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Transporte

- Publicada em 29 de Junho de 2018 às 01:00

Transposul pode se tornar itinerante

Em sua 20ª edição, feira se consolida e quer ampliar horizontes

Em sua 20ª edição, feira se consolida e quer ampliar horizontes


/MARCO QUINTANA/JC
Depois de ter sido realizada em Bento Gonçalves entre os anos de 2005 a 2008, a 20ª edição da Transposul - Feira e Congresso de Transporte e Logística, que se encerra nesta sexta-feira, no Fundaparque, retornou para a cidade da serra gaúcha (a última sede foi em Porto Alegre). E, se depender do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs) e da Federação das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul (Fetransul), Afrânio Kieling, o evento pode continuar sendo itinerante no futuro.
Depois de ter sido realizada em Bento Gonçalves entre os anos de 2005 a 2008, a 20ª edição da Transposul - Feira e Congresso de Transporte e Logística, que se encerra nesta sexta-feira, no Fundaparque, retornou para a cidade da serra gaúcha (a última sede foi em Porto Alegre). E, se depender do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs) e da Federação das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul (Fetransul), Afrânio Kieling, o evento pode continuar sendo itinerante no futuro.
"Quem sabe seja possível fazer a Transposul no Paraná ou Santa Catarina, cobrindo toda a região Sul", sugeriu o dirigente durante a abertura do encontro deste ano. Kieling ressalta que o evento foi muito bem recebido em Bento Gonçalves. O presidente do Setcergs destaca que a feira, além de propiciar a negociação de caminhões e equipamentos, movimenta o comércio, restaurantes, hotéis etc. O empresário calcula que, durante as 20 edições da Transposul, já foram selados negócios que totalizam mais de R$ 2,5 bilhões. Kieling recorda que o evento nasceu com a ideia do empresário Ademir Frasson de fazer um pequeno congresso no município de Canela.
Sobre o encontro deste ano, o dirigente argumenta que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas no cenário econômico e político, a feira é uma realidade e está consolidada. Kieling adianta que a expectativa é de um mercado logístico positivo para este segundo semestre. "Se não houvesse a turbulência política, o aquecimento seria maior", afirma.
Durante a Transposul, o presidente do Setcergs citou ainda que um dos obstáculos que precisa ser superado pelo setor de transporte no Brasil é o roubo de cargas. O dirigente alerta que a estimativa é que o prejuízo com esse tipo de crime alcance o patamar de cerca de R$ 1,4 bilhão neste ano. Kieling defende que estabelecimentos (como supermercados) que comprem mercadorias roubadas tenham os CNPJs suspensos como punição.
O vice-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti, também esteve presente na feira, e comentou que, antes de ocorrer a paralisação dos caminhoneiros, o setor de transportes, como um todo, havia chegado no fundo do poço. De acordo com o dirigente, trata-se de um segmento extremamente pulverizado, composto em sua maior parte por pequenas e médias empresas. Segundo Benatti, os grandes embarcadores do País detêm praticamente o monopólio da carga, especialmente quando se fala em grãos, combustíveis, ferro e aço. Consequentemente, essas companhias embarcadoras possuem um enorme poder de barganha.
"O setor de transportes começou a ser suprimido, com todos abaixando seus preços e chega um momento em que a corda estoura e foi o que aconteceu", enfatiza. O vice-presidente da CNT sustenta que é preciso buscar um equilíbrio. Benatti diz que a situação fará com que se repense a questão logística no País. O dirigente frisa que o Brasil sempre abandonou qualquer planejamento logístico. "Com uma política de transportes teríamos modais como o ferroviário, o marítimo e o hidroviário funcionando a pleno e o rodoviário fazendo a sua característica, que é a ponta, viagens de 200 a 300 quilômetros, fazendo a integração desses modais", aposta. Outro problema observado pelo vice-presidente da CNT é que apenas aproximadamente 300 mil quilômetros de rodovias brasileiras são pavimentados.

Tabela de frete foi tema do primeiro dia da Transposul


MARCO QUINTANA/JC
A imposição de uma tabela para os fretes rodoviários, uma das soluções que o governo adotou para dar fim à paralisação dos caminhoneiros, foi um dos assuntos mais abordados na tarde de quarta-feira (27), durante a abertura da 20ª Transposul. Os empresários defendem um preço mínimo, mas rechaçam o tabelamento. O evento segue até está sexta-feira, em Bento Gonçalves.