nesse cenário, a Região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando com 84,26% das ocorrências. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 6,52%; Nordeste, com 6,29%; Centro-Oeste, 1,69%; e, por último, Norte, com 1,24%.
Na Região Sudeste - a de maior incidência de roubos -, o campeão continua sendo o Rio de Janeiro, onde os registros chegaram a 40,56%, seguido por São Paulo, 39,85%. Juntamente com Espírito Santo e Minas Gerais, somam um total de R$ 952,93 milhões de prejuízo. Logo em seguida, aparecem as regiões Nordeste, com R$ 157,84 milhões; Sul, com R$ 133,11 milhões; Centro-Oeste, com R$ 106,39 milhões; e Norte, com R$ 47,81 milhões.
O levantamento também revela os produtos mais visados pelos delinquentes: alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e têxteis e confecções.
"A entidade continuará buscando meios de deter esses crimes através de um trabalho integrado com os órgãos públicos e privados, informando e cobrando um olhar mais atento do transportador brasileiro, responsável por movimentar mais de 65% de todas as riquezas do País", ressalta Pelucio.
Já o vice-presidente de segurança da entidade comenta que o trabalho de integração entre as polícias, em grande parte decorrente dos encontros de segurança promovidos anualmente pela NTC e por entidades parceiras, vem trazendo grandes resultados, e isso deve continuar para que, no próximo ano, os estados mais afetados, como São Paulo e Rio de Janeiro, possam ter uma diminuição considerável".