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JC Logística

- Publicada em 15 de Março de 2019 às 01:00

Setor de transporte cresce o dobro que o País em 2018

Resultados da cadeia do segmento tiveram uma elevação de 2,2% no ano passado, alcançando R$ 256,08 bilhões, apesar das perdas com a greve dos caminhoneiros

Resultados da cadeia do segmento tiveram uma elevação de 2,2% no ano passado, alcançando R$ 256,08 bilhões, apesar das perdas com a greve dos caminhoneiros


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
O PIB (Produto Interno Bruto) do setor de transporte, armazenagem e correio cresceu 2,2% em 2018, chegando a R$ 256,08 bilhões. O índice é o dobro do crescimento do PIB total da economia, que avançou 1,1% no ano passado, atingindo R$ 6,83 trilhões. Os dados constam do Boletim Economia em Foco divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
O PIB (Produto Interno Bruto) do setor de transporte, armazenagem e correio cresceu 2,2% em 2018, chegando a R$ 256,08 bilhões. O índice é o dobro do crescimento do PIB total da economia, que avançou 1,1% no ano passado, atingindo R$ 6,83 trilhões. Os dados constam do Boletim Economia em Foco divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
Trata-se do segundo ano consecutivo de alta no setor, após queda por dois anos. Enquanto, em 2015, a retração foi de 4,3% e, em 2016, de 5,6%, os serviços de transporte avançaram 1,2%, em 2017, e 2,2% em 2018. Mesmo com os efeitos negativos da paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio passado, as atividades transportadoras desempenharam um dos melhores resultados da economia, ficando atrás apenas de atividades imobiliárias ( 3,1%), comércio ( 2,3%), indústria da eletricidade e serviços correlatos ( 2,3%).
O trabalho da confederação ressalta que avanço não significa que o setor transportador já tenha se recuperado da recessão econômica ocorrida entre 2014 e 2016. O PIB do transporte registrado no ano passado, por exemplo, está no mesmo nível registrado em 2011. Segundo o boletim, para retornar ao pico alcançado em 2014, ainda é necessário crescimento de cerca de 6,5%, o que só deve ser verificado em meados de 2020.
Além disso, conforme a CNT, os resultados do setor em 2018 foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros em maio de 2018, as elevadas incertezas políticas durante o período eleitoral e o contexto internacional menos favorável do que o observado em anos anteriores, que provocaram uma reversão significativa das expectativas dos agentes econômicos ao longo do ano passado. "Houve redução da confiança dos empresários, das expectativas de crescimento do PIB e previsão de uma taxa de câmbio mais desvalorizada. Esses fatores adiaram os investimentos programados e impactaram o desempenho da economia ao longo do ano", destaca o documento da entidade.
No agregado, a atividade transportadora retrocedeu durante o último quadriênio. Entre 2015 e 2018, registrou-se uma retração média anual de 1,68% no PIB do setor, enquanto o PIB total encolheu, em média, 1,18% a.a. Nas últimas duas décadas, o melhor quadriênio para os transportadores se deu entre 2007 e 2010, quando houve crescimento médio anual de 4,71% do PIB do transporte
Segundo o Economia em Foco, as expectativas para 2019 são positivas, uma vez que as projeções para a expansão do PIB neste e no próximo ano estão em torno de 2,5%. Além disso, 74,2% dos empresários do setor de transporte ouvidos na Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018 acreditam que, neste ano, o setor estará em situação melhor em relação aos dois últimos.
De acordo com a pesquisa, 77,7% dos transportadores acham que, neste ano, o ambiente de negócios para as suas empresas estará mais favorável. Esse otimismo deverá se refletir no mercado de trabalho, uma vez que 53,0% dos empresários brasileiros do setor de transporte pretendem aumentar a contratação formal de empregados em 2019.
"A CNT acredita que a condução da economia pelo novo governo caminha na direção correta, mas defende ações mais céleres e ambiciosas para solucionar os problemas da infraestrutura de transporte no País", diz o trabalho. Entre as medidas citadas estão simplificação tributária e melhor alocação dos recursos públicos.
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