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Coronavírus

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 03:00

Operação especial para trazer 240 milhões de máscaras

Serão transportadas 960 toneladas de equipamentos individuais de segurança comprados da China

Serão transportadas 960 toneladas de equipamentos individuais de segurança comprados da China


/Alexas_Fotos via pixabay/divulgação/jc
O governo federal prepara uma megaoperação para trazer ao Brasil 240 milhões de máscaras de proteção, adquiridas pelo Ministério da Saúde na China. O Ministério da Infraestrutura (MInfra), encarregado da logística, está fazendo consultas a companhias aéreas nacionais e estrangeiras para viabilizar o frete da carga, que soma 960 toneladas, a partir de Guangzhou.
O governo federal prepara uma megaoperação para trazer ao Brasil 240 milhões de máscaras de proteção, adquiridas pelo Ministério da Saúde na China. O Ministério da Infraestrutura (MInfra), encarregado da logística, está fazendo consultas a companhias aéreas nacionais e estrangeiras para viabilizar o frete da carga, que soma 960 toneladas, a partir de Guangzhou.
Para o transporte dos equipamentos, que devem começar a chegar ao Brasil em 15 dias, será concedido status de voo de Estado, com as prerrogativas de prioridade de pouso e decolagem. Além disso, o MInfra desenvolveu um plano de logística e distribuição, em apoio ao Ministério da Saúde, durante o enfrentamento à pandemia de Covid-19.
O plano nacional abrange ações para garantir agilidade no transporte de material importado, no desembaraço aduaneiro nos aeroportos e na distribuição dos equipamentos entre as 27 unidades da federação. O ministério também está buscando parceiros privados dispostos a custear o frete das máscaras até o Brasil.
O Ministério da Infraestrutura mapeou toda a malha aérea essencial que segue operando, bem como a utilização de cargueiros comerciais, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), veículos oficiais de estados e também o apoio de grandes empresas importadoras que ofereceram sua estrutura logística ao governo Federal. "Num esforço de governo para enfrentar a pandemia, vamos garantir o transporte da carga de equipamentos médicos importados até o Brasil e a sua distribuição nos estados", disse o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. "Atuamos em estreita cooperação com a área da saúde para auxiliarmos sempre que houver gargalos ou dificuldades operacionais na estratégia já estabelecida para atendimento das necessidades do País", destacou Freitas.
Para trazer a carga de 960 toneladas de máscaras cirúrgicas de três camadas e também do modelo N95 ao Brasil, o MInfra estima que serão necessários até 40 voos, a depender do tamanho das aeronaves envolvidas. Cada voo pode durar 40 horas, desde a partida da China, envolvendo pelo menos uma escala, até a chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O Ministério da Infraestrutura também está em contato com o Itamaraty para definir as melhores opções de parada das aeronaves no exterior até a chegada ao Brasil.
Além da megaoperação, o Ministério da Infraestrutura já está atuando para viabilizar a chegada de pelo menos 11 voos cargueiros contratados pela Vale, também a partir da China, com 540 toneladas de testes rápidos, luvas, aventais, óculos, máscaras cirúrgicas e N95 doados pela empresa.
A articulação do Minfra com companhias aéreas, operadores aeroportuários, Receita Federal, Polícia Federal, Anvisa e Vigiagro tem garantido as melhores alternativas de voos, rotas e agilidade no desembarque e na distribuição da carga nos estados.
Na semana passada, o governo da China endureceu os procedimentos de inspeção alfandegária para exportações de ventiladores de respiração, máscaras cirúrgicas e outros equipamentos médicos, depois que países compradores reclamaram da qualidade dos produtos que se tornaram extremamente necessários.
As novas regras entraram em vigor em 10 de abrir e submetem 11 classes de produtos a inspeções mais rigorosas. A medida poderá desacelerar os embarques de equipamentos médicos da China, num momento em que muitos países enfrentam escassez desses produtos, dizem especialistas.
 

SoftBank investe R$ 250 milhões na Petlove

O SoftBank, conglomerado japonês que investe em grandes empresas de tecnologia, anunciou investimento de R$ 250 milhões na Petlove, primeiro petshop online do País, criado em 1999. Os recursos são do fundo para investimentos em empresas da América Latina. A pandemia do novo coronavírus não alterou a programação do aporte, que já estava previsto para este mês. A procura pelos serviços da marca subiram até 200% nos primeiros dias de confinamento no país, de acordo com Marcio Waldman, médico veterinário e fundador da empresa.
O capital será destinado à aceleração da construção de uma plataforma tecnológica que reunirá serviços e produtos. Pet shops parceiras poderão vender, entregar e distribuir produtos por meio de um marketplace, que também oferecerá serviços veterinários.
A empresa não pode abrir dados sobre o capital societário, mas, segundo Waldman, a distribuição fica igualitária entre os atuais sócios. Em 2011, recebeu investimento dos fundos KasZek e Monashoes. Em 2019, a Tarpon, de private equity, também entrou no negócio, o que alavancou o programa de assinaturas de produtos para animais de estimação.
"Crescemos muito mais que o mercado pet, a cerca de 40%. São mais de 4 milhões de downloads nos aplicativos e uma base de clientes superior a 5 milhões de pessoas", diz Waldman. O serviço de assinaturas tem 165 mil clientes, segundo ele, e a projeção de faturamento da empresa para 2020 é de R$ 440 milhões. Dados da Euromonitor mostram que o mercado pet brasileiro faturou R$ 24 bilhões em 2019, o que o posicionou como um dos três maiores mercados de produtos para animais de estimação do mundo.
 

Empresas de logística inovam para abastecimento de itens essenciais

Empresas de logística inovam para abastecimento de itens essenciaisA pandemia de COVID-19 mudou a forma como as pessoas vivem, trabalham, se relacionam. A logística, setor tão fundamental para o funcionamento de todos os demais, também está passando por mudanças.
Toda estrutura e processos que eram tão comuns, precisaram passar por adaptações e as empresas que trabalham nessa área estão buscando por soluções para executar o seu serviço de forma eficaz, garantindo o abastecimento e a continuidade de atividades essenciais.
O transporte aéreo, por exemplo, com a redução de mais de 90% dos voos de passageiros, teve uma grande transformação. De acordo com Rafael Dantas, diretor comercial da Asia Shipping, antes da pandemia, as cargas normalmente eram transportadas em aviões de passageiros, o que gerava redução de custos e grande variedade nos trajetos disponíveis.
"Com poucos voos acontecendo, tivemos que optar por aviões cargueiros, alternativa não tão comum. Além disso, criamos novas soluções como transportar os produtos dentro dos aviões de passageiros que viajariam vazios, nos assentos, aproveitando todo o espaço disponível e otimizando o nosso serviço", explica.
Outra mudança perceptível foi dos produtos com maior demanda para importação, diante de uma pandemia, nada mais importante que os itens farmacêuticos como as máscaras, luvas e matéria-prima para produção de respiradores. "As alterações realizadas pelo governo federal sobre quem podem importar esses itens revelou a iniciativa de muitos clientes que trabalhavam em outros setores de começar a importar e suprir uma demanda do mercado e dos seus clientes. As empresas já tinham a logística preparada, só viraram a operação para trazer produtos essenciais para contenção da pandemia", afirma Dantas.
A demanda global diante do cenário atual é gigantesca e empresas de logística do mundo inteiro lutam por um espaço nas aeronaves que ainda irão decolar para garantir que seus clientes e países não fiquem desabastecidos. Diante dessa necessidade, a Asia Shipping, maior integradora logística da América Latina, está disponibilizando uma aeronave completa saindo da Índia para o Brasil.
Com o país asiático em lockdown, o espaço da aeronave será totalmente dedicado à área de saúde humana com a importação de produtos farmacêuticos para empresas que estão com matéria-prima parada na Índia.