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JC Logística

- Publicada em 27 de Julho de 2018 às 01:00

Indústria de trens pede renovação de concessões

Em 2017, foram produzidos 310 carros de passageiros, volume bem inferior aos 473 do ano anterior

Em 2017, foram produzidos 310 carros de passageiros, volume bem inferior aos 473 do ano anterior


MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL /JC
Sem novos pedidos para o ano que vem ligados ao transporte de carga, as indústrias ferroviárias pedem a antecipação da renovação das concessões para que o setor ganhe fôlego e possa receber investimentos de, ao menos, R$ 25 bilhões nos próximos anos.
Sem novos pedidos para o ano que vem ligados ao transporte de carga, as indústrias ferroviárias pedem a antecipação da renovação das concessões para que o setor ganhe fôlego e possa receber investimentos de, ao menos, R$ 25 bilhões nos próximos anos.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, a renovação antecipada das concessões permitirá que as empresas mantenham os investimentos nos próximos anos e injetem esse montante no setor. "São cinco concessionárias com renovação antecipada prevista em contratos e, agora, há contrapartida, que não tinha nos contratos iniciais de investimentos. São R$ 25 bilhões (de investimentos) para fazer em cinco anos. São investimentos imediatos, prementes", afirmou.
A expectativa do setor é que a Rumo renove, na área paulista, a concessão ainda neste ano e que funcione como "espelho" para as demais. Entre as melhorias que Abate cita com a renovação antecipada está a duplicação do trecho entre Itirapina e Sumaré, de 110 quilômetros. Com isso, de Itirapina - uma das bases da Rumo - até Santos estará tudo duplicado, e a capacidade de carga passará de 30 milhões de toneladas para 75 milhões.
"Todos esses investimentos, não só da Rumo, mas dos demais, serão feitos antes de acabar o prazo atual, que terminaria de 2026 a 2028. Por outro lado, se esperar terminar o prazo, os investimentos vão minguando. Todos sofrem, o próprio transporte ferroviário, a indústria. É um fôlego que se dá."
Em 2014, foram produzidos 4.703 vagões de carga, número que, neste ano, não chegará a 3 mil. O recorde é de 2005, com 7.597. Há, ainda, sete projetos de expansão de trechos ferroviários, o que pode fazer os investimentos serem retomados.
A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) lançou o Plano Nacional de Logística (PNL), que propõe aumentar a participação do transporte ferroviário de carga na matriz brasileira para 31% em 2025. Hoje, esse índice é de 18%, segundo a Abifer, e de 20,7%, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Se no transporte de cargas há algumas expectativas, o mesmo não se pode dizer do setor de transporte de passageiros. Para o ano que vem, se não houver mudanças, o mercado deverá sentir muito, segundo a Abifer. "Nossas principais fabricantes de trens, VLTs, metrô, monotrilho e metropolitano têm, para este ano, saldo de 300 carros para serem entregues, volume semelhante ao do ano passado. Mas, para 2019, não têm nada."
Em 2017 foram produzidos 310 carros de passageiros, volume inferior aos 473 do ano anterior, recorde na indústria nacional. A previsão indica o pior ano para o setor desde 2013, quando foram fabricados 219 carros. No caso do transporte de passageiros, entre a encomenda e a primeira entrega, há um prazo de um ano e meio, fato que, na avaliação de Abate, é mais um indicativo da crise que o setor poderá enfrentar no ano que vem.
Folhapress
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