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Energia

- Publicada em 27 de Dezembro de 2018 às 23:38

Petrobras e companhia francesa Total Eren criam joint venture

Petrolífera brasileira terá participação minoritária no acordo que deve ser fechado até julho de 2019

Petrolífera brasileira terá participação minoritária no acordo que deve ser fechado até julho de 2019


MAURO PIMENTEL /AFP/JC
A Petrobras e a gigante petroleira francesa Total anunciaram a criação de uma joint venture entre a Total Eren e a petrolífera brasileira até julho de 2019, para desenvolver conjuntamente projetos de energia solar e eólica no Brasil.
A Petrobras e a gigante petroleira francesa Total anunciaram a criação de uma joint venture entre a Total Eren e a petrolífera brasileira até julho de 2019, para desenvolver conjuntamente projetos de energia solar e eólica no Brasil.
O objetivo da nova empresa é gerar uma capacidade de produção de eletricidade de fontes renováveis que possa chegar a 500 megawatts (MW) nos próximos cinco anos, informou a Total num comunicado.
"A joint venture terá participação de 49% da Petrobras e 51% da Total Eren S.A., empresa coligada da Total", disse a companhia brasileira em nota. A petrolífera brasileira vendeu à francesa 10% do campo de Lapa (no pré-sal da Bacia de Santos). "A Petrobras está exercendo a opção de venda do restante de sua participação, conforme previsto no contrato assinado em janeiro de 2018, quando a Total adquiriu 35% da participação da Petrobras, ficando com a operação do campo", diz o texto.
Na nova parceria, a Total pagará à Petrobras um valor adicional de US$ 50 milhões. Segundo a brasileira, ao longo da parceria, as empresas já fizeram transações que resultaram no pagamento, em janeiro de 2018, de US$ 1,95 bilhão à Petrobras, além de uma linha de crédito no valor de US$ 400 milhões, que poderá ser usada para investir nos campos da área de Iara.
A sociedade Total Eren, antigamente chamada de Eren Renewable Energy, tem 23% de seu capital controlado pela Total desde setembro de 2017 e é especializada no desenvolvimento de projetos de energia renovável.
A colaboração em energias renováveis faz parte de uma aliança mais ampla entre a Total e a gigante petroleira brasileira, desde março de 2017. A aliança se concentrava na atividade primordial dos dois grupos: prospecção e produção de petróleo e gás, bem como pesquisa e desenvolvimento.
Caso receba aprovação das autoridades brasileiras, a Total terá, a partir de agora, 45% do campo mencionado, junto da anglo-holandesa Shell (30%) e da Repsol-Sinopec (25%), segundo o comunicado da francesa. 

Conjunto Eólico Campo Largo, da Engie Brasil Energia, entra em operação com capacidade plena

A Engie Brasil Energia informou que o Conjunto Eólico Campo Largo, com capacidade total instalada de 326,7 MW, entrou em operação comercial total na sexta-feira (21). Localizado nos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Bahia, o empreendimento recebeu cerca de R$ 2 bilhões em investimentos e é formado por 11 parques eólicos, e um total de 121 aerogeradores.
As obras para implantação de Campo Largo foram iniciadas em setembro de 2016. Em maio deste ano, o empreendimento começou a gerar energia e sua entrada em operação foi realizada gradativamente. Em novembro, foram finalizadas as montagens dos aerogeradores, mesmo período em que foi concedida a última licença de operação, das 11 previstas na primeira fase do projeto.
Campo Largo foi o primeiro investimento da Engie em energia eólica na Bahia. A expectativa, segundo o diretor-presidente da companhia, Eduardo Sattamini, é de que a companhia se torne uma das maiores investidoras na região, tendo em vista as obras em andamento no complexo de Umburanas, cuja primeira unidade geradora deve entrar em operação comercial em breve. "A expansão de Campo Largo, em sua segunda fase é um projeto lastreado em contratos de longo prazo no mercado livre de energia", observou o executivo.
Ele comentou que o aumento da participação das fontes solar e eólica na matriz energética brasileira é irreversível, por isso considera acertada a decisão da Engie de investir nesse segmento há mais de uma década. "Continuaremos empenhados no desenvolvimento de novos projetos, mantendo sempre a disciplina financeira que temos demonstrado em nossos investimentos", completou. 

Energia da usina Angra 3 é mais caraaté do que geração solar, diz estudo

O custo da energia da usina nuclear de Angra 3 é o mais alto entre todas as fontes disponíveis no País, segundo estudo do Instituto Escolhas em parceria com a PSR, consultoria especializada em energia. Considerando critérios objetivos como valor da obra, custo fixo de operação, subsídios e prêmio ambiental, a energia a ser produzida por Angra 3 é mais cara que a de termoelétricas a gás e de empreendimentos de energia renovável.
Caso o governo optasse por desistir de concluir Angra 3, e até desmontasse o que já foi feito, e substituísse a usina por parques solares no Sudeste ainda assim a economia seria de R$ 12,5 bilhões em um período de 35 anos.
A conclusão de Angra 3 foi anunciada como prioridade pelo futuro ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior. A comparação de Angra 3 com usinas solares no Sudeste foi realizada pelo pressuposto de que ambos os empreendimentos gerariam energia na base do sistema elétrico, não emitiriam gases de efeito estufa e estariam próximas de grandes centros de consumo na mesma região. O estudo considerou ainda o fato de que a energia solar recebe subsídios, não pode ser produzida à noite e demanda substituição por outras fontes.
Nesse cenário, o preço da energia solar para o consumidor seria de R$ 328,00 por megawatt-hora (MWh), maior que o preço obtido em leilões realizados pelo governo, de
R$ 150,00 por MWh, mas, ainda assim, inferior ao de Angra 3. Segundo o estudo, o custo real da energia da usina nuclear é de R$ 528,00 (Mwh).
O valor é maior do que a tarifa estabelecida pelo governo há dois meses, de R$ 480,00 por MWh, que estaria em linha com os valores praticados por usinas nucleares no exterior e uma pré-condição para a retomada das obras, paralisadas em 2015 por denúncias de corrupção.
"A energia nuclear é a mais cara", disse o fundador e diretor executivo do Instituto Escolhas, Sergio Leitão. Segundo Leitão, a economia com o fim de Angra 3 seria de R$ 12,5 bilhões mesmo levando em conta pagamento de rescisões contratuais, multas, compensações socioambientais e liquidação antecipada do financiamento.
"Sob o ponto de vista de geração de energia, (Angra 3) não se justifica", disse Leitão. "Se a reativação dessa usina tem a ver com a manutenção do programa nuclear brasileiro e das estatais ligadas à área militar, isso deve ser explicitado de outra forma, como política de governo."
A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, informou que o preço da energia da usina teve como base estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a empresa, o valor restabelece a viabilidade da obra e é compatível com projetos no exterior. A Eletronuclear destacou que as fontes renováveis são intermitentes e levam ao acionamento de termoelétricas. E informou que o estudo desconsidera ganhos de processo de mineração, beneficiamento e enriquecimento do urânio.
Projeto do período militar, Angra 3 começou a ser construída em 1984, mas as obras foram paralisadas em 1986. O projeto foi retomado por Lula em 2009. O custo estimado para o término do projeto era de R$ 8,3 bilhões, para conclusão em 2014.