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JC Logística

- Publicada em 26 de Julho de 2018 às 19:50

Juro baixo faz BNB dar salto em financiamento à infraestrutura

Agência Estado
O orçamento do Banco do Nordeste com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) cresceu 20% em 2018, para R$ 30 bilhões. Quase metade desse montante está destinada a projetos de infraestrutura na região, como transportes, saneamento e energia elétrica. Até 2016, o setor não tinha um orçamento dentro do banco e as contratações ficavam na casa de R$ 400 milhões por ano.
O orçamento do Banco do Nordeste com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) cresceu 20% em 2018, para R$ 30 bilhões. Quase metade desse montante está destinada a projetos de infraestrutura na região, como transportes, saneamento e energia elétrica. Até 2016, o setor não tinha um orçamento dentro do banco e as contratações ficavam na casa de R$ 400 milhões por ano.
Entre 2012 e 2016, por uma política de governo, o BNB foi proibido de emprestar dinheiro do FNE cujos recursos vêm da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados para o setor de energia elétrica. Na época, a ordem era focar em negócios menores e deixar os projetos de energia com o Bndes, afirma o gerente de Negócios Corporativos e Estruturação de Operações do banco, Sérgio Clark. Nesse período, o banco liberou apenas R$ 2,4 bilhões, 65% do montante liberado no ano passado.
Com o aval do governo para atuar em todas as áreas de infraestrutura e uma taxa imbatível, o BNB acelerou as contratações no setor. De janeiro a junho, foram
R$ 6 bilhões, número semelhante aos empréstimos do Bndes entre janeiro e março para infraestrutura.
"O mercado percebeu a vantagem competitiva (das taxas), o que tem provocado uma grande demanda, em especial entre os projetos de energia", diz Clark. Ele afirma que, além das taxas menores, algumas condições também são mais atraentes. Num projeto de energia solar, por exemplo, o banco financia até 100% da parcela de conteúdo local; no Bndes, explica, o empréstimo é de até 80% desse montante.
Inicialmente, a busca por financiamentos vinha dos projetos de geração eólica e solar, mas agora também tem atraído os investidores de linhas de transmissão. Segundo especialistas em estruturação de financiamentos, no último leilão de linhas de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em São Paulo, quase todos os lotes localizados no Nordeste embutiam nos planos as taxas do BNB.
O Bndes tem tentado melhorar as condições de sua oferta na região. Apesar da disputa entre os dois bancos, o poder financeiro da principal instituição de fomento nacional é maior. O orçamento do BNB representa um terço dos desembolsos totais feitos pelo Bndes no ano passado.
Em nota, a superintendente da área de energia do banco, Carla Primavera, afirmou que o Bndes é o mais relevante financiador de longo prazo do País e que o BNB tem recurso "constitucional do FNE com taxas subsidiadas para fomento de investimento na Região Nordeste" e, portanto, é legítima a captação pelos empreendedores do setor.
Além disso, ela afirma que a necessidade de investimentos em infraestrutura será da ordem de
R$ 500 bilhões até 2021. "O setor elétrico demandará R$ 160 bilhões no mesmo período. Consequentemente, existe a necessidade de múltiplas opções de financiamento."
 
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