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JC Logística

- Publicada em 19 de Maio de 2020 às 03:00

Demanda por frete rodoviário tem forte recuo em abril

Alta em fretes de produtos agrícolas se deve, especialmente, pelo momento da safra da soja

Alta em fretes de produtos agrícolas se deve, especialmente, pelo momento da safra da soja


JOSÉ SCHÄFER/EMATER/JC
A movimentação de cargas no mês de abril apresentou recuo de 17,5% em todos os setores de atividade em abril na comparação com o mesmo período do mês anterior. Os dados são do levantamento realizado pela Repom, marca da Edenred Brasil, com base em mais de 500 mil operações que atendeu no País entre 1º de março e 25 de abril - a empresa é especializada em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada.
A movimentação de cargas no mês de abril apresentou recuo de 17,5% em todos os setores de atividade em abril na comparação com o mesmo período do mês anterior. Os dados são do levantamento realizado pela Repom, marca da Edenred Brasil, com base em mais de 500 mil operações que atendeu no País entre 1º de março e 25 de abril - a empresa é especializada em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada.
Os setores mais impactados pelas medidas de isolamento social são aqueles de transportes de grande magnitude, como o da construção civil e de insumos de matéria-prima, caso de papel e celulose.
O mapeamento apurou a movimentação de cargas semana a semana e revelou que os primeiros sete dias de abril foram os mais complicados, com queda de 28,8% em comparação aos dados registrados na primeira semana de março deste ano.
A exceção foi o setor de agronegócio, que teve crescimento de 10,1% nas operações de frete em abril frente a igual período do mês anterior, apesar do atual contexto de crise. As análises relacionam também o período do escoamento da soja, que ocorre em março, abril e maio, ao aquecimento da demanda pelo frete no atividade.
"Com a continuidade da quarentena, prevemos um cenário de queda para todas as atividades nas próximas semanas, com exceção do agronegócio, que segue em alta e não deve sofrer o mesmo impacto de outros setores, especialmente pelo momento da safra da soja", comenta o head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil, Thomas Gautier.
No recorte semanal da variação da demanda por frete em diferentes setores na comparação com a primeira semana de março, as análises apontam que o número de operações cresceu 2,4% entre os dias 15 e 21; já na semana seguinte, recuou 20,8% (de 22 a 28 de março), momento que marcou o início das medidas de isolamento no País.
O mês de abril também começou com baixa de 15,4% (de 29 de março a 4 de abril); e chegou ao pico de baixa de 28,8% na segunda semana (de 5 a 11 de abril), seguidos por recuos de 11,2% (de 12 a 18 de abril) e 17,8% (de 19 a 25 de abril).
Na comparação com o ano passado, o levantamento também indica reflexos da pandemia nas operações de transporte de carga. Quando as operações são comparadas com as do mesmo período de 2019 (de 1º de março a 25 de abril), apresentam alta de 10,7% na demanda dos pedidos de frete ligados a diversas atividades econômicas. O volume poderia ser ainda maior se não fosse o contexto atual, que impactou o cenário de retomada da economia brasileira, especialmente pelo bom momento de setores como o da construção civil, enquanto o agronegócio registrou 9,6% de crescimento.
O mapeamento da Repom também destaca outros recortes das operações de frete nos últimos dias, entre eles, o comportamento no feriado de Páscoa e do escoamento de cargas para regiões portuárias.
Quando analisado uma semana anterior, como também os dias da semana que antecederam o último feriado de Páscoa, as operações de frete apresentaram um recuo de 6,7%, quando comparado com o mesmo período de 2019. O que demonstra um eventual reflexo da redução da movimentação de cargas relacionadas a atividades do varejo.
Já considerando as operações de fretes para regiões portuárias, as transações de todos os setores de atividade, entre eles, o agronegócio, cresceram 4% em abril em relação ao mesmo período de março. Já no comparativo do período de atual, com o ano de 2019, houve crescimento de 22,3%.
Só na região de Miritituba, no Pará, que se consolida como um importante polo para o escoamento dos grãos para a exportação, o crescimento foi de 41%, quando comparadas as operações entre 1º de março e 25 de abril deste ano com o mesmo período de 2019. Enquanto isso, outras cidades portuárias cresceram apenas 6%.
O agronegócio se destaca com crescimento de 10,1% nas operações de frete quando são comparados os dados de março, com os de abril, apesar do atual contexto de crise. As análises relacionam também o período do escoamento da soja, que ocorre em março, abril e maio, ao aquecimento da demanda pelo frete no setor.
"Ao analisar os mesmos períodos no comparativo com o ano anterior, percebemos que o frete para transporte de grãos de soja teve um crescimento de 9,6%. Essa curva ascendente justifica-se porque abril é o pico do escoamento da safra da soja, que impacta de forma especial as operações do setor até o final de abril. E, a partir de maio, o mercado já começa a se preparar para a safra do milho, que acontece entre julho e agosto", explica Gautier.
No recorte semanal da variação da demanda por frete no setor, na comparação com a primeira semana de março, as análises apontam que, entre os dias 15 e 21, o número de operações cresceu 13,5%; registrando alta de 6,5% na semana seguinte.
O mês abril começou com alta de 14% (de 29 de março a 4 de abril) e seguiu assim, com avanços de 6% (de 5 a 11 de abril), 23,8% (de 12 a 18 de abril) e 16,2% (de 19 a 25 de abril), mostrando fortes picos nas últimas semanas.
 
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