Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Aeroportos

- Publicada em 26 de Abril de 2019 às 03:00

Anac desativará atendimento presencial a passageiros

Apoio é prestado por profissionais terceirizados em vários terminais, inclusive em Porto Alegre

Apoio é prestado por profissionais terceirizados em vários terminais, inclusive em Porto Alegre


/ANT/ABR/JC
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai desativar, em junho, os postos de atendimento presencial a passageiros que mantém hoje em 15 aeroportos. Os locais serão substituídos por pontos de autoatendimento, segundo o órgão regulador. A troca será feita devido à baixa demanda pelo serviço e para economizar recursos públicos, conforme informou a agência.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai desativar, em junho, os postos de atendimento presencial a passageiros que mantém hoje em 15 aeroportos. Os locais serão substituídos por pontos de autoatendimento, segundo o órgão regulador. A troca será feita devido à baixa demanda pelo serviço e para economizar recursos públicos, conforme informou a agência.
A previsão é que a agência gaste, em média, R$ 400 mil por ano com o autoatendimento em 24 terminais, ante os R$ 4 milhões que os 15 postos presenciais custam hoje.
O serviço é prestado atualmente por profissionais terceirizados nos aeroportos de Brasília, Confins, Congonhas, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Galeão, Guarulhos, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Salvador, Santos Dumont e Viracopos.
Os funcionários "apenas fazem o registro da manifestação do passageiro no sistema www.consumidor.gov.br ou oferecem acesso ao computador para que o próprio passageiro possa fazê-lo", afirmou o órgão em nota.
Com a redução do gasto, a Anac diz que terá maior capacidade "para manter a fiscalização das operações nos aeroportos por meio de operações especiais e vigilância continuada".
Os totens de autoatendimento serão instalados em maio e estarão disponíveis para busca de informações e envio de reclamações às empresas aéreas. A decisão está alinhada a uma tendência mundial, segundo Gustavo Kloh, professor da FGV Direito e especialista em direito do consumidor.
"O serviço presencial é um custo que pode ser facilmente cortado, desde que sejam mantidos outros canais aos quais o passageiro possa recorres, como e-mail e números de telefone. As reclamações mais complexas podem ser direcionadas a esse tipo de serviço", afirma Kloh.
O prazo de um mês para a migração do modelo é considerado razoável por ele. "No Brasil, observamos que o consumidor tem preterido os processos administrativos e tem preferido a judicialização. A explicação da Anac faz sentido", diz Marcelo Fortes, advogado especializado em Direito do Consumidor.
"Diminuir a estrutura reduz custos, mas traz problemas. A Anac, como órgão regulador, deveria dar maior peso à atenção ao consumidor", diz Cecilia Almeida, especialista em gestão pública e professora da Fespsp (Escola de Sociologia e Política de São Paulo).
"Com a medida, a agência se afasta das questões que ocorrem com o cidadão. No passado, vimos essa automatização ocorrer com as teles, e houve pressão para que o atendimento pessoal voltasse", afirma ela.
 

Gigante inglesa SSP prepara abertura de 18 lojas de alimentação em aeroportos brasileiros

A multinacional inglesa SSP, uma das maiores operadoras de restaurantes e lojas de alimentação em aeroportos e em estações de trem do mundo todo, está desembarcando no Brasil nos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Salvador (BA).
Até o final deste mês será inaugurado o primeiro de seis restaurantes e lojas voltadas para o segmento de alimentação no Galeão. As demais serão abertas até meados do ano. No aeroporto de Guarulhos estão previstas seis lojas que devem começar a funcionar até o fim de maio.
Entre as oito marcas internacionais previstas para os dois aeroportos estão a cafeteria Ritazza; o restaurante contemporâneo Factory Bar & Kitchen; as padarias Upper Crust e Jamie's Deli, do chef Jamie Oliver; a italiana Barzetti; a mexicana Mi Casa Burritos; a marca de cachorro-quente Monty's Dogs & Cones; e a Camden Food, que serve refeições rápidas.
Quem circula atualmente pelo aeroporto de Guarulhos já pode ver indicações nos tapumes de que as marcas Factory e Jamie's Deli estarão funcionando "em breve".
Em novembro, a empresa, presente em 33 países - com quase 40 mil empregados e faturamento no ano passado de 2,5 bilhões de libras (cerca de R$ 12 bilhões) -, anunciou em comunicado que entraria na América do Sul nos aeroportos de Guarulhos e Galeão. De acordo com o comunicado, a companhia fez uma joint venture com a Duty Free Americas e assinou contratos de nove anos com os dois aeroportos.
Além de Guarulhos e Galeão, estão sendo planejadas seis lojas no Aeroporto Internacional de Salvador, onde serão desenvolvidas marcas locais com um toque brasileiro. Em seu site, a empresa destaca que a prática é comum atuar com marcas com características locais para tornar os restaurantes dos aeroportos mais aconchegantes.
Nos cálculos de especialistas, o investimento em 18 lojas previstas para os três aeroportos brasileiros somaria entre R$ 35 milhões e R$ 45 milhões. Um desembolso significativo num momento em que a economia brasileira patina, muitos empresários nacionais adiam projetos e os aeroportos operam abaixo do potencial.
No ano passado, 63,3 milhões de passageiros circularam pelos aeroportos de Guarulhos e Galeão, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
"Eles estão plantando em terreno fértil", afirma Cristina Souza, diretora executiva da GS&Libbra, empresa especializada em food service do Grupo GS&Gouvêa de Souza. Apesar da lenta recuperação da economia, ela enfatiza que o brasileiro continua viajando de avião e usando serviços de alimentação nos aeroportos.
Na opinião da consultora, o movimento recente da International Meal Company (IMC), outra gigante do setor de food service - dona de marcas como Viena e Frango Assado e de restaurantes em rodovias do estado de São Paulo - de iniciar entendimentos para a entrada do Grupo Sforza, do empresário Carlos Wizard, na companhia faz todo sentido.
Segundo Cristina, a IMC precisa de um parceiro para acelerar o crescimento de seus negócios provavelmente porque está pressionada pela chegada de um concorrente de peso.
Procurada, a IMC informou, por meio de nota, que não comenta a chegada da SSP nos aeroportos brasileiros. A assessoria de comunicação da SSP também não deu mais detalhes sobre os investimentos do grupo no País e limitou-se a reafirmar as informações divulgadas no comunicado.
O escritório especializado em arquitetura de varejo responsável pela implantação dos projetos das lojas, o Estúdio Jacarandá, também informou, em nota, que "por questões de confidencialidade não comenta trabalhos em andamento".