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Meio Ambiente

- Publicada em 06 de Julho de 2018 às 01:00

Brasileiro conhece pouco sobre coleta e reciclagem

Estudo mostra que 66% da população sabe pouco sobre o tema e que 39% sequer faz a separação do lixo

Estudo mostra que 66% da população sabe pouco sobre o tema e que 39% sequer faz a separação do lixo


/GUILHERME KOLLING/ESPECIAL/JC
A maioria dos brasileiros sabe pouco ou nada sobre coleta seletiva e o que acontece com o lixo doméstico que gera em casa - mais de 1 quilo por habitante por dia. E, apesar de dizer que a preocupação com o meio ambiente é um dos maiores temas da atualidade, grande parte das pessoas não separa o lixo corretamente em suas casas - apenas uma em cada quatro pessoas o faz. Apenas 35% disseram que é fácil encontrar informações sobre como se deve fazer a coleta seletiva em sua cidade.
A maioria dos brasileiros sabe pouco ou nada sobre coleta seletiva e o que acontece com o lixo doméstico que gera em casa - mais de 1 quilo por habitante por dia. E, apesar de dizer que a preocupação com o meio ambiente é um dos maiores temas da atualidade, grande parte das pessoas não separa o lixo corretamente em suas casas - apenas uma em cada quatro pessoas o faz. Apenas 35% disseram que é fácil encontrar informações sobre como se deve fazer a coleta seletiva em sua cidade.
Os dados resultam de uma pesquisa Ibope feita por encomenda da cervejaria Ambev. Foram entrevistadas, por telefone, 1.816 pessoas em todos os estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, e o nível de confiabilidade é de 95%. O objetivo do levantamento é entender a relação do brasileiro com o lixo, segundo Filipe Barolo, gerente de sustentabilidade da Ambev.
O dado que mais surpreendeu positivamente, segundo Barolo, foi o de que 88% dos entrevistados dizem se preocupar com o meio ambiente, e 97% dizem achar que a reciclagem é importante. "Mas também descobrimos que 66% sabem pouco ou nada sobre coleta seletiva, e que 39% da população não separa sequer o lixo orgânico das demais partes."
Quase 70% das pessoas entrevistadas dizem prestar atenção na hora da compra e escolher embalagens recicláveis. Porém, quando se pergunta sobre a reciclabilidade dos materiais, as respostas apontam desinformação: 77% sabem que os plásticos são recicláveis, mas apenas 40% sabem que garrafas PET são recicláveis - e elas são plásticas. De acordo com o levantamento, 64% sabem que o vidro é reciclável, e 50% sabem que o papel também é. E apenas 5% das pessoas sabem que embalagens longa vida são recicláveis.
Outra surpresa aparece nas respostas sobre o alumínio. O Brasil é campeão na reciclagem de latinhas, mas só 47% sabem que esse material é reciclável. "Vimos que há muito espaço para melhorar a comunicação", diz o executivo da Ambev. A empresa passou a usar vasilhames retornáveis de vidro nas cervejas Brahma e Skol há 4 anos. E a pesquisa detectou que 72% das pessoas sabem pouco ou nada sobre as retornáveis.
"Queremos aumentar a quantidade de envases retornáveis e reciclados. Uma de nossas metas socioambientais é que, até 2025, 100% dos produtos estejam em embalagens retornáveis ou feitas majoritariamente de material reciclado", afirma Barolo.
A Ambev lançou a primeira PET 100% reciclada do mercado brasileiro em 2012, e hoje 56% das garrafas de Guaraná Antarctica são envasadas nesse tipo de embalagem. Atualmente, cerca de 33% da produção total de PET da Ambev é feita a partir de material reciclado, segundo a empresa.
 

Guia

  1. Lista de ações práticas para realizar a separação e a reciclagem
  2. Informe-se sobre dias e horários do sistema de coleta seletiva em sua cidade através do site ou telefone da prefeitura local.
  3. Se a sua rua não é servida por um sistema regular, procure por uma cooperativa de catadores ou por um Posto de Entrega Voluntária (PEV). Eles existem em grandes cadeias de supermercados, por exemplo. Há aplicativos que mapeiam cooperativas de catadores, como o premiado Cataki, disponível nas lojas de apps.
  4. Lave plásticos, latas e vidros, seque e coloque-os em uma lata ou saco separado. Junte os papéis que não tiverem gordura neste mesmo recipiente, assim como embalagens longa vida e de isopor. Esses são recicláveis secos e devem ser enviados para a coleta seletiva.
  5. Reserve o lixinho de pia para os restos que podem ser facilmente reaproveitados em vasos ou canteiros, como cascas de ovos, pó de café, restos de frutas, legumes, verduras cruas. Esses itens podem virar adubo através da compostagem. Os processos de compostagem são simples. Você pode fazer seu próprio sistema ou contar com a ajuda de uma composteira de minhocas.
  6. Pilhas e lâmpadas também devem ser colocados num recipiente separado e entregues em supermercados que recebem esses itens.
  7. Remédios vencidos e embalagens internas de medicamentos também não podem ir para o lixo comum nem para a reciclagem simples. Leve para pontos de coleta de farmácias, supermercados ou postos de saúde.
  8. Prefira produtos a granel em feiras e mercados, e reduza a compra e o consumo de plásticos descartáveis. Sacolas plásticas, canudinhos, copos e talheres plásticos podem ser eliminados ou substituídos por sacolas de pano laváveis, canudinhos de aço e outros materiais duráveis e biodegradáveis.
  9. Mande para o lixo comum apenas aquilo que não pode ser reciclado, como papéis contaminados (higiênicos), fraldas descartáveis usadas e comida já preparada.