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Aviação

- Publicada em 18 de Outubro de 2019 às 03:00

Aeroporto de Florianópolis quer atrair mais rotas

Terminal da capital catarinense entrou na mira de companhias aéreas de baixo custo

Terminal da capital catarinense entrou na mira de companhias aéreas de baixo custo


/FELIPE CARNEIRO/DIVULGAÇÃO/JC
Uma ferramenta para atrair novos negócios. É assim que Tobias Markert, CEO do Floripa Airport, descreve o novo terminal internacional de passageiros da capital catarinense - o Aeroporto Internacional de Florianópolis Hercílio Luz. Inaugurado na primeira semana de outubro, o aeroporto entrou na mira de companhias aéreas de baixo custo, e empresas do setor já estudam criar novas rotas para a ilha.
Uma ferramenta para atrair novos negócios. É assim que Tobias Markert, CEO do Floripa Airport, descreve o novo terminal internacional de passageiros da capital catarinense - o Aeroporto Internacional de Florianópolis Hercílio Luz. Inaugurado na primeira semana de outubro, o aeroporto entrou na mira de companhias aéreas de baixo custo, e empresas do setor já estudam criar novas rotas para a ilha.
O novo terminal é administrado pelo grupo suíço Zurich Airport, que em 2017 o arrematou por R$ 241 milhões no primeiro leilão de privatizações e concessões do governo do ex-presidente Michael Temer. Em março de 2017, as responsabilidades de outros três aeroportos foram transferidas a empresas privadas - os de Porto Alegre, Salvador e Fortaleza.
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Florianópolis foi o primeiro a ficar pronto. As obras do terminal da capital baiana devem ser finalizadas no próximo mês, enquanto os passageiros do Ceará e do Rio Grande do Sul deverão esperar até 2020 e 2021, respectivamente.
O prédio novo é quatro vezes maior que o antigo aeroporto Hercílio Luz, que por anos esteve entre os piores segundo pesquisas de satisfação da Secretaria de Aviação Civil. Preços abusivos nos estabelecimentos e confusão no embarque e desembarque são alguns itens que derrubavam os indicadores de qualidade do terminal de Florianópolis.
Nos primeiros dias de funcionamento, a primeira impressão de passageiros e usuários era de aprovação. "É como se estivéssemos em um aeroporto de primeiro mundo. A questão de mobilidade melhorou consideravelmente e agora é possível aproveitar melhor o tempo antes de embarcar. Não dá nem para comparar com o antigo. É tudo novo e eu estou gostando muito", disse o médico João Schmidt.
Outros pontos foram criticados, como a falta de um local determinado para o estacionamento de carros por aplicativo.Filas se formaram em frente ao saguão de desembarque e motoristas tiveram dificuldade para estacionar e buscar os passageiros. O impasse ainda não tem previsão para ser solucionado, pois segundo a concessionária "as empresas têm se negado a negociar um novo contrato para esta operação".
O conjunto de mais de 50 estabelecimentos comerciais, que vão além de lojas, cafés e restaurantes, salão de beleza, supermercado gourmet e empreendimentos de lazer, ainda não foi totalmente entregue. O barulho e a movimentação de empreiteiros pelo espaço do aeroporto será constante até o final do mês, quando todas as lojas deverão estar funcionando normalmente.
Segundo Markert, o desafio a partir de agora será o de convencer as companhias aéreas e atrair novos voos para Florianópolis. Com a nova infraestrutura, aeronaves de categoria E, que transportam de 250 a 300 passageiros, poderão pousar para a cidade, o que abre caminho para rotas internacionais.
A Azul foi a primeira a expandir operações com a inauguração do novo aeroporto. Desde o começo do mês, a companhia começou a operar voos entre Florianópolis e Belo Horizonte (Confins). Em dezembro, outras quatro rotas serão disponibilizadas pela empresa para atender a demanda do verão. Passageiros de Passo Fundo (RS), Rio de Janeiro (Santos Dumont), Foz do Iguaçu (PR) e Montevidéu, no Uruguai, terão voos diretos para a capital catarinense.
A empresa low cost (de baixo custo) Flybondi, da Argentina, é outra que começará a operar no novo terminal de Florianópolis. A companhia, que estreou no céu brasileiro neste mês com rota entre o Rio de Janeiro e a capital argentina, deve estacionar suas aeronaves em solo catarinense a partir de dezembro.

Características do terminal

Nova infraestrutura é quatro vezes maior que a anterior
Sistema automatizado de despacho de bagagem (BHS), que duplica a capacidade de processamento de bagagens em relação ao terminal atual
Sistema BCBP para leitura digital de passagens aéreas
Construção da taxiway paralela à pista principal, que aumenta em 47% a capacidade de pousos e decolagens
Carrinhos de bagagem para escada rolante (único aeroporto do Brasil com o equipamento)
Terraço panorâmico aberto ao público (único aeroporto no Brasil com o espaço),
Boulevard 14/32, primeira praça de entretenimento, lazer e compras em aeroportos no Brasil
10 pontes de embarque ou fingers
45 balcões de check-in (o antigo terminal tem 36)
8 esteiras de bagagem (o antigo terminal tem 2)
13 portões de embarque (o antigo terminal tem 6)