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JC Logística

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 03:00

Desafios ampliados para o transporte de alimentos

Chegar com grãos e outras mercadorias até os portos da China se tornou uma operação ainda mais complexa

Chegar com grãos e outras mercadorias até os portos da China se tornou uma operação ainda mais complexa


JOHANNES EISELE/AFP/JC
Thiago Copetti
Tão fundamental quanto a produção de alimentos é levar o produto do campo até a indústria, para que seja beneficiada, aos portos, para exportações, ou mesmo direto ao consumidor. Trata-se de um conjunto logístico complexo e que ganhou engrenagens ainda mais complexas com a pandemia. Local e globalmente, os desafios são muitos.
Tão fundamental quanto a produção de alimentos é levar o produto do campo até a indústria, para que seja beneficiada, aos portos, para exportações, ou mesmo direto ao consumidor. Trata-se de um conjunto logístico complexo e que ganhou engrenagens ainda mais complexas com a pandemia. Local e globalmente, os desafios são muitos.
Publicado no início de abril, estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostrou, além dos impactos na produção agropecuária, uma parte do atual cenário de transportes. A pesquisa avalia a circulação de produtos do campo para todo o Brasil e suas conexões, caso da China, por exemplo, principal parceiro comercial do País.
Ao apresentar os impactos da pandemia do coronavírus na produção agropecuária no mercado interno, a CNA também analisa o que aconteceu no cenário internacional do agronegócio e os efeitos para o País no período de 30 de março a 3 de abril. No que se refere à logística mundial de alimentos, o estudo destaca que a entrega e o transporte da produção rural no meio urbano é que garante o abastecimento das cidades, e que a crise sanitária global exige estratégias para superar os percalços, tanto no abastecimento interno quanto à produção destinada ao outro lado do mundo.
Na China, segundo a CNA, ainda que os dados oficiais indiquem uma melhora expressiva da situação da pandemia no país ao longo do mês de março, ainda há apenas um progressivo retorno das atividades econômicas, do fluxo de mercadorias e pessoas. A redução de voos internacionais tem dificultado também o envio de documentos originais, muitas vezes necessários para os embarques e desembarques, como de soja,
O Porto de Xangai, que chegou a registrar queda de 20% no processamento de contêineres durante o mês de fevereiro, tem conseguido reduzir o acúmulo de cargas refrigeradas, mas mantém a ocupação próxima de 80%, de acordo com a CNA.
Nos últimos meses, aponta o estudo da entidade, foram adicionadas 7 mil novas posições para conexão de contêineres refrigerados nos portos de Xangai e Tianjin, aumentando a capacidade de armazenamento de cargas em cerca de 40%. Já o comércio eletrônico de carnes registrou, em meados de março, aumento de 400% de suas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. Diversos produtos processados e congelados tiveram desempenho de vendas 200% superior à média histórica, aponta a CNA.
Nos supermercados na cidade chinesa de Cantão, o destaque é o aumento a oferta de carne, legumes, frutas e outros produtos alimentícios. A venda de carne nos mercados locais subiu 400% e de legumes 10%. Isso porque, durante a pandemia, a produção de sementes, fertilizantes, pesticidas, alimentos para animais, bem como a logística de distribuição em Cantão, ficaram prejudicadas.
Já os relatórios do governo chinês apontam que 88% das empresas do setor agrícola teriam retomado suas atividades. Segundo a National Food and Strategic Reserves Administration, 97% das principais empresas de fornecimento agrícola e 63% das de processamento de grãos da China teriam retomado suas atividades. O Ministério dos Transportes adotou medidas conjuntas com o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais para assegurar o transporte nacional de insumos agrícolas com vistas a viabilizar o plantio da safra 2020/2021 no país asiático.
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